IX - Duels

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[1⁰ PDV]
114 DC

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Acordei cedo no outro dia para me preparar. Tomei um banho arcaico, coloquei minha roupa de treino e parti para a sala de jantar do castelo. Lá, comi bem pouco para não passar mal no meio do duelo, e já parti para os campos de treinamento pronto para lutar. Quando cheguei o local estava vazio, mas logo depois meu pai chegou.

Fui até seu encontro. – Se eu ganhar hoje, pode me prometer uma coisa?

– Que coisa, filho? – ele me perguntou.

– Não posso contar ainda. – respondi. – Mas promete pra mim, por favor. – pedi para ele.

– Tá bom, se não for irritar sua mãe, tudo bem. – ele respondeu, passando a mão no meu cabelo.

Depois de um tempo, Sor Criston Cole chegou acompanhado pelos meus primos, Aegon, Aemond e Helaena. Cumprimentei todos, um por um, e fui me preparar. Peguei uma espada, uma adaga e um escudo, todos de madeira, e os deixei separados. Como as armas são menores, por sermos crianças, a espada está quase para uma adaga, e a própria adaga parece uma faca, mas não tem problema. Fui para o centro do campo e abri meus braços.

– Quem vai lutar comigo? – perguntei, olhando para o guarda real e meus primos.

– Duelar, e não lutar. – Sor Criston respondeu. – O príncipe Aemond vai duelar com você.

Fui até meus equipamentos. Coloquei minha adaga em uma bainha de couro presa ao meu cinto, peguei minha espada e escudo e voltei para a área do campo em que havia um círculo desenhado no chão.

– Está pronto, primo? – perguntei para Aemond.

– Sim, Aemon. – ele me respondeu, pegando sua espada de madeira, um pouco menor que a minha, e o seu escudo.

– Os dois estão prontos? – Sor Criston perguntou, ficando no centro do círculo. Assenti com a minha cabeça e Aemond fez o mesmo logo depois. – Ao meu sinal, a luta começa. – concordamos novamente, e já entrei em posição de duelo. – Lutem! – ele gritou, levantando os braços e saindo do círculo.

Primeiro, olhei para Aemond, seu rosto demonstrava o mais puro nervosismo. Não pude conter meu sorriso, pois esse é o melhor cenário para mim. Depois, me atentei aos pés de Aemond. A cada dois passos dele eu dava um. Assim, pude repetir os movimentos que meu pai usou contra mim. Comecei a rodear Aemond e a me concentrar o máximo que pude, sem reparar em nada que não estivesse ali dentro daquela marcação do círculo. Apontei minha espada para sua direção e fiz dois sinais com ela, provocando-o.

Aemond caiu certinho no meu truque e partiu para cima de mim. Tentou um golpe frontal com a espada, mas desviei do golpe. Depois, uma estocada, mas mudei a trajetória da sua arma com meu escudo, o fazendo perder o equilíbrio. Voltei a minha posição de duelo e deixei ele retornar a sua posição, afinal, não quero que esse duelo acabe rápido.

– Ataque, Aemond. O mais forte que puder. – falei, provocando-o novamente.

Meu primo correu na minha direção tentando me golpear com a espada, e ao mesmo tempo em que me virei para desviar ele mudou seu avanço para uma investida com seu escudo. Era uma finta, algo que não esperava dele. No entanto, defendi com meu escudo e ambos colidiram. Fiz o que pude para não perder meu equilíbrio, e por alguns segundos o duelo se tornou um jogo de força para nós dois.

Em um segundo de descuido de Aemond, pude dar dois passos para trás e reorganizar meus pensamentos. Havia chegado o momento de mudar minhas estratégias. Alterei minha posição de duelo para a forma de ataque. Então, dei um impulso para frente e golpeei meu primo com uma estocada, mas ele conseguiu usar seu escudo para se defender. Ainda assim, consegui o fazer perder o equilíbrio, caindo no chão. Então, dei um passo em sua direção e apontei minha espada para seu pescoço.

House of the Dragon: The Dragon Ascension - RebornOnde histórias criam vida. Descubra agora