Construindo Nossa História | Rosattaz.

Reunião.

Caroline's pov

Mal havia chegado em Belo Horizonte e já estava puxando caixa de mudança para dentro do meu novo apartamento, o caminhão de mudança tinha chegado um pouco antes de mim, então o bom moço adiantou meu serviço retirando algumas caixas antes que eu chegasse.

Óbvio que eu chamei Julia para me ajudar na mudança, depois teríamos a reunião com a advogada e ainda iríamos na filial pra ver como estava, afinal ela tinha um outro comércio a um tempo só que a dona saiu de lá por que o aluguel era "caro". Para o tamanho do lugar, 3.000 de aluguel que meu pai cobrava era um tanto quanto barato.

Estava em meu quarto trocando de roupa e colocando uma mais leve quando ouço a campainha, Julia provavelmente tinha chegado e junto com ela nosso almoço que pedi pra ela passar pegar no drive-thru.
Vou colocando minha blusa enquanto vou andando até a porta e quando me visto 100% abro a porta e vejo a menina que eu tinha uma saudade imensa.

-- Juju! - falo abrindo um sorriso e ela logo corre me abraçar pulando em meu colo. Retribui aquele abraço com muito afeto e saudades. - Você cresceu, pirralha. Tá' com quanto de altura?

-- Para de me chamar assim, velhota. Pra sua pergunta, eu estou com 1,92 assim como você. - ela desgruda do abraço sorrindo e falando.

-- COMO ASSIM A PIRRALHA TÁ' DO MEU TAMANHO? - eu praticamente grito em choque, claro que era de se esperar essa altura que a menina tinha, com 8 meses ela tinha 73cm. Lembro como se fosse hoje quando tive que ajudar a mãe dela levar a Julia no posto de saúde para consultar, a enfermeira arregalou o olho quando a mediu.

-- Deixa de ser besta, Caroline! - ela fala rindo e me dando um tapinha de leve no braço.

-- Esses bração aí, tá' fazendo academia é? - falo apertando um pouco seu bíceps.

-- Eu faço desde os 16, burra. - ela fala, que criança ousada! Me chamando de burra.

-- E você tá com quantos anos agora? 17? - digo brincando levando outro tapa só que um pouco mais forte, fazendo eu murmurar um "Ai".

-- Tu é chata né? Eu tenho 22 agora, a idade tá batendo é?

-- Logo eu, que tenho belíssimos 31 aninhos. - eu respondo ela que apenas acena em negativo e começa a abrir as caixas no chão.

-- Cê' não quer comer antes? - ofereço e vejo ela sorrir.

-- Muito obrigada por ler pensamentos. - ela fala sorrindo e me dá um beijo na bochecha.

Dou um riso nasal e vou até minha nova cozinha e sento na cadeira da bancada, logo Julia senta na minha frente com a sacola de comida.

-- Cadê os pratos? - ela me pergunta.

-- Em alguma das caixas. - falo sorrindo brincalhona e ela olha para todas as caixas no chão com a feição desanimada.

-- A gente come na mão mesmo. - Julia diz e me estende meu lanche.

Começamos a comer e conversar sobre amenidades. Hora falávamos da empresa hora falávamos da advogada que Julia achava uma deusa.

-- As vezes ela nem é tudo isso. Como é o nome dela? - eu pergunto limpando minha boca.

-- É Rosamaria. - ela me pergunta e eu dou de ombros.