XII

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Apollo deu um soco em Caio com força suficiente para fazer o corpo dele se inclinar para frente e cair sobre a mesa

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Apollo deu um soco em Caio com força suficiente para fazer o corpo dele se inclinar para frente e cair sobre a mesa. A cena parecia estar em câmera lenta, enquanto todos ao redor paravam e olhavam com espanto. A mesa se balançou e os copos e pratos se espalharam, criando um caos instantâneo.

Marcos, com um olhar de surpresa e preocupação, tentou puxar Caio para longe, enquanto Paulo Henrique, quase sem conseguir ficar em pé devido ao seu próprio estado de embriaguez, tentou segurar Apollo. A situação era um frenesi de corpos e gritos, e eu me senti completamente paralisada, afastada, como se estivesse assistindo a um filme de terror em que não podia intervir.

O ambiente do Pub White Dog havia se transformado em um cenário de caos e tensão. O som da música e das conversas animadas era agora um fundo distante para o tumulto que se desenrolava diante dos meus olhos. A cena de confronto entre Apollo e Caio havia tomado conta do espaço, e eu me sentia deslocada, quase paralisada pela intensidade do momento.

Finalmente, alguns rapazes se aproximaram e conseguiram separar Apollo e Caio. Caio estava claramente ferido, com um supercílio cortado e sangue visivelmente manchando seus dentes. O grito de dor e frustração que ele soltou era um reflexo do impacto físico e emocional que havia sofrido.

— Seu maluco! — Caio exclamou, sua voz carregada de raiva e dor.

Apollo estava ofegante, seus cabelos loiros bagunçados e sua expressão marcada pela fúria e pelo cansaço. Seus olhos azuis, que antes estavam intensos com raiva, agora exibiam exaustão. Sua testa apresentava uma leve lesão, um sinal visível do confronto físico.

Eu me senti completamente fora de lugar, meu mundo parecia ter virado de cabeça para baixo. Olhei para Marcos, que estava tentando entender e controlar a situação. Ele se voltava para Apollo com uma expressão de surpresa e preocupação.

— Você é completamente maluco! Por que você fez isso? — Marcos dizia, sua voz carregada de frustração.

A tristeza e a confusão que eu sentia eram avassaladoras. As lágrimas começaram a escorregar pelo meu rosto, e o desejo de encontrar uma saída daquela situação se intensificou. A cena ao meu redor estava carregada de tensão, e eu lutava para processar o que havia acontecido. Todos me olhavam boquiabertos, como se eu fosse a razão de todo o caos que se desdobrava.

Me virei para Marcos e, com a voz embargada, disse:

— Você não viu o que ele fez comigo?

Marcos, surpreso e sem saber como responder, continuou a ajudar Caio a se levantar. Eu, com os olhos cheios de lágrimas, voltei a atenção para Apollo. Ele estava ao lado de Paulo Henrique, tentando se acalmar, e seu olhar, que antes era tão intenso, agora refletia uma suavidade e uma busca silenciosa por compreensão.

Paulo Henrique, ainda visivelmente perturbado pela situação, se aproximou de mim com um gesto gentil e preocupado.

— Você está bem? — ele perguntou, sua voz transmitindo uma sincera preocupação. — Assim que nós vimos o que aconteceu, eu mal pude segurar o Apollo, ele agiu no automático.

Corações EntrelaçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora