58. Opposition

194 33 6
                                    

CAPÍTULO CINQUENTA E OITO
Oposição

Orfanato de Wool
2 de novembro de 1934

O dia estava sombrio e triste; o inverno chegara cedo e o chão estava coberto com miríades de pequenos flocos de gelo. As árvores já estavam quase nuas. Tom Riddle esperava que a cor durasse, mas, infelizmente, não havia tal sorte reservada para ele.

Ele ficou no pátio do orfanato com um grupo de meninos, totalizando três, e começou a fazer o que Tom fazia de melhor: dar ordens a eles.

A tarefa designada para o dia era assassinar os pássaros que pousavam nos grandes carvalhos.

Ele tinha quase nove anos de idade, e o jovem Tom Riddle sempre teve um jeito de formar sua própria brigada de seguidores, apesar do medo que a maioria das crianças tinham dele. Ele era um líder nato, com sua maneira sendo tanto autoritária quanto submissa. Era um dom um tanto enervante que ele possuía, o que o fazia ser capaz de obter confiança de indivíduos, apesar de ser o menos merecedor dela.

Poucos chamariam isso de magia, mas certamente era um tipo de mágica.

"Os pássaros... Eles estão levando mensagens para o nosso inimigo, e devem ser parados," disse Tom. Ele tinha uma imaginação vívida, e desde que ele recentemente começou a ter poderes que ele não conseguia explicar, seu mundo foi jogado em uma espécie de fantasmagórica de qualidade de um sonho febril. Tudo e qualquer coisa era possível, e Tom não conseguia mais diferenciar o real do imaginado.

"Nosso inimigo?"

"Sra. Cole."

"Não!"

"Sim."

"Como você sabe disso?"

"Eu vi", sussurrou Tom conspiratoriamente. "Eles me viram sair furtivamente à noite e sei que contaram a ela. Ela os alimenta em troca de seus serviços pútridos. Eles devem ser parados."

"Como você escapou?" perguntou Billy Stubbs. "As portas estão sempre trancadas!"

"Pare de fazer perguntas. Precisaremos de armas."

"E a isca!"

"Que isca?" perguntou Timothy.

"Candace." Tom gesticulou para uma garota gordinha e ruiva que estava sentada sozinha sob uma árvore sem folhas.

"Uma garota?"

"Sim."

"Porque os pássaros acham que as meninas são árvores!" exclamou Billy.

"Seu idiota", disse Eric Whalley com desdém. "Você não viu as figuras da Branca de Neve nos livros de histórias? Elas devem ficar no dedo dela!"

"Ninguém lê livros de meninas, seu idiota!"

"Pelo contrário", disse Tom. "As coisas mais perigosas estão escondidas nos disfarces mais inocentes, assim como esses pássaros demoníacos. Você pode aprender sobre qualquer coisa em qualquer lugar, até mesmo em livros de meninas, e agora você não tem ideia de como atrair os pássaros, então sente-se e fique quieto, Billy. Você não sabe de nada."

O menino sentou-se, mal-humorado e confuso.

"Mas por que devemos matá-los?" perguntou Timothy tristemente.

"Para nos defendermos do regime vermelho de foice e martelo da Sra. Cole, é claro. Você sabe que ela está do lado dos comunistas", Tom declarou, com naturalidade.

INVICTUS IOnde histórias criam vida. Descubra agora