32 - Hannah Watson

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Chase está muito estranho esses dias, mais quieto, ansioso, esse garoto tá aprontando alguma coisa, e eu estou tão curiosa e quase o matando para me contar.

As coisas estão bem tranquilas, e isso me deixa inquieta.

A guarda do Travor é totalmente minha agora, o que já me alivia um pouco.

Agora sobre a empresa, ainda não tive retorno do Dr. Frederico, estou tentando não pensar tanto nisso para não ficar mal, até por que minha prioridade era Trav, a empresa seja o que dar, deu.

Os meninos ainda estão morando aqui, e está sendo muito bom, temos as nossas rotinas de sempre, damos muitas risadas, Angel e Maddy vem pra cá várias noites também.

Ainda não falei com Chase sobre nosso "relacionamento", e eu não sei o que pensar sobre isso, sempre que temos nossos momentos na cama, as trocas de carinho, sinto que o estou usando, porque ele me faz bem, ele me deixa feliz.

Mas, como dizer a ele que não podemos ter nada sério ? Não por ele, ele jamais seria o problema, até parece clichê, mas aquela frase faz total sentido na minha vida, "não é você, sou eu". Porque realmente sou eu, uma grande filha da puta medrosa.

Mas eu também sou egoísta, poderia deixar ele ir, encontrar alguém que realmente o fará feliz, mas não. Estou mantendo ele preso a mim só porque ele me fez sentir mais leve, a vida fica mais leve, e eu preciso disso até que tudo acabe.

Finalmente olho para minha mala e vejo que está tudo ok, tudo pronto para podermos ir viajar, levo ela até o andar de baixo e todos os meninos estão na cozinha fofocando.

— Eai meninos - cumprimento - Bora Chase ?

— Bora.

— Você está muito estranho, e eu vou te fazer falar por bem ou por mal.

Miguel e Bryan riem, sabendo que eu sou muito chata quando quero, mas o cara do meu lado me olha como se eu precisasse realmente me esforçar muito, por que não vai dizer nada, reviro os olhos.

Nos levantamos e pegamos juntos a chave do meu carro, nos encaramos enquanto os meninos zoam.

— Vishe... - Bryan ri.

— Eai, vão tirar um racha aqui na rua pra saber quem vai dirigir ? - Mi fala.

— Cala boca vocês dois - eles ficam quietinhos, olho para Chase - Pedra, papel e tesoura - declaro.

— Jura ? - cruza os braços, indignado. Eu bufo.

— Eu realmente queria tirar um racha com você, gênio, mas não temos tempo, ou você tenta a sorte no jogo e eu vou dirigir, até porque o carro é meu, nem deveríamos estar tendo essa discussão - cruzo os braços.

— Tá bom, nervosinha.

— Nervosinha é seu rabo.

Nos alfinetamos como sempre, porque nem tudo tem que mudar, e finalmente começamos o jogo, mão de três.

Primeira tentativa: eu ganho, tesoura cortando papel.

Segunda tentativa: ele ganha, papel amassando a pedra.

Terceira tentativa: empate.

Quarta tentativa: eu ganho, pedra quebrando tesoura.

— Toma essa! - Grito debochada enquanto ele ri, estendo a mão pedindo a chave e ele me dá - Tchau meninos, domingo à noite a gente volta - dou um abraço e um beijo na bochecha deles.

Correndo Até VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora