cap 4: Uma carta para Daemon.

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Oi Velaryons!

Eu decidi que os capítulos vão ser postados nas quartas feiras. Assim fica melhor, porquê tem um dia certo.

Alertas de gatilhos:
Nenhum

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O quarto estava sendo iluminado pelas velas, enquanto o mar balançava o navio de maneira tão pacificamente, que se torna semelhante ao balanço de uma mãe ninando o filho.

Alicent revisou as palavras de um grande livro de capa dura esverdeada, o livro que Angélica lhe emprestou. Quando a Hightower se sentiu segura das palavras ali escrita, adicionou duas folhas de três cores diferentes na mistura que está preparando.

— Espero que dê certo— ela murmurou, e como resposta ouviu um barulho de bebê, que a fez sorrir jenuinamente— Sim minha borboletinha, tem que dar.

Logo o líquido azul cintilante na panela, se tornou em um tom de violeta brilhante. Alicent parou de respirar no mesmo momento, que algumas flores violetas surgiram, como se tivesse brotado em um jardim. A Hightower com cuidado, retirou as flores da panela e colocou em cima do pano seco. Ela se virou em direção ao berço, sorrindo como uma boba. E em resposta, ganhou um sorriso banguelo de bochechas gordinhas.

— Deu certo— ela não conteve a empolgação na própria voz.

Alicent andou até o berço e pegou Helaena com cuidado.

— Então meu amor, você acha que eu envio uma carta primeiro para a sua irmã ou para o idiota do Daemon?

Helaena soltou uma pequena risada como resposta, enquanto tentava segurar as madeixas ruivas da mãe com suas mãos rechonchudas.

— Seria certo enviar para Rhaenyra, comunicar para ela que estamos bem, e que o apoio que ofereci a ela não era palavras vazias. Ela deve está se sentindo sozinha naquele ninho de serpentes— A Hightower ponderou— Mas Daemon também. Sei que ele está bem com Caraxes, fazendo o que sempre quis. Mas... ele nem sabe sobre você, não sabe o presente que os Deuses me deram, nos deram. Pode ser mais seguro, mas não é justo que ele não possa lhe ver, que ele não possa fazer parte de nossa vida. Não consigo conter esse desejo idiota de que ele esteja conosco, que seja como um pai pra você

Alicent se sentiu mais leve depois de confessar isso. A verdade é que desde que pegou sua filha no colo, ela imaginou o que faria nessa segunda chance de criá-la. E pensou como Daemon também merece essa chance. Apesar de todos os poréms, em uma época de guerra, ele foi um bom pai. E mesmo que ele não tivesse a chance de ter Baela e Rhaena de volta. A Hightower gostaria, mais do que isso, ela deseja que ele seja um pai para Helaena.

Desejo, uma simples palavra que a faz mover os mais pesados tijolos. Seu desejo por mudança na guerra, a fez caminhar emcapuzada pelas ruas tão frias e sombrias de Porto Real, em um período de guerra. Seu desejo por Daemon, a fez continuar naquele beco durante a noite. O desejo por mudança a fez voltar no tempo, e por ai vai.

Alicent Hightower colocou a pequena bebê sorridente no berço. A ruiva caminhou até a escrivaninha, e se sentou com calma. Ela foi em direção para pegar uma pena, mas hesitou. Também foi o desejo que começou tudo isso afinal, o desejo pelo trono, o desejo de vingança junto com a inveja. A mulher não pode evitar de pensar, e se movida pelo desejo de tê-lo, ela cause uma guerra maior? Desejar seu antigo inimigo, é como uma estrada que só tem dois caminhos. Dois caminhos igualmente confusos e sombrios.

Com um suspiro de coragem ela pegou a caneta, e começou a escrever uma carta.

"Querido Daemon, por meio dessa carta lhe comunico os acontecimentos que ocorreu desde sua fuga.

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