Steven por fora aparentava estar tranquilo, mas por dentro um oceano inquieto de emoções batiam ondas de paixão em seu estômago. Eles caminhavam com os dedos mindinhos entrelaçados, estavam quietos, adeptos ao momento. As vezes paravam e se beijavam timidamente, era realmente um jardim bem grande.
Quando voltaram para o início da caminhada, onde estavam sentados, viram um movimento estranho dentro da casa, e resolveram ir ver o que acontecia. Alguns garotos gritavam "briga, briga" e quando entraram Meeks viu o amigo caído no chão, com o nariz ensanguentado, e Chet em cima dele, o ameaçado. Sunny correu para Chris, que tentava acalmar Chet mas ao mesmo tempo ajudar Knox.
— Chet, por Deus!! Se acalme! Você o machucou! – Chris sentada ao lado de Knox gritava com o namorado.
— Chris! O que está acontecendo? – Sunny se abaixou ao lado da amiga.
— Um MAL entendido – Chris explicou, enfatizando o "mal" para que Chet ouvisse. As duas então, com a ajuda de Meeks, levantaram Knox, que estava atordoado. Chris ficou na casa tentando acalmar o namorado, enquanto os outros três saíram.
— Cara o que foi isso?!
— Meeks, eu não sei o que me deu. Eu simplesmente decidi viver o momento, fiz o que estava querendo fazer a dias, e não me arrependo, faria tudo de novo! Sunny, foi um prazer enorme ter lhe conhecido, e me perdoe pelo o que fiz, mas principalmente pelo o que direi a seguir. Mas eu sou completamente apaixonado pela Chris, e não aguento mais essa agonia, preciso tê-la, e ela será minha, ou não me chamo Knox Overstreet!! – ele dizia imponente e ofegante, se virou de costas e foi andando pelo gramado, se direcionando a rua. Ele estava ligeiramente alcoolizado, tropeçava não só nas palavras, mas em seus próprios pés.
Meeks e Sunny se entreolharam, rindo. Ele balançou a cabeça, simplesmente aceitando tudo que o amigo disse.
— Bom... acho que é melhor irmos andando... não vai ser fácil colocar este aqui na cama.
Sunny o olhou desalentada, e do campo de visão dele, seus olhos pareciam maiores e mais angelicais. Olhos chocolate gigantes, ele não resistia. Eles deram um beijo tímido novamente, deixando-os com as bochechas rosadas.
— Então... eu te vejo na sexta? – Sunny perguntara calmamente, com os dedos entrelaçados nos dele.
— Sem dúvida alguma. — ele sorriu.
— Vou esperar ansiosa.
Ele desceu as escadas da frente da grande casa branca, olhando sempre para ela, deu um leve aceno com os dedos e se virou. Ela continuara ali, o observado sumir na noite, até que ele mexeu a cabeça bruscamente, como se discutisse consigo mesmo e voltou correndo para ela, a puxando pela cintura com uma mão, e pelo rosto com a outra, dando outro grande beijo. Um beijo leve, romântico e de adeus. Não existia nenhum tipo de perversão em suas bocas, em seus toques, em seus beijos e em suas mentes. Paixão é assim, é sobre estar perto e aproveitar a companhia, é sobre romance, e de romance esses dois estavam embebedados até a aura.
Quando se separaram, eles se olharam uma última vez, com seus peitos ofegantes, recuperando o ar. Estavam de mãos dadas se olhando nos olhos, embriagados pelo sentimento que tanto os unia.
— Acho melhor você ir. – Sunny disse, sem desviar o olhar.
— Também acho, mas não quero.
— Ah por Deus!! Vão namorar até quando?! Ande logo Meeks!! – Knox, levemente alcoolizado gritava ao longe.
Os dois riram, e levemente soltaram suas mãos, em uma lenta despedida. Sunny encostou a cabeça na pilastra branca que rodeava a casa, o vendo ir embora e olhando para trás diversas vezes, sempre marcado com um sorriso enorme e bobo.
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Steven Meeks- Loverboy
RomanceSteven Meeks- Dead Poets Society Este é um romance doloroso. Não foi fácil, nada é, principalmente o amor... Tínhamos apenas 17 anos e éramos dois loucos apaixonados, com o mundo contra nós. Meu pai queria que eu me casasse com seu amigo Charles D...