A Primeira Declaração

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O coração de Steven parecia que iria sair pela boca, nunca esteve tão nervoso e ansioso na vida, "ela estaria lá?", "o que diria à ele?", "o que diria a ela?" Esses pensamentos passaram pela sua cabeça, suas mãos suadas estavam rígidas, o óculos escorregava de seu rosto, o vento cortava seu pescoço, seus lábios ardiam pelo frio.

Sunny, por sua vez, balançava os pés incessantemente, sentindo-se como uma criança prestes a se apresentar diante de uma plateia de pais pela primeira vez. O nervosismo era palpável.

Finalmente, ele virou a esquina, olhando para baixo, temendo encarar a realidade de não ter ninguém lá. Andou mais um pouco e tomou coragem, olhou para frente. " O anjo de meus desejos". Murmurou, vendo-a se virar lentamente. O vento os abraçou novamente, trazendo os cabelos cor de chocolate um movimento, ele reparou n'ela retirando os fios de seus lábios rosados, e então parar. Ela sorriu, então ele sorriu.

"É ele, ele veio" Sunny pensou, em êxtase. Mil fogos de artifício estouraram em seu coração. Ela andou de encontro a ele. Eles pararam, extremamente perto um do outro, desconfortávelmente perto, sentiam suas respirações se juntarem. Mas se afastaram, por novamente se colocarem em uma situação constrangedora.

"Steven, eu torcia para que voltasse, esqueceu isto comigo" Ela abriu a bolsa, tirou de lá o gorro azul e lhe entregou com as mãos trêmulas. Estava frente a frente com o garoto que roubara seus pensamentos na última semana. De repente, esqueceu todas as frases ensaiadas.

"Meeks" Ele corrigiu, pegando o gorro.

"Como?"

"É como meus amigos, e basicamente todo mundo me chama. Pode me chamar assim. Mas você não me disse o seu nome" Ele deu uma risada charmosa, exalando confiança. De onde tirara ela? Não se sabe, mas o garoto gênio conseguiu transformar seu nervosismo em charme, sem nem ao mesmo gaguejar.

"Meu nome? Ah sim, Sunny WestWood, é um prazer" Ela estendeu a mão, em um gesto formal, fazendo-o rir.

"Se não se importa, gostaria de ir a um café, conversar? Queria conhecê-la melhor, nosso primeiro encontro foi um grande desastre, gostaria de me desculpar formalmente pelo incidente" Por fora, puro charme e confiança. Por dentro rezava em todas as línguas que conhecia para que ela dissesse sim.

"Sim claro, eu adoraria. Tem um a duas ruas daqui, eles tem um cappuccino ótimo" Ela concordou sorrindo, agradecendo que ele tomou uma atitude, porque se fosse para depender dela, aquela conversa teria finalizado aqui.

"Sei onde é. Vamos?" Ele disse estendendo a mão para eles irem.

"Claro" ela respondeu em um tom de voz baixo.

Caminhado pela rua em silêncio, os dois estavam extremamente constrangidos, Meeks não poderia deixar essa garota ir embora, precisava conhecê-la, e enfrentaria toda sua vergonha – por não ter tido muitas experiências flertando, sempre tão focado na escola, e estudando apenas com garotos – para ela gostar dele.

"Então... Sunny, para onde estava indo tão apressada aquele dia?" Ele perguntou olhando para baixo. Era consideravelmente mais alto que a garota, ela era da altura de seu ombro, e ele achava isso adorável, pois todas às vezes que olhava para ele seus olhos brilhavam, olhando para cima, e o encantando.

"Para casa, eu estava atrasada" dizia entre risos, se lembrando da cena "Tinha combinado um horário com meu pai, e quando vi já tinha se passado quase 10 minutos, e ele odeia atrasos, e você, Meeks?"

"Estava indo numa loja de acessórios elétricos, procurava um resistor para meu rádio. Sabe, na minha escola, Welton, não é permitido nem televisão nem rádio, então resolvi construir um eu mesmo"

Steven Meeks- LoverboyOnde histórias criam vida. Descubra agora