Fim

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Jungkook sentia seu corpo querer perder qualquer consciência que ainda lhe restava, ele sentia que podia apagar a qualquer segundo, mas algumas vozes foi ouvida por ele, mesmo que estivesse tão mal, e com seus ouvidos tampados, ele pode reconhecer. Aos poucos foi sentindo o alívio em seu corpo, e sabia que os caras estavam se afastando de si, e viu quando um rosto familiar apareceu próximo a seu rosto.

— Você tá bem, rosinha? — Chul-soo falou tirando os cabelos do rosto do Jeon. — Vamos, levantar.

— Meu corpo dói.

— Claro que dói, acabou de levar uma surra, vou te levar em casa, onde você mora?

— A três quadras daqui.

— Consegue ficar de pé?

— A-acho que sim... — Se forçou a ficar em pé e teve ajuda do outro.

— O que rolou?

— Vim comprar mais e não percebi que não era você.

— Você tá bêbado, né?

— Um pouco.

— Isso explica você ter me confundido com o Baek. — Riu nasalado. — Mas tudo bem, cheguei a tempo, o que queria?

— Maconha, ecstasy e cocaína.

— Beleza, te deixo em casa e o brinde.

— Quanto fica?

— Já disse, para coração partido é de graça. — Deu dois tapinhas no peito do outro.

— Ai porra, isso dói.

— Eu sei, rosinha, chegamos na sua rua, qual sua casa?

— A branca do lado direito.

Chul-soo acompanhou o moreno até sua casa, e assim que se certificou de que ele iria conseguir ficar sozinho, foi embora, mas antes deixou o pacote com os pedidos do Jeon em cima da mesa de centro. Já sozinho, o Jeon cheirou algumas carreiras de pó e voltou ao dilema: escreve mensagem e apaga.

Yoongi nunca irá ler aquelas mensagens, principalmente as que foram enviadas para o Kim ao invés do Min.

— Eu vou até ele e terminar cara a cara! — Falou ao se levantar.

Jungkook largou o celular ali de qualquer jeito, guardou as drogas, pegou as chaves do carro, sua carteira e seguiu para o carro, em um pequeno ato de coragem e extrema irresponsabilidade, o rosado dirigiu rumo a Seul vendo a neve cair e quase se arrependeu do que tava fazendo.

Mas pelo contrário, ele seguiu seu plano e ao chegar na casa do Min, chamou por ele diversas vezes, tocou a campainha, seu corpo começou a enfraquecer novamente devido à surra que levou uma hora atrás e pelo frio, então o rapaz apenas se encolheu ali na porta do Min, na esperança dele ter um pouco de piedade de si e o colocar para dentro.

Afinal, ele não estava pedindo para se olharem, se falarem naquele momento, só queria entrar, já que seu plano de terminar cara a cara sumiu de sua mente e ele só pensava em abraçar e beijar o Min. E Jungkook passou mais uma noite largado para fora da casa, em um frio quase em 0° e o rosado só tinha um corta-vento para lhe amparar do frio.

E mais uma vez o rapaz dormiu na porta da casa do namorado, sendo completamente ignorado, como se não fosse alguém importante, ou pior, como se não fosse um ser humano, o sol já nascia perturbando o pouco sono que o rosado dormia, Jungkook pode ouvir quando a porta foi aberta, o rapaz não fazia noção da hora, mas sabia que não era mais noite.

— Vai ficar fazendo isso até quando? Já disse que não era para vir aqui!

A voz do Min foi entrou nos tímpanos do rosado, quase lhe aquecendo por dentro, se não fosse pela frieza do tom de sua voz, Jungkook sentiu aos poucos o corpo sendo aquecido, mas não o suficiente, ele tremia devido o frio, não tinha forças para segurar seu próprio peso, ao sentir o estofado quente do sofá ouviu os passos do moreno se afastar e aporta ser fechada.

Do outro lado da ilhaOnde histórias criam vida. Descubra agora