XVI

49 3 24
                                    

Meu corpo reagiu de forma quase automática

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Meu corpo reagiu de forma quase automática. Sem pensar, comecei a caminhar na mesma direção que ele. Deixei Vinicius sozinho na pista de dança, o som da música se distorcendo enquanto eu me movia com uma urgência que mal compreendia.

Finalmente, alcancei Apollo na entrada do corredor que levava ao banheiro. Parei, ofegante, o suor brilhando na minha pele como uma segunda camada. O contraste entre a minha energia vibrante e o semblante fechado dele parecia surreal. Com um esforço consciente, respirei fundo e chamei, minha voz saindo em um tom que tentava ser calmo, mas que traía a intensidade do momento.

— Apollo...

Ele virou imediatamente, analisando todo o meu corpo com uma intensidade que quase me fez recuar. A maneira como ele me olhava era uma mistura de desejo e desconforto. Aproximando-me lentamente, estendi a mão e toquei seu braço, o contato do meu toque com sua pele era uma confirmação da proximidade. Seus músculos estavam tensos sob meus dedos.

Eu segui o movimento e toquei seu rosto, meus dedos deslizando suavemente sobre a pele quente. Sentir a textura de sua pele contra a ponta dos meus dedos era delicioso, uma sensação que parecia absorver toda a eletricidade do momento.

Ele sussurrou, sua voz baixa e carregada:

— Não me toca assim.

Aquelas palavras, ditas com um tom quase irritado, foram como um choque que reverberou através de mim. Eu recuei um pouco, o olhar ainda fixo, tentando entender o que ele estava realmente dizendo. Meu coração estava batendo forte, a adrenalina e o desejo se misturando em uma sensação de urgência.

Eu o queria inteiramente para mim. Queria que ele me desse prazer e eu sentia que ele desejava o mesmo.

— Por que? — perguntei, com uma curiosidade desesperada, enquanto a expressão no meu rosto se transformava em uma máscara de vulnerabilidade e desafio.

Ele hesitou por um instante, sua expressão contorcida em uma luta interna. Finalmente, a resposta saiu de seus lábios, carregada com um peso que parecia quase físico:

— Porque eu não sei se consigo me segurar mais.

As palavras dele caíram no espaço entre nós como uma sentença, um reconhecimento de um desejo que estava à beira da explosão. O ar entre nós estava com uma tensão forte, e eu pude sentir o efeito que minhas ações tinham sobre ele, quase como uma linha que nos conectava.

Sem conseguir me controlar, avancei em sua direção e nossos lábios se encontraram em um beijo intenso. Ele respondeu com um impulso quase selvagem, segurando meu corpo com força e me apoiando contra a parede com firmeza. Suas mãos subiram pelas minhas pernas e se acomodaram em meu traseiro, erguendo-me no seu colo. Sua língua explorava minha boca com uma necessidade evidente, como se o beijo fosse essencial para ele. Eu segurei seus fios loiros entre os dedos, apertando-os conforme ficava excitada.

Corações EntrelaçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora