Construindo Nossa História | Rosattaz.

Bate-papo.

Caroline's pov

A semana se apresentou tão extensa. Não sei se foi pela nova rotina ou algo do tipo, mas cheguei viva até o sábado. Aqui estou eu, deitada na cama meio sonolenta olhando para o teto. Estava pensando sobre esse negócio das cartas. É normal às vezes errar o endereço de envio, ou der algum problema na própria identificação do endereço. Mas só
– às vezes –, e não durante anos. Minha família conhece o antigo gerente do correio por todos os 15 anos que moramos aqui. Agora, pelo que fiquei sabendo, o novo gerente é seu filho. Tudo bem que o gerente não tem muito haver com esse negócio de entrega, mas é muito estranho essas cartas não chegarem pra Rosa, sendo que o site do correio avisava que já estava lá. Ok, decidi me levantar e tomar um banho para esperar a Rosamaria. Tínhamos marcado terça-feira dela vir almoçar aqui para descontrair e também falar sobre esse assunto.

Fui em direção ao banheiro e fiz o que tinha que ser feito. Coloquei uma roupa aceitável de ficar em casa e olhei pelo meu celular, já se passavam de 09:00h. Desci em busca de algo para enganar o estômago antes do almoço, talvez um pão com margarina. Vou para frente da minha geladeira mexendo em meu celular e na hora ele vibra mostrando uma nova notificação. Mensagem de voz da Rosa:

“Mensagem de voz: Bom dia Carol. Como cê tá? Daqui a pouco tô indo aí, só vou… *bocejo* tomar um banho rapidinho. Quero ver café da manhã na mesa hein. Beijos! Te vejo logo.”

Como assim essa louca me avisa só agora que vem pro café? Vou em direção a estante da TV e pego minha carteira indo até a porta do meu apê. Desço o elevador passando pelo porteiro e o cumprimentando: “Bom dia!”.

Saio do condomínio e começo a andar pelas ruas na intenção de chegar até a padaria mais próxima que tinha. Hoje BH estava com um fluxo gigante, acredito porque ontem era feriado então foi emendado ao fim de semana. Enfim, cheguei até a padaria e pedi a atendente 10 pães de queijo. De prontidão ela me alcançou a sacolinha marrom com o pedido. Paguei e agradeci, voltei para casa à espera da minha amiga.

Ao chegar em meu apartamento passei um café para acompanhar o que havia comprado para comer. Exatamente quando coloquei a térmica na mesa ouvi a campainha. Seco minhas mãos na roupa disparo até a porta a abrindo:

— Bom dia, Maria! – cumprimento sorrindo.

— Bom dia, minha Line! – ela me abraça também sorrindo.

— Vem, entra. – dou espaço e assim ela faz.

Segue até o sofá e se senta olhando para mim. Não demorou para que eu a seguisse e sentar ao seu lado, sua companhia era boa e confortável; por mais que às vezes eu recebesse uns puxões de orelha. Ficamos com os olhos fixos umas às outras vendo o conforto que o ambiente tinha estabelecido assim que ela chegou.

— Vai ficar me olhando ou vai levantar para a gente comer? – brinco desviando o olhar.

— Vim pra isso né, Caroline. – diz se levantando e indo até a mesa. — Caralho, pão de queijo, café preto e requeijão! Na moral, você arrasou nisso.

Ver ela me confessando isso com um brilho no olhar me fez sorrir junto. Nos sentamos à mesa e começamos a comer em um papo descontraído. O assunto saiu sobre a empresa até gostos e hobbies nossos.

— Mas qual sua comida favorita? – ela me pergunta tomando um gole de café.

— Tilápia empanada. E a sua?