Nos becos sujos e escuros,onde as sombras dançavam nas luzes fracas,First tentava desesperadamente retomar o controle de sua vida como mafioso e principal fornecedor de drogas para alimentar os vícios de pessoas que já haviam se perdido se si mesmas.
Ele sabia que cada movimento precisava ser calculado, especialmente agora que Khaotung havia se tornado uma presença constante em sua mente e coração e White estava sedento e pronto para derrubá-lo.
Kanaphan estava determinado a manter a distância de seu amado, mas a atração e a saudade eram inegáveis, infelizmente nada poderia ser feito e a coisa certa em sua mente era se manter distante para própria segurança do rapaz.
First estava mergulhado em um turbilhão de emoções. A tristeza o envolvia como uma névoa densa, obscurecendo seus pensamentos e tornando cada momento sem a simples presença de Khaotung,uma tortura. O desejo de estar ao lado do menor, de lutar por seu coração, era constante, mas a perigosa realidade o forçava a se afastar.
A angústia de não poder expressar seus sentimentos se transformava em um peso esmagador em seu peito. Ele se lembrava das provocações que direcionava ao mais novo,dos olhares que diziam mais do que palavras,de quão bom era estar na presença de Thanawat e isso apenas intensificava seu sofrimento.
Cada dia longe do amado era uma batalha interna, onde a dor da distância se misturava à convicção de que essa era a única maneira de garantir a segurança de Khao.
First sabia que se permanecesse tentando conquistar Khaotung,os perigos que poderiam vir a cerca-lo se tornariam reais e presentes. Ele se sentia como um guardião impotente, preso entre o amor que nutria e a necessidade não por o rapaz em perigo.Essa dualidade de sentimentos o deixava dividido: a tristeza por não poder estar juntos e a esperança de que, ao se manter afastado, poderia salvá-lo de qualquer mal que pudesse surgir.
Kanaphan lutava contra seus próprios demônios, acreditando que, ao sacrificar a felicidade de estar ao lado do amado, estaria fazendo a coisa certa. Mas em cada momento,a ausência de Khaotung se tornava uma ferida aberta, lembrando-o do que mais desejava e do que, por amor, estava disposto a abrir mão do coração que sequer teve a chance de conquistar.
Enquanto isso, Papang observava seu irmão com preocupação crescente. As mudanças em First não passavam despercebidas, e ele finalmente se deu conta de que algo realmente estava errado. Não era apenas a presença de Khaotung; era a forma como First se perdia em pensamentos, como se estivesse lutando contra um inimigo invisível. Papang sabia que precisava agir antes que fosse tarde demais pra algo ser feito,precisava proteger seu império intocável.
O chefe da família então convocou Ohm,que no momento era o único em que acreditava poder confiar,para uma conversa.
O ambiente estava carregado de tensão quando ele compartilhou seu plano e deu sua ordem.
–Ohm, preciso que você vá ao tal Book Café. Quero que você conheça o rapaz que tem mexido com a cabeça do seu irmão,acho que o nome é Khaotung. Vá e vigie cada movimento dele.– disse Papang, a voz firme, mas com um toque de preocupação. –Esse garoto fez uma zona com a cabeça do First, e precisamos entender quem ele realmente é. Se conseguirmos controlar Khaotung, poderemos controlar o First.
O irmão mais novo,sempre leal e pronto para agir, assentiu. Ele sabia que a tarefa não seria fácil,mas sabia também que,se Papang estava pensando em interferir,a coisa realmente era séria, então jamais descartaria uma ordem do chefe da família.
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Ohm pilotou sua grande moto esportiva até o Book Café com o único objetivo de observar Khaotung a mando de Papang,seria fácil se aproximar pois muito provavelmente o mais velho o reconheceria pelo contato breve que tiveram há um tempo atrás.
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Filhos da máfia
FanfictionQuatro irmãos com suas vidas destruídas pelo destino, finalmente conhecem o amor.