amigável

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Daenerys Targaryen

Estou até então pensando em Rhaenyra, não queria deixar uma má impressão para ela, e como sempre a culpa sempre é minha e do meu jeito desastrada. Comecei com o pé esquerdo quando meu corpo colidiu com o dela, mas vou fazer diferente da próxima. Rhaenyra sempre está com cara de poucos amigos, com vestes escuras, e sinto que ela não gosta de mim, e muito menos dos meus irmãos, mas mesmo com esses pequenos detalhes, não muda o fato de que ela é muito linda, com um rosto que mais parecia ter sido feito a mão pelos próprios deuses, uma voz que faz minha respiração ficar pesada, eu nem deveria pensar essas coisas dela, mas é inevitável, vez ou outra a vi pelos corredores, mas não tive coragem de dirigir a palavra, as vezes sinto está sendo observada por ela, deve ser paranoia da minha cabeça, ela não perderia tempo comigo.

Assim que terminei meu banho e minha refeição, peguei meus livros e as folhas que soltavam dos livros antigos, está faltando um, devo ter deixado na biblioteca, é melhor ir buscar, a noite sempre é mais longa. Saio de meus aposentos e vou em direção à biblioteca, sinto um frio por minhas espinhas, talvez não devesse sair andando pelo castelo com essas vestes. A grande porta da biblioteca range, e assim que meu corpo passa pelo batente sinto que aqui dentro está mais quente e confortável, as madeiras estalam no fogo da lareira. Alguém está aqui, meu livro não está em cima da mesa, talvez eu tenha colocado ele em algum lugar...

- Está perdida, princesa? - Meus olhos percorrem pelo lugar e noto Rhaenyra, sentada em um sofá com o meu livro em mãos.

- Eu vim buscar um livro, mas já estou de saída. - dou alguns passos indo em direção a saída.

- Pode ficar. - Sinto meu estômago revirar, viro-me e me aproximo.

- O que faz aqui? - Pergunto despretensiosamente.

- Estava sem sono, e resolvi vir para cá, e você veio atrás de seu livro, estou certa? - Arquei a sobrancelha.

- Bom... sim, como sabe?

- Está escrito seu nome dele. - Rhaenyra, balança o livro em suas mãos, a mulher levanta e se aproxima ficando a pouquíssimos passos longe de mim. - Não deveria sair de seus aposentos com este tipo de vestimenta, princesa. - Sinto minha respiração pesar.

- Eu... eu só iria pegar o livro e voltar. - Tento me explicar o mais breve possível.

- De qualquer forma, sua mãe não aprovaria, a princesa de Alicent, perambulando por aí de camisola, imaginou se algum homem pervertido emcontra você? - Pera, era isso mesmo, Ela estava me dando uma lição de moral?!

- Sei que foi, e não vai se repetir. - falo desviando o olhar, sinto seus olhos ferverem sobre mim. A mulher caminha por minha volta, não consigo manter contato visual, está é a segunda vez em que converso com ela e sinto que a qualquer momento meu coração vai errar as batidas, Rhaenyra, me rodeio igual um dragão pronto para o ataque.

- Já tem algum pretendente em mente? - Não consigo entender onde ela quer chegar.

- Não, por quê a pergunta? - Questino, será que ela vai me propor casa-se com seu filho? Eu não sei se gosto da ideia, ele não faz meu tipo...

- Curiosidade princesa. - me afasto e sento no sofá, Rhaenyra, faz o mesmo me entregando o livro. - Eu não sabia que você escrevia, tem uma boa escrita. - Um sorriso de ponta a ponta rasga meu rosto. Não era todos os dias que recebia elogios de Rhaenyra.

- Obrigada, eu estou praticando mais, mas não sei se é isso me agrada...

- Por quê não?

- Eu queria fazer o mesmo que os menino, tenho certeza que seria bem melhor que eles. - afirmo. - Olha, Drogon, está crescendo e eu quero muito montar nele, mas minha mãe insiste em não deixar, eu não entendo o seu medo... - Faço uma pausa. - Eu já vi você com a Syrax, ficam bem juntas. Nossa, acho que falei demais, me desculpe. - falo sem jeito.

- Não, está tudo bem, é bom ouvir alguém falando sobre algo que não seja brigas, guerras e birras. - Ela deve saber bem como me sinto, pelo o pouco que sei, quando mais jovem ela era mais independente, dizem que era muito mimada por todos. - Com o tempo Alicent, vai perceber que não adianta colocar você em um potinho, você está quase adulta e pode muito bem tomar suas próprias decisões.

- Bom, eu espero que sim. - sorri e me encolhi no sofá, as madeiras estavam virando cinzas, e o local começou a ficar em sua temperatura ambiente.

Nossa conversa durou horas, eu nunca havia visto Rhaenyra sorrindo com facilidade, a cada bobagem que saia da minha boca um sorriso seu era liberado, o que me fazia aquecer, a conversa foi tão longa que só percebi que as madeiras da lareira haviam virado cinza por completo quando o frio me acertou em cheio. Rhaenyra se ofereceu para me deixar a porta de meus aposentos e assim fomos, os corredores estavam silenciosos.

- Obrigada pela conversa. - agradeci.

- De nada Daenerys. - Rhaenyra, me dá um sorrisinho e sai e direção ao seu quarto, assim que bati a porta um sorriso se alastrou em meu rosto, sinto um misto de felicidade, dou curtos pulinhos até minha cama. Acho que finalmente estou mantendo uma relação mais próxima de amigável com Rhaenyra.

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