Construindo Nossa História | Rosattaz.

Agradecimento.

Rosamaria's pov

Como o esperado, meu final de semana foi atormentado pela ressaca. Eu sei muito bem que sou fraca para bebida, não fico louca ao ponto de passar vergonha, na verdade eu passo mal e fico pelo menos uns 2 dias ruim do estômago. Passou, era segunda-feira e Naiane tinha vindo dormir ontem aqui. Meu despertador tocou e eu me espreguicei na cama vendo a morena abrir os olhos levemente.

- Bom dia, Nai. - falo com a voz rouca e sorrindo.

- Bom dia, loira. - devolve.

Começo a levantar da cama e ir em direção ao banheiro, me despido e ligo o chuveiro sentindo a água me despertar para o dia longo que eu sabia que seria. Quando termino o banho rápido eu desligo o chuveiro e volto ao meu quarto vendo que Naiane já havia levantado. Percebo que em cima da cama tinha um macacão preto, de calça, com uma rasteirinha de salto também preta.

- Arrumou minha roupa? - eu pergunto feliz, essa japa sabe ser gente boa quando quer.

- Arrumei. Mas saiba que só foi porque ontem você pagou a pizza pra gente, nem se acostuma.

Aceno em negativo com a cabeça, rindo. Vejo ela ir ao banheiro também tomar um banho e fazer as higienes matinais. Visto a roupa prática, calço os sapatos que estavam anteriormente em cima da minha cama. Vou em frente ao espelho da minha penteadeira e faço uma maquiagem bem leve: corretivo, blush, iluminador, máscara de cílios e gloss.

Nesse meio tempo, Naiane já havia saído do banheiro e estava fuçando meu guarda-roupa a procura de algo pra vestir.

- Vou roubar só por hoje viu? - ela diz pegando uma camiseta branca social e a minha calça preta meio rasgada.

- Se não devolver a calça eu faço tu me dá uma nova. - ameaço vendo ela rir.

Descemos as escadas e eu fui procurar algo pra gente comer, ela disse que preferia só um café e eu acompanhei, não sou uma pessoa de comer muito de manhã. Na realidade a maioria dos dias eu como, mas depois de uma ressaca igual essa que eu tive é muito difícil algo assentar no meu estômago.
Tomamos um café enquanto conversávamos sobre amenidades, até eu chegar ao assunto da bondade de Caroline na noite de sexta.

- ELA TE AJUDOU?

- Sim? - respondo meio incerta com a intenção da minha amiga.

- Que lindas! Tão virando amiga de novo. - dessa vez ela faz a voz mais "fofa".

- Eu adoraria ser amiga dela, na verdade temos mais que ter uma boa convivência pro trabalho mesmo. - explico tomando meu último gole de café.

- Acho que você deveria agradecer ela, um chocolate talvez. - me sugere.

- Será? Como que eu vou entregar? Na casa dela eu não vou não. - falo levantando e colocando nossas xícaras na pia.

- Oh besta! Vai na concessionária no horário de almoço, se encontrar ela, deu sorte. Se não, deixa com a Julia que ela entrega.

- É, talvez eu faça isso. Bora que a gente vai se atrasar! - pego minha bolsa com as chaves e vou em direção a porta esperando a mulher me acompanhar.

Descemos pelo elevador até chegar no térreo, fomos ao meu carro e entramos. Dei partida e fiquei o caminho todo pensando se realmente levaria algo pra Carol, eu estava muito grata por ela ter me ajudado e evitado algo maior. Mas assim, qual o chocolate favorito dela? Quando a gente era criança ela gostava de sonho de valsa, agora eu já não sei. Deixo o carro na vaga livre da rua e nós desembarcamos, já vou até o elevador e aperto no 2° andar. Pela manhã eu falaria com o pessoal sobre a terça-feira que eu estaria na empresa de Carol e depois iria rever aquele caso que eu, Darlan, Jole e Alan assumimos.