𝐄𝐢𝐠𝐡𝐭

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✥𝐀𝐲𝐚𝐧𝐧𝐚 𝐘𝐨𝐠𝐢✥

Quando estou voltando para dentro do Palacete, rumo ao meu quarto noto quão tarde está agora, não é uma hora em que se é muito aceitável andar sozinha pelos corredores, como Elara diz. Quando estou dobrando uma das centenas de esquinas nos corredores, um dia sentinelas me para.

— Com licença, madame. Isso não é hora de andar sozinha pelos corredores não?

— Ah certamente, por esse motivo estou indo aos meus aposentos nesse exato instante. Obrigada.

Antes de eu me virar. O sentinela coloca a mão no meu ombro, de um jeito sem educação e desconfortável. Ele aperta a mão contra meu ombro e faço uma careta.

— Eu consigo ir sozinha mesmo. Inclusive já vou retomar o curso, se me dão licença.

— Você não pode andar sozinha, não agora. — ele aperta ainda mais meu ombro.

— Será que não podem me deixar em paz?! — quando ele faz questão de se aproximar acerto um chute em suas partes baixas e saio correndo assustada.

Vou procurando o rumo do meu quarto mas ouço os passos dos guardas se aproximando de mim. Sem pensar abri uma porta aleatoriamente e entro com pressa.

Não olho para o cômodo. Mas fecho a porta rápido, dou um suspiro aliviado enquanto ouço os passos se afastarem.

— Aya?! — olho para o dono da voz. É Cal, estou no seu quarto. E como se não bastasse, ele estava tirando a armadura, logo, está com o peito nu. Ele me olha com o rosto prateado. Também devo estar.

— Ah! Sinto muito! Desculpa! Me perdoa! Não sabia que era seu quarto, eu estava fugindo dos sentinelas então apenas entrei e...

— Está tudo bem, eu que devia ter trancado a porta para começo de conversa. E estava pensando em ir falar com você mesmo. Mas por que raios você estava fugindo dos sentinelas?

— Longa história, me desculpa novamente. Já estou indo, boa noite, Cal.

— Espera aí. Queria te pedir um conselho. — antes de eu deixar o quarto ele chama minha atenção.

— Conselho? Para mim?! Eu sou a pior pessoa dando conselhos do mundo! Meus conselhos são estranhos, já vou avisando — ele ri com minha indignação.

— Por isso mesmo. É uma ajuda tão estranha de que eu preciso a ponto de achar que você é a melhor pessoa nisso.

— Se é assim. Pode falar.

— É o seguinte...

Ele é interrompido pela porta sendo aberta. Revelando Maven e Mareena juntos. Eles olham meio sem o que dizer. Não sei se é o fato de eu estar no quarto, de Cal estar sem camisa ou se é porque estamos juntos no quarto e ele está sem camisa. Eu e meu noivo ficamos com os rostos prateados de vergonha.

— Parem de nos olhar assim! Não é o que estão pensando! Eu entrei aqui sem perceber, e Cal queria um conselho então...

— Compreendemos. — Maven fala, sua voz um tanto fria. Ele olha de mim para Cal algumas vezes e entoa suspira.

Silver QueenOnde histórias criam vida. Descubra agora