Cartas.

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Rosamaria's pov


Hoje seria o dia de inaugurar a minha sala no trabalho de Caroline. Levantei animada, o sol raiava pelas persianas da janela do meu quarto. Fui ao banheiro, tirei toda a minha roupa e deixei a água pingar sobre minha pele. O dia estava lindo, assim que acabei o banho me dirigi até meu guarda-roupa e peguei uma calça moletom branca bem soltinha, um cropped branco de regata e minha rasteirinha também branca.
Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo alto e passei apenas uma maquiagem leve.

Desci as escadas e fui até minha cozinha preparar meu café da manhã. Abri a geladeira e peguei dois ovos médios, untei a frigideira com um pouco de óleo e fiz um omelete. Além de complementar com tomate cereja e orégano. Montei meu prato com 5 morangos e o omelete. Comi tudo enquanto olhava pela janela da sala a cidade já começando a se movimentar. Peguei minha bolsa e desci pelo elevador até o estacionamento onde meu carro estava. Entrei nele e liguei o rádio enquanto seguia até a casa de Naiane.

— Bom dia, Nai! – falo sorrindo para a mulher.

— Bom dia, Pinkmary. – devolve.

O caminho foi silencioso, exceto na hora que começou tocar “shake it off” da Taylor na rádio:

— But I keep cruisin'. Can't stop, won't stop movin'. – Nai começa a cantoria.

— It's like I got this music in my mind. Sayin' it's gonna be alright. – canto como se tivesse fazendo um microfone com uma das mãos.

— 'Cause the players gonna play, play, play, play, play.

— And the haters gonna hate, hate, hate, hate, hate.

— Baby, I'm just gonna shake, shake, shake, shake, shake. I shake it off, I shake it off! - cantamos juntas logo em seguida caindo na gargalhada.

— Roseane, a dupla do pop. – Naiane brinca.

Infelizmente nosso momento como dupla do pop teve que acabar, voltamos à realidade. Trabalho, trabalho e trabalho.
Cada uma seguiu para onde deveria, eu, no escritório. Quando cheguei lá todos estavam trabalhando, calmamente, um dia tranquilo tem dessas. Paz de espírito.

— Bom dia, Jole. – cumprimento entrando na sala.

— Bom dia, Rosa.

— O que a gente tem para hoje? – pergunto sentando em minha cadeira giratória.

— Creio eu que temos que chamar os meninos para apurar o caso da mulher, o termo do acidente de trabalho deu um rolo com o INSS. De acordo com ela, o aplicativo travou e não quer registrar o seu acidente de trabalho.

— Nossa, que estranho. Ela tentou entrar em contato? – franzi o cenho.

— Até tentou, mas a mulher disse que ela teria que esperar. Ela já esperou 2 dias e continua igual.

— Então vamos ver.

Assim fizemos, chamamos a mulher no escritório e ela foi lá. Mexemos em seu celular, entramos em contato e deu tudo certo. Apanhamos um pouco para registrar? Sim. Mas o importante é que conseguimos. Depois foi a hora de perguntar a ela sobre o divórcio, se o juiz já havia marcado ou não.

— Já marcou, Dra. Mas é só daqui 1 mês e meio, eu compareci na audiência com Alan e Darlan e agora ele está preso. Só vai sair para decidir as coisas do divórcio e depois ficar lá por mais uns bons 6 anos. – ela explica para mim e Jovana.

— Que bom que tudo está entrando aos eixos, Veronica! – sorrio mais como forma de conforto.

— Isso graças a vocês e aos meninos. Obrigada pela ajuda! Evitaram algo pior que poderia ter acontecido com minha própria filha.

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