Capítulo 14

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Uma semana se passou desde o fatídico encontro de Cabeça dura e a ex namorada e mãe do seu filho. Ele contou para Astrid e Cabeça quente depois que ele conseguiu se acalmar, e Greg se deu por vencido e foi dormir — mas ele ficou na escada escondido ouvindo o que o pai contou às tias — tudo o que Amanda tentou inventar. Ele chorou mais um pouco quando contou sobre Amanda mentir que Greg não era seu filho. Cabeça dura foi firme sobre ser pai dele sim e que ela nunca o traiu. E nunca traiu mesmo, Gregory é um Thorston legitimo. No dia seguinte, Durão e Greg conversaram sinceramente sobre a mãe dele. Greg decidiu ir se encontrar com sua mãe para ela conhecê-lo. Desde os sete anos, quando descobriu que Astrid, que até então a chamava de mãe, não era sua mãe biológica e a verdadeira havia lhe abandonado no hospital, ficou sensível com o tópico mãe. Ele chorou quando Cabeça dura lhe contou com cuidado essa parte da sua história. Após isso, levou sua vida tranquilamente chamando Astrid de tia mas ainda a considerando uma mãe e tendo Henry como um grande irmão. A medida que foi entendendo mais sobre a vida e foi entendendo a gravidade do que sua mãe fez, em vez de nutrir uma curiosidade de conhecê-lo acabou nutrindo um ódio pelo o que ela fez. Sempre conversou sobre essas coisas com Henry, nunca tocou nesse assunto com seu pai ou suas tias. Henry sempre o entendeu por não ter tido um pai e por seu pai ter sido babaca de abandonar o filho. Ambos fazem piadas um com o outro sobre essas coisas.
Entrou na sorveteria, procurando pela mulher que viu na foto que seu pai mostrou. Acabou aproveitando e futicando o perfil dela. Várias fotos com localização na América. Seu pai disse que não ia falar nada para não influenciar o filho. Mas ele já havia ouvido a conversa que ele teve com suas tias.

— Amanda Olsen? — se aproximou de uma ruiva que estava sentada ao fundo na janela.

— Eu mesma. Prazer... Posso te chamar de Greg?

— Prefiro que seja Gregory — se sentou de frente para ela. 

— Tudo bem, Gregory. Obrigada por aceitar me encontrar. Por um tempo eu pensava nesse momento.

— Apenas pensava? Podia ter sonhado.

— Foi só modo de dizer. Eu sonhava em te conhecer. Você puxou os olhos do seu pai. São lindos. E o cabelo liso dele também. O meu é mais ondulado — mexeu no cabelo sorrindo mas Greg continuou sério — Quer fazer alguma pergunta em especial? Posso responder qualquer coisa.

— Já sabem o que vai querer? — uma atendente se aproximou.

— Pode pedir a vontade, tá? — se referiu ao filho — Eu quero uma bola de chocolate Belga 80% cacau e outra de creme light, por favor.

— Quero uma banana split com bastante calda de morango e chantily.

A atendente anotou e saiu.

— Muito doce, né?!

— Eu gosto de doce. É minha sobremesa preferida. A tia Astrid arrasa nos doces.

— Ela ainda faz aquele pavê de chocolate branco? Ela me fez engordar alguns quilos com esse pavê — disse rindo de canto.

— Você sempre se preocupou assim com seu corpo? 

— Eu era líder de torcida.

— Devo ter atrapalhado sua função quando descobriu que estava grávida.

— Eu terminei o ensino médio com dois meses de você.

— É, eu e o Henry temos três meses de diferença. A tia Astrid que deve ter passado um aperto escondendo um barrigão de quase seis meses durante o último semestre.

— Ela teve pouca barriga como eu. Só no oitavo mês que a barriga começou a levantar suspeitas.

— Deve ter sido fácil me esconder.

Sempre Foi Você - HiccstridOnde histórias criam vida. Descubra agora