Capítulo 14

61 12 1
                                    

Kanaphan,com sua nova obsessão em conquistar o coração de Khaotung,deixou os negócios um pouco de lado, parecia estar perdendo o tato,não estava se preocupando tanto, não mantinha o foco.Oela primeira vez na vida,sentia que não havia mais graça nessa coisa de crime, nas torturas,assassinatos...nas brigas de gangues. Seu foco era único e exclusivamente voltado para o rapaz de ranzinza com olhinhos de gato.

Porém,após um puxão de orelha de Papang sobre o quão desleixado estava sendo,tratou logo de voltar sua atenção,que há semanas estava totalmente voltada a alguém que sequer o queria,aos negócios novamente,afinal ainda tinha um nome a zelar e não poderia abrir brecha para White se sobressair, já que o rival era como uma cobra peçonhenta entocada,esperando atentamente e pacientemente Kanaphan dar o menor deslize possível,para assim, finalmente dar o bote.

Haviam muitos negócios a serem feitos,muitos lugares nos quais Kanaphan deveria se fazer presente,então assim o fez. Começando com as negociações importantes para repor as "mercadorias" nas ruas.

[...]

A noite estava envolta num manto de tensão, mas para First, aquilo era apenas mais um dia normal de trabalho. Ele e Fluke, se dirigiram a um armazém discreto nos arredores da cidade, onde as sombras dançavam sob luzes fracas de lâmpadas amareladas. A atmosfera estava carregada de expectativa, mas, como sempre, a confiança entre eles e os fornecedores de longa data era palpável.

As negociações começaram de forma tranquila, como um espetáculo bem ensaiado. Os fornecedores, acostumados a lidar com First e Fluke, apresentaram suas mercadorias,novos carregamentos de armas e drogas,com sorrisos e gestos confiantes. Não havia espaço para erros; a experiência de anos no negócio tornava tudo mais fácil. Primeiro, discutiram as quantidades e os preços, e logo os acordos foram feitos, selando o acordo com um aperto de mão firme. Sem grandes emoções, o trabalho daquela noite estava feito.

Com a parte mais tensa da noite atrás deles, First resolveu deixar a distribuição sob a supervisão de Earth, seu assistente mais próximo e um dos poucos homens que Kanaphan realmente confiava.

Pirapat, possuía uma grande habilidade em gerenciar equipes e organizar operações de distribuição e vendas das mercadorias, era a escolha perfeita para guiar os empregados na logística desse novo carregamento. First confiava plenamente em seu julgamento e na índole do homem mais velho que esteve em seu lado desde que havia assumido essa parte dos negócios da família.

Após as negociações, First e Fluke decidiram relaxar um pouco e foram a um bar próximo, um lugar onde poderiam se perder em meio a conversas e risadas. Pediram dois copos de whisky, e enquanto o líquido âmbar escorria para os copos, Fluke não conseguia conter um sorriso bobo. Era um sorriso que falava mais do que palavras poderiam expressar, um reflexo de um coração que, em meio às sombras do mundo em que viviam, encontrava uma luz inesperada.

–Você está me irritando com essa cara de bobão apaixonado! – First provocou, levantando uma sobrancelha. Fluke apenas riu, um riso que misturava felicidade e um pouco de orgulho.

–Tô te irritando porque meu amigo? Eu sou um homem apaixonado e esse amor que sinto é recíproco! Você deveria experimentar. — Pusit bebericou mais um gole de sua bebida.– Acho que você tá com inveja por que seu amor é unilateral,e você fica aí se humilhando por um pouquinho de atenção.

– Com quem você aprendeu a ser tão filho da puta e arrombado desse jeito?– First bufou sabendo que seu amigo na verdade não estava errado.– Eu vou conquistar o coração dele, escreve aí! Esse final de semana vou finalmente ter ele só pra mim.

-Como assim? Ele finalmente foi vencido pelo cansaço?– o mais velho debochou.

–Ainda não,mas vai. Tem o evento esse fim de semana,uma festa luxuosa, bebidas e comidas chiques de graça! Quem recusaria um convite desse?– First contou sua idéia,orgulhoso de si mesmo.

Filhos da máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora