Abismo.

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Daenerys Targaryen

Vejo Rhaenyra, caminhar entre os convidados sumindo no meio da multidão, faço o mesmo seguindo a mais velha, vejo ela dobrar a esquerda, quando faço o mesmo vejo ela novamente adentrar a da biblioteca, caminho lentamente até a grande porta, respiro fundo e abro a porta, entro e fecho antes que alguém veja que entrei na sala, assim que tranco a porta e me viro em busca de Rhaenyra, sinto meu corpo bater contra a grande porta, e uma mão aperta meu maxilar.

- Além de andar sozinha pela madrugada, é curiosa, princesa... - Minha respiração acelera, sou pega de surpresa, a dor que antes sentia quando minhas costas bateram contra a porta, agora não sinto mais, ao menos não em quanto minha atenção está toda em seus lábios que fica a poucos sentimentos dos meus, por mais que eu tente, não consigo parar de olhar.

- Olhe em meus olhos Daenerys! - Por mais que eu desejasse isso, era quase impossível, encarar o abismo dos seus olhos violetas. Seus dedos longos e grossos levantam meu queixo me obrigando a encará-la.

- O que vai fazer? - engulo em seco, poucas palavras foram o suficiente para lhe mostrar o quão estou nervosa.

- Eu? Nada, a não ser que você queira... - Sua mão desce até minha cintura apertando lentamente, o que faz minhas pernas fraquejarem, dentro de mim uma chama se acende e sinto meu interior pulsar, eu nunca havia sido tocada dessa forma por nem um homem, mas hoje uma mulher o faz, e eu gosto, gosto muito.

Avanço contra seus lábios o que faz minhas mãos irem direto em sua nuca puxando a mulher para um beijo mais profundo, nossas respirações estão discompassadas. Rhaenyra, me puxa até a mesa, sem sair do beijo, a mais velha me coloca sentada sobre a mesa derrubando alguns dos livros que ali estavam. Nosso beijo é finalizado lentamente, com leves mordidas, nem barece que começou avassalador, mas o desejo de continuar no beijo era das duas partes.

- Isso... é errado? - Ainda estou controlando minha respiração.

- Se for, valhe apena, não acha? - seus seios fartos sobem e descem com rapidez o que entrega que a mulher está tão desconcertada aquanto eu.

Seus olhos encaram o meu pela última vez antes que sua boca encontre meu pescoço e eu sinta sua mão me agarrando, seu corpo encaixa no meio de minhas pernas, seus beijos molhados me fazem jogar a cabeça apoiando as mãos na mesa, sua língua percorrem meu pescoço vindo até meu queixo, sua boca macia morde a minha mandíbula me obrigando a soltar um leve gemido.

Pode ser errado, mas para mim é tão certo e bom. Me afasto lentamente e sinto os dentes de Rhaenyra, cravando em meu lábio inferior e logo soltar de uma maneira prazerosa.

- Sim... valhe muito apena. - Sinto Rhaenyra, soltar minha nuca e se afastar.

- Temos uma festa ainda, princesa. - vejo um sorriso em seus lábios e logo ela sai pelo batente da porta indo em direção a festa. Ajeito minhas vestes me recompondo, respiro fundo antes de acompanhar a mesma. Saio e vejo se ninguém me viu saindo da biblioteca, como se isso fosse da conta de alguém. Vejo Rhaenyra, sentar-se em seu assento. Seus olhos ficam em mim a todo tempo, enquanto me sento ao seu lado.

- Daenerys, onde você estava? - Alicent, está furiosa, mas tenta conter-se na frente dos convidados. Não consigo fórmula nenhuma desculpa, nunca foi de mentir, por mais que fosse mentirinhas bobas.

- Daenerys, precisou tomar um ar, e eu me ofereci para acompanhá-la, algum problema? - Rhaenyra, toma a frente, alicent, está desacreditada, pela primeira vez vejo Rhaenyra, dirigir a palavra com a minha mãe, e a mulher também ficou surpresa. Mas não falou nada, apenas nos olhou e se conteve, saindo de perto, sorri para a mulher em agradecimento o que fez ela piscar para mim, me desconcertando. Essa era uma das poucas vezes em que estou em uma festa assim, a das últimas Rhaenyra, não estava presente, ela mulher está como se não tivesse acontecido nada a minutos atrás, sua pose arrogante é vidente para todos, o que é bom, e fez com que convidados bêbados e chatos não se aproximem para dá se quer uma palavra, medo? Pode ser. Meu pai com certeza deve está dormindo, está velho demais para esses eventos.

Assim que a festa termina, para mim, pois o som ainda está estridente, enquanto ando pelos corredores me afastando a cada passo e atravesso o batente de meu quarto, fecho a porta, quando dou conta estou igual uma boba ao lembrar do beijo. Começo a tirar minhas veste e colocar uma mais fina. E se isso acontecer novamente? Não sei se consigo evitar, eu quero que sempre aconteça, e que não tenha motivo algum, só quero que me leve para um canto escondido e me beije novamente. Deito-me sobre meus lençóis macios.

Sinto uma mão em meu rosto e rapidamente abro os olhos. Meus primeiro ato é tentar gritar.

- Quietinha, princesa, vim apenas lhe desejar uma boa noite de sono. - Rhaenyra, abafa meu grito com sua mão macia. Meu corpo relaxa e ela tira sua mão lentamente, seus lábios não me permitem dizer uma palavra quando se juntam aos meus, seus dentes mordem minha boca com tanta vontade, que chego a sentir o gosto do ferro em minha língua.

Rhaenyra, tira minha camisola lentamente, olhando em meus olhos, e pelos deuses, se ela não fizesse isso, eu faria, faria o que ela me ordenace, eu só quero sentir seu corpo mais próximo ao meu. Sinto um friozinho na barriga, meu coração acelerar e minha respiração também, quando vejo seus olhos refletindo o fogo da pequena lareira, sinto pulsar no meio das minhas pernas, seus beijos passam de meus seios para meu ventre. Rhaenyra, enfia sua cabeça no meio de minhas pernas, eu não estava preparada para tal ato.

Minha mão aperta o lençol e eu sinto meu corpo quente, não por estar perto do fogo, mas por meu sangue correr acelerado, extasiado.

Primeiro sinto seus dentes contra a parte de dentro da minha coxa, ela esfrega seu queixo em meu clitóris,
antes de passar a língua... fervendo pelos lábios menores. Sua mão sobe, agarrando meu seio e esmagando o bico intumescido com a ponta dos
dedos, tão macios que parecem veludo.

- Oh, céus - Meus dedos esfregam-se entre seus fios platinados.

Ela morde meus lábios menores, enquanto suga o clitóris com violência, esfregando seu queixo entre as minhas pernas. Sua outra mão agarra uma de minhas coxas, suspensa em um de seus ombros. E eu só consigo pensar no quanto isso é bom. No quanto quero que ela faça de novo.
Ela enfia sua língua dentro de mim e a tira, chupando todo o conjunto de pequenos e grandes lábios, terminando no clitóris. Minha boca se abre e eu
finalmente sinto a pulsação vir de dentro, arrebatando meus sentidos em um orgasmo profundo, enquanto
agora é minha vez de apertar meus dedos contra seus cabelos e sua cabeça contra minha buceta.

Em alguns segundos, Rhaenyra, está
novamente cara a cara comigo. Puxa-me pelas pernas, passa os dedos por minha intimidade, que encharca as bandas das
coxas, leva-os até a boca e chupa. - Eu vou comer você como uma vagabunda.

É errado gostar de suas palavras sujas?

Sinto seus dedos entrando no meio de minhas pernas, no início sinto um pequeno desconforto, mas não tenho tempo para me preparar, pois quando percebo, Rhaenyra, está com seus dedos no fundo da minha buceta. Os dedos fazem um movimento de vai e vem constante, sua boca se juntam a minha me tirando todo o resquício de ar que tem dentro dos meus pulmões. Seu beijos molhados em meu pescoço me fazendo arquear as costa e tudo o que eu quero é sentir a mesma sensação de agora a pouco. Meu quarto está quente como fogo de dragões. Os gemidos são baixinhos, apenas para Rhaenyra, escutar.

Meu corpo amolece por inteiro e minha pernas tremem. Os beijos da mulher sobem até meus lábios, me dando o deleite de sentir meu gosto em sua língua. Seus dedos saem de mim sem pressa.

- Creio que agora irá dormir mais relaxada. - A mulher sorri, seus lábios estão completamente rosados, quase em uma tonalidade vermelha. Sem pressa ela senta na cama.

- Já vai? - Meus olhos estão pesados, um cansaço me atinge em cheio.

- Sim princesa, da próxima a gente faz até o amanhecer! - E assim ela levanta e se vai, não consigo assimilar o que havia acontecido, não tão rápido assim.

"Da próxima?" Então ela tem em mente ter próximas vezes? O céus, como eu estou adorando isso.

Fogo e SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora