Em solo brasileiro.

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Caroline's pov

Eu e Annie passamos um bom tempo arrumando minhas coisas, se foi toda a tarde só encaixotando tudo. A sensação de estar voltando pro Brasil era uma das melhores, eu sentia muito falta do sol realmente quente na minha pele.

-- Obrigada por hoje amiga! Me adiantou de muitas outras coisas. - falo e a abraço sorrindo.

-- Você sabe que pode contar comigo, Carol. Vou sentir sua falta. - ela sai do abraço e faz um biquinho fingindo drama.

-- Eu também vou sentir falta de você, banana. - falo pegando em suas mãos.

-- Agora eu vou indo, sucesso na sua nova jornada Carol! Estarei sempre torcendo para você. Promete que vai tentar me mandar mensagem todos os dias?

-- Prometo! Amo você. - nos despedimos com um abraço e ela saiu pela porta.

Quando olho pela janela já era quase escuro, umas horas atrás recebi uma mensagem de minha mãe falando que nosso voo saía ainda essa madrugada, então eu iria descansar por algumas horas e terminar de acertar as coisas para levar as mudanças.

Peguei meu telefone e fui para o banho. Lavei meus cabelos calmamente pensando em como seria essa nova fase, eu nunca havia administrado uma empresa ou filial sozinha, somente com meu pai junto.

[...]

Depois de algumas horas de voo eu finalmente estava em solo brasileiro. Não pelo motivo que eu gostaria tanto, mas uma parte de mim tinha certeza que essa "nova vida" vai me entregar tudo que há de bom.

Vou até meus pais e seguimos para buscar as malas e fazer essas coisas chatinhas de viagem. Ajudei eles e fomos até o carro de Marcela, ela já tinha aberto o porta-malas e arrumado tudo pois iríamos para casa dela. Depois eu pegaria um voo daqui de São José pra Confins.

Por volta de 1 hora de carro já estávamos descarregando as malas e levando até os quartos.

-- Como é bom estar em casa de novo. - falo respirando fundo e sentando no sofá permitindo meu corpo relaxar um pouco.

-- Senti sua falta maninha. - Marcela fala se sentando ao meu lado e me abraçando.

-- Também senti, Ma. - falo e sorrio.

-- Filha, vamos descansar um pouco. Já já é o velório do seu tio. - meu pai me chamou e eu senti sua voz embargada. Provavelmente pelo choro. O luto é difícil, muito difícil. O choque vem agora na hora que você recebe a notícia? Sim. Mas o pior são os dias em que você mais precisa daquele colo, daquela voz, daquela risada, daquele cheiro, apenas daquela pessoa. Eu sei o quanto meu pai estava sendo forte com tudo isso, era seu irmão.

-- Claro pai, já estou indo. Só vou ligar pra Julia. Não é possível que aquela criança não esteja com o celular por perto às 12:00. - falo me levantando e pegando meu telefone.

Julia foi uma menina que conheci sendo babá dela quando ela era bem pequena, pena tinha chegado de Brasília com seus pais para a capital mineira. Depois disso criamos um laço forte de amigas desde que ela era uma criancinha, hoje tenho orgulho da mulher que ela se tornou. Quando contei a ela que estava voltando pro Brasil ela enlouqueceu. E também aceitou a proposta de ser minha secretária na empresa.

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