Capítulo 6

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Peat abriu os olhos lentamente, a luz suave da manhã filtrava-se pelas cortinas, criando um ambiente quase etéreo em seu quarto. Ao seu lado, o rapaz mais novo dormia tranquilamente, seus traços marcantes e a respiração serena faziam Peat acreditar que estava vivendo um sonho. A noite passada tinha sido simplesmente perfeita.

Com um leve movimento, ele pegou o celular que estava na mesa de cabeceira. A tela iluminou-se com várias notificações de mensagens de Khaotung e Thor, cheios preocupação. Peat sorriu ao ler as mensagens, lembrando que havia prometido manter contato e avisar se algo acontecesse e depois simplesmente sumiu o resto da noite. Decidido a acalmá-los, digitou rapidamente: "Bom dia, meninos! Tô em casa deitado ao lado de um gato. Tô vivo!"

Assim que enviou, Peat se levantou, tomando cuidado para não acordar o belo rapaz ao seu lado e se dirigiu à cozinha. O aroma do café fresco logo tomou conta do ambiente. Enquanto preparava a bebida, seu celular não parava de vibrar com as respostas ansiosas dos amigos, curiosos sobre a noite que ele havia tido. Entre as mensagens, as perguntas eram quase palpáveis: "O que aconteceu? Você sumiu!", "Quem é esse gato?".

Peat estava prestes a responder quando, do canto da sala, uma voz sonolenta chamou sua atenção. O rapaz mais novo, agora acordado, esfregou os olhos e se espreguiçou como um felino. Peat ficou paralisado por um momento, a beleza do jovem era ainda mais impressionante ao amanhecer. Seus cabelos bagunçados e a expressão sonolenta formavam uma visão que parecia saída de um conto de fadas.

-Bom dia P',o cheirinho de café me acordou. Posso tomar um pouco?- disse o moreno com um sorriso tímido, e o coração de Peat disparou. Era difícil acreditar que alguém pudesse parecer tão perfeito ao acordar.

-Bom dia Fort! Você dormiu bem?- perguntou, enquanto voltava para a mesa com duas xícaras de café. O rapaz assentiu, e eles compartilharam um olhar que prometia mais do que apenas uma manhã tranquila.

-P' hoje é domingo, você tem algum compromisso?- Fort perguntou enquanto tomava um gole da bebida quente.

-Bem... Não! Provavelmente vou ficar em casa lendo. Por que a pergunta?

-Gostei de você,quero te conhecer mais! Então eu estava pensando em talvez passarmos um tempo juntos. Sabe P', ninguém nunca foi tão compatível comigo na cama como você foi. Não quero que fiquemos só em uma vez.

Peat sorriu,não podia negar. Ele e Fort eram completamente compatíveis. Pensou que seria burro se não aproveitasse q oportunidade de ter um sexo gostoso sempre que pudesse.

-Está dizendo que quer um parceiro de sexo,garoto?- perguntou sorrindo ladino.

-Se o P' não achar essa ideia muito absurda,sim... Eu gostaria muito de ter você como parceiro de sexo.

                         [...]

O sol da tarde se esvaía lentamente no horizonte, tingindo o céu com tons de laranja e rosa na grande Bangkok. Para Peat e Fort, aquele domingo foi um refúgio. Entre risadas e abraços, a tarde passou como um sopro. Eles se perderam em filmes, em carícias e nos prazeres da intimidade que proporcionaram um ao outro. Não havia preocupações ali, apenas um sentimento bom de estarem juntos.

Em contrapartida, Khaotung se encontrava em um labirinto de lembranças perturbadoras. Trancado em casa, a solidão o envolvia como uma névoa densa. As paredes de seu quarto eram as testemunhas silenciosas de seus medos. O medo de estar sendo vigiado o mantinha preso, e cada sombra que se movia fora de sua janela alimentava sua paranoia. Para Thanawat ,o final de semana se arrastou, e ele se viu incapaz de buscar conforto na companhia de amigos.

Thor, por outro lado, enfrentava uma tempestade emocional. A tristeza o envolvia como um manto pesado. Passou o final de semana ignorando as mensagens e ligações insistentes de Fluke, ele se sentia perdido em meio ao caos de sua própria vida. O amor que deveria ser leve e libertador se tornava uma prisão. Ele não compreendia como poderia estar namorando alguém que o mantinha em segredo, sem ter a liberdade de ser visto e reconhecido pelos amigos.

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