[6 meses depois]
P.O.V Veronica
Confiança é comparada a um copo de vidro, frágil e delicada, quando quebrada é impossível reconstruí-la e quando isso acontece a pessoa se torna desprezível ao ponto de você não conseguir ficar no mesmo ambiente ou no meu caso, a vontade incessante de dar um tiro bem no meio da testa do indivíduo. Seis meses passaram desde os acontecimentos a qual revelaram o envolvimento de Vicente com a máfia italiana, a mesma que investigavamos, junto com essa revelação também descobri que Arthur Santoro, na verdade era Arthur Pavanatti, filho mais novo do Capo Anthony Pavanatti e tudo o que aconteceu depois da aproximação com essa família foi planejado. Agora que minha equipe sabe tudo o que aconteceu, continuamos a trabalhar no FBI, mas fazemos tudo sem supervisão ou ordens, viramos uma organização independente e claro que meu chefe ficou bravo, tentou diversas vezes fazer com que voltássemos atrás em nossa decisão, porém, sem sucesso.
Apesar de tudo de ruim que aconteceu, algumas coisas boas aconteceram também, meu pai e eu nos aproximamos, minha mãe continuou a namorar com Anthony mesmo depois de todas as descobertas ela decidiu confiar nele, não posso dizer a ela o que fazer, mas espero que ele cuide dela, meu irmão Apollo se afastou da empresa para focar nos estudos de medicina, sinto tanto orgulho dele, cada vez mais ele busca conhecimento e crescer na vida.
― Acorda! - sinto meu ombro ser levemente chacoalhado, resmunguei e virei para o lado. ― Veronica, anda logo, acorda!
Bufei de raiva e me sentei na cama esfregando meus olhos. ― Me de um ótimo motivo para que eu não quebre o teu nariz por me acordar em plena segunda cedo, Apollo!
― Você tem que ir encontrar o papai hoje, prometeu me levar ao hospital e está escalada para fazer a segurança de lá, hoje!
Suspirei. ― Tinha esquecido disso... Okay, vou me vestir e já desço.
Ele me dá um beijo na testa e sai do quarto. Levantei da cama indo para o banheiro, fiz minhas higienes, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto, fiz uma make bem básica nos olhos e passei um batom vermelho. Sai do banheiro e entrei no closet, coloquei uma calça preta, meu inseparável coturno, uma camiseta mais apertada, minha jaqueta e por fim prendi o cinto com minha pistola, munições e mais alguns itens menos letais na cintura. Peguei minha mochila e desci até a sala, Apollo levantou do sofá e pegou sua mochila me acompanhando até o carro.
[...]
Dirigi calmamente até o hospital, ao chegar estacionei o carro e saímos do mesmo. Entramos pela emergência onde nosso pai já estava rodeado de pessoas e tentava acalmá-los.
― Vai se trocar, vai ter bastante trabalho hoje! - Comentei com Apollo e fui em direção a multidão. ― Senhores, por favor mantenham a calma.
Falei ao me aproximar, chamando a atenção deles. ― O que está acontecendo? - puxo meu pai para longe das pessoas.
― Um acidente grande, parece que cinco carros bateram com um caminhão e havia também um motoqueiro... essas pessoas são familiares das vítimas, eles querem notícias dos pacientes, mas até agora ninguém falou nada. - passei a mão no rosto suspirando.
― Deixa que eu resolvo, só me trás uma água por favor! - ele concorda e sai, volto para perto das pessoas. ― Eu sei que estão todos preocupados com seus familiares, mas eu peço que tenham paciência, eles estão no melhor hospital da cidade serão muito bem atendidos, mas para isso acontecer preciso que não criem tumulto, logo os médicos viram lhes dar notícias, eu garanto! - aos poucos eles foram se sentando nos bancos, ficando apenas uma senhora acompanhada de um homem de meia idade.