No dia seguinte, eu acordei dentro de uma cela, meu corpo ainda fraco e tonto do dia anterior. A luz do sol entrava pela janela, revelando a sujeira e a pobreza do lugar em que eu me encontrava.Um homem de aparência rude e robusta entra na minha cela sem qualquer aviso. Seu rosto está marcado por cicatrizes e tatuagens, dando-lhe um ar assustador. Eu me encolho em um canto da cela, temendo pelo que possa ele me fazer.O homem se aproxima de mim com um olhar severo e cruza os braços, me encarando com desdém.- Levanta-te - ele ordena secamente. - Te estão chamando de novo.
O homem me puxa com força, sem se importar com meu estado fraco e débil. Fico surpreso com a força dele, enquanto tropeço em minha tentativa de seguir seus passos. Caminhamos pelos corredores da prisão empoeirados e escuros, que estão repletos de outras celas e presidiários gritando e brigando entre si.
Minha mente estava frenética. Eu não conseguia entender o que eu havia feito para merecer tal destino. Tudo o que eu conseguia pensar era em tentar fugir dessa situação e voltar para a minha vida normal. Mas, por enquanto, tudo o que eu podia fazer era seguir com o homem e tentar manter-me de pé.
Depois de ser arrastado por um longo corredor, finalmente chegamos a uma nova porta. O segundo homem coloca uma toalha sobre meu ombro e eu sou empurrado pela porta. Assim que entro, a porta se fecha atrás de mim.A primeira coisa que noto é uma banheira preenchida com água. A água quente parece convidativa, mas a tensão na sala é palpável, me aproximo da banheira e a água na banheira estava gelada, diferente do que eu havia pensado à primeira vista. O desconforto causado pelo contato com a temperatura baixa é imediato, e não ajuda em nada a melhorar meu já frágil estado de saúde.
O frio da água me deixa surpreendido e me faz tremer. O desconforto é imediato, e eu sinto que minhas energias estão se esvaindo ainda mais rapidamente. Eu olho ao redor da sala em busca de algo que possa ajudar-me, mas só vejo paredes escuras e frias.
O homem à porta permanece em silêncio, observando-me com um olhar fixo.O homem à porta fala duramente.
-tome o banho rapidamente.Eu estremeço com a frialdade de suas palavras, mas sei que não tenho escolha. Começo a me lavar o mais rápido possível, desesperado para terminar esse banho gelado.
/.../
Uma nova ordem é dada pelo homem em voz alta.
-Não vista essa! Coloque a toalha e venha comigo!Eu sou tomado pela agonia, mas sigo suas ordens, enrolando-me na toalha para cobrir todo o meu corpo. Minha mandíbula treme de frio enquanto sigo o homem, desconfortável e vulnerável.
O homem me leva para uma nova sala e simplesmente me joga lá dentro, sem dizer uma palavra. Depois disso, ele fecha a porta, me deixando sozinho.
Sinto-me sem direção, vagando de um lado para outro na tentativa de me aquecer. A toalha molhada não ajuda muito, e eu continuo tremendo.
A porta da sala abre novamente e alguém entra, fazendo meu coração dar um salto de nervosismo. Era Sanzu, a pessoa que eu menos queria ver naquele momento.O coração pula no peito quando Sanzu entra na sala de repente, fechando a porta e jogando uma sacola na mesa. Minha mente está em alerta total, me sentindo ainda mais vulnerável do que antes. Não tenho ideia do que ele tem em mente.
Sentindo um frio extremo e a vulnerabilidade se intensificando, tento controlar meus sentimentos e não surtar pela sensação de desconforto. Não sei o que Sanzu pode estar planejando, e isso só aumenta meu nervosismo.Sanzu se senta à minha frente, apontando para a sacola que ele trouxe. Ele fala secamente:
-Vista isso!
Eu hesito por um momento, inseguro sobre o que exatamente devo fazer. Nervoso, me aproximo da sacola e hesitante, olho para dentro... O conteúdo me surpreende, pois é uma roupa casual e aparentemente limpa... mas ainda assim, tenho um momento de desconfiança.
- Aonde eu visto isso?- pergunto com desconforto.
- Aqui mesmo- ele responde rispidamente.
Sem opções, eu decido obedecer às ordens de Sanzu e me visto rapidamente. Espero que isso me traga algo positivo, mas no fundo, tenho minhas dúvidas.
Depois de vestir a roupa, Sanzu me observa de cima a baixo, com uma expressão fria. Ele não diz nada por um momento, até que finalmente fala:
-Agora você já está apresentável. Afinal, não podemos levar um prisioneiro fedido para uma reunião, não é verdade?
Apesar de suas palavras, há uma nota de desdém em seu tom. Não sei se ele realmente está me julgando ou se apenas está fazendo um comentário rude...
Sanzu continua a falar, com uma expressão mais firme:
-Eu já disse e vou repetir, posso te tirar dessas condições ruins.
Seus olhos encontram os meus, e há uma intensidade em seu olhar que me faz pensar que ele realmente está falando sério. No entanto, não tenho certeza da motivação por trás de sua oferta. Será que é só uma forma de me manipular? Ou ele realmente quer me ajudar?
- Bem, parece que você não entendeu bem as coisas. Vou repetir para ver se fica mais claro-diz Sanzu com um tom irônico,- Você será usado em um pequeno projeto que estou desenvolvendo em nome da nossa gangue. E não, você não é apenas um prisioneiro comum, você é um omega e vai ser utilizado da melhor forma para garantir nosso sucesso.
Sanzu sorri com malícia, e sinto um calafrio percorrer minha espinha. Esse olhar em seu rosto... ele está tramando algo.
- Isso é ridículo!- Eu explodo, frustrado com a situação que estou vivendo. -Eu não tenho nada a ver com esse tal projeto! Eu só quero voltar para minha vida normal! Tenho família e amigos me esperando!Minha tentativa de argumentar é ignorada, enquanto Sanzu continua a me encarar com a mesma expressão de desdém. É óbvio que ele se diverte com a dor que estou sentindo. Mas eu preciso encontrar uma maneira de escapar de tudo isso. A pergunta é: como?
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A nova vida
FanfictionDepois de tanto sofrer e de todas as suas idas ao passado derem errado, Takemichi acaba quase morto, "um cadáver vivo" o seu novo nome. Não é o fim dele, assim que entra em uma nova gangue ele encontra os antigos amigos e seu passado vola para você...