IX.

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P.O.V Arthur

Esses momentos com ela estão sendo maravilhosos. Ainda sinto aquela insegurança de me envolver por causa da minha família, mas eu quero ela e se precisar fujo de tudo isso.
Depois que ela adormeceu fiquei fazendo carinho em seus cabelos admirando cada traço do seu rosto, me deitei na cama ajeitando-a em meu peito, poucos minutos depois o sono bateu e adormeci.

[...]

Acordei no meio da noite com meu celular vibrando, saí com cuidado da cama para não acordá-la e atendi o celular.

Ligação on

Aproveite bem cada minuto com ela...- meu coração acelerou, eu conheço essa voz, mas não consigo lembrar quem é.

— Quem está falando? O que você quer?

Não lembra de mim Arthur? - escuto ele rir. — Vou acabar com a sua família e todos que vocês amam!

Ligação off

Olhei para a tela do celular sem saber o que fazer, suspirei passando a mão no rosto e olhei para ela dormindo tão serenamente, meu peito apertou ao pensar na possibilidade de alguém machucá-la. Entrei no WhatsApp e mandei mensagem para meu irmão Matheus.

"Preciso de homens fazendo a segurança da Verônica e é urgente!"

"O que aconteceu? Onde você está?"

"Amanhã te explico. Estou com ela."

Larguei o celular no bidê e deitei ao seu lado fazendo carinho em seu cabelo vendo-a se aconchegar em meu peito.

— Não vou deixar que nada aconteça com você! - dei um beijo em sua testa e a abracei tentando dormir de novo.

P.O.V Verônica

Acordei de manhã com a luz do sol batendo no meu rosto, esqueci de fechar a cortina ontem a noite, sinto um peso no meu peito logo em seguida dou um sorriso de canto abrindo os olhos e vendo Arthur dormindo em cima de mim. Seus cabelos bagunçados o deixam fofo, ele está sem camisa então é possível ver melhor as tatuagens e algumas cicatrizes, passei a mão em seu rosto tirando alguns fios e começando a fazer carinho em seus cabelos.

— Eu quero acordar assim todos os dias! - sua voz saí rouca e um pouco sonolenta ainda. — Bom dia, Nika!

— Bom dia belo adormecido! - dou um selinho nele, me sento na cama e ele faz o mesmo.

— Que horas são? - o vejo coçar os olhos e passar a mão no cabelo.

— São 11:30... - falo ao pegar o celular e ver algumas mensagens, uma delas era do meu chefe e outras do restante da equipe. — Está atrasado?

— Com certeza, mas vale a pena. - ele me beija e me puxa para seu colo, soltei o celular na cama e apoio meus braços  em seus ombros.

— Verônica, porque você não responde as minhas mensagens? - escuto a voz do Raphael e me separo do moreno o vendo na porta do quarto. — Eu vou te matar!

— Já pode começar a correr! - me levantei rapidamente, Raphael tentou pegar Arthur, mas ele foi mais rápido saindo de cima da cama e correndo para a sala, antes que Raphael saísse do quarto parei ele na porta o impedindo de continuar. — Para!

— O que ele está fazendo aqui? - ele me olha bufando de raiva.

— Eu chamei ele para dormir aqui... algum problema? - ergo uma sombrancelha cruzando os braços.

— Todos! Você nem conhece ele! - seu olhar é de indignação.

— Raphael, não começa! - vejo Arthur subindo as escadas de novo. — Não sou criança, eu sei me defender!

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