Linhas de Shakespeare

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Na manhã seguinte, Sunny foi cedo para a escola por conta dos ensaios com as líderes de torcida que acontecem todo sábado. Quando chegou, logo foi se encontrar com Chris e Suzy, que não dançava, mas sempre estava lá assistindo as amigas.

— Bom diaa! — Sunny correu e foi abraçar as amigas que estavam no vestiário.

— Uau, quanto bom humor, pelo visto ontem foi bom com tal 'Meeks' não é? Chris comentou enquanto se trocava.

— Conte, como foi? — Suzy que estava sentada em um banco no meio do corredor do vestiário perguntou.

— Ah meninas... foi perfeito. Ele é encantador... eu realmente estava pensando que ele não iria, mas ainda bem que foi. Fomos para o café pertinho da biblioteca, sabem? — elas concordaram com a cabeça — Ele é diferente, entendem? Ele diz coisas lindas, sobre viver como se fosse o último dia de nossas vidas, sobre aproveitar cada detalhe e viver livremente. Eu não sei explicar essa filosofia maluca dele, mas é algo mais ou menos assim.

— Vocês beijaram? — Suzy brincou, fazendo beijinhos com as mãos.

– Não! Ele não é esse tipo de cara, que gosta de ser rapidinho, acho que ele quer fazer tudo com calma.

– Até parece, todo cara é assim.

— Não ele! Ele não é do tipo que só tem interesse em outras coisas e só pensa nisso, ele quer me conhecer de verdade.

— E ainda diz não estar apaixonada" Chris brincou terminado de se vestir. "Ande, vá colocar sua roupa, inclusive, já terminou de desenhar os novos uniformes?"

— Mas não estou! E não, não tive tempo de terminar ainda.

— Ela estava ocupada pensado em um ruivinho por aí – Suzy implicou.

— Ainda há tempo, mas não vá se distrair com namorico e esquecer disto han?.

— Não vou Chris — Sunny a puxou e distribuiu diversos beijos na amiga.

— Termine de contar sua puxa-saco. A loira a soltou e deu um beijo na cabeça da amiga.

— Acreditam que esse ruivinho é um aspirante a poeta? Ele tem um clubinho da meia-noite com uns amigos, por isso diz tantas coisas bonitas, passa as noites lendo poesias. Conversamos sobre coisas que queríamos fazer mas não temos coragem, e ele me incentiva a fazer coisas que eu nunca faria em situações normais. Tipo, nós saímos correndo do café só por brincadeira, todos acharam estranho mas a gente estava nem aí! Ele não acha besteira a história da faculdade e nem em nenhuma das coisas que eu gosto, pelo contrário, disse que se eu gosto dessas coisas então são especiais. Ele me disse algo que não vou esquecer, alguns desses filósofos que ele lê disse: 'Viva cada estação enquanto elas duram, respire o ar, beba a bebida, saboreie a fruta, e deixe-se levar pelas influências de cada uma', não é lindo? É sobre aproveitar as pequenas experiências da vida, pois isso que torna nossa vida interessante.

— Vou dar uma chance a ele então, mas sempre com um olho aberto — ela apontou para seu próprio olho, enfatizando — me preocupo com nosso pequeno raio de Sol. Chris carinhosa e preocupada como sempre estimava pela amiga, não queria nunca que ela sofresse como sofreu um ano antes. Alisou os cabelos de Sunny e deu outro beijo na nuca da amiga.

— Ele foi lá para casa a noite — Ela respondeu com um pouco de receio.

O quê?! Está louca?

— Mas calma, não é nada disso que estão pensando, eu deixei bem claro que seria algo de amigos. Passamos umas três horas conversando, ele me ouvia com tanta atenção, e o papo estava tão bom, quase não o deixei ir embora. Ele é muito educadinho, não forçou nada e nem tinha malícia, talvez nem me veja dessa forma, talvez queira realmente ser apenas um amigo.

Steven Meeks- LoverboyOnde histórias criam vida. Descubra agora