XII.

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P.O.V Arthur

Minha cabeça está latejando, sinto como se tivesse dormido por dias de tão pesado que meu corpo está, abri meus olhos devagar acostumando-me com a luz, olhei ao redor percebendo que estou no sofá do escritório do papai.

- Finalmente acordou. - Matheus que está perto da sacada fala aproximando-se. - Como se sente?

- Como se um caminhão tivesse me atropelado! - me sento passando a mão no rosto e logo as imagens do que havia acontecido antes voltam a minha mente junto à antigas lembranças.

- Você lembrou? - vejo Samuel se aproximar.

- Sim e sinceramente... não queria ter lembrado. - suspiro abaixando a cabeça. - Mas agora lembro de tudo, não posso fugir, então preciso assumir o que eu sou.

- Já pensou em como contar à Verônica?

Faço sinal de negação com a cabeça. Como contar à alguém que você é um assassino desde os doze anos, membro de uma das maiores máfias da Itália e que não lembrava de nada por causa de um acidente a dois anos? Ela não vai acreditar em uma palavra que eu disser, afinal nos conhecemos faz um mês e meio.

- Ela vai me matar... - suspiro me jogando no sofá novamente.

- Talvez não, se fizer um acordo com ela. - Samuel sugere enquanto serve um copo de whisky.

- E que acordo seria? Eu sei a sua identidade e você sabe a mim ficamos quietos e ninguém morre? - debocho pegando o copo que ele me alcança.

- Exatamente! - revirei os olhos bebendo o líquido todo de uma vez.

- Eu vou pensar no que fazer, só preciso ficar um tempo sozinho. - me levanto largando o copo na mesa. - Eu ligo se precisar de ajuda.

Saí do escritório, desci as escadas passando pela sala, pego meu capacete e saio da casa. Subi na moto, coloquei o capacete e girei a chave, acelerei saindo do pátio indo em direção ao meu apartamento.

P.O.V Verônica

Nos reunimos na sala escondida no porão, todos um pouco apreensivos sobre o que Vicente, Felipe e Raphael iriam contar e o que faríamos a respeito.

- Esses ataques não são coincidência...- Felipe começou a falar sentando-se na frente do computadore começandoa digitar algumas coisas. - Dentro do FBI havia um agente que traiu a corporação, ele juntou-se à máfia russa... - ele mostra uma foto no computador. - Esse é Heitor Ivanov.

- É a ficha dele que eu estava lendo naquela noite

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- É a ficha dele que eu estava lendo naquela noite. - falo enquanto olho a foto.

- Ele controla a maior parte das negociações nas fronteiras, mas seu alvo atual é a máfia italiana que tem uma sede aqui em Nova York, mas o problema é que são cinco máfias italianas, cada uma com uma sede independente, assim fica difícil de saber qual delas é o alvo e o porque.

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