Um fim e um Começo.

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CAPÍTULO 1.

"NÃO ME COLOQUE EM UMA POSIÇÃO ONDE EU TENHO QUE TE MOSTRAR O QUÃO FRIO MEU CORAÇÃO PODE FICAR."

Eu me ajoelho, juntando os cacos de vidro quebrados da cozinha, lagrimas se acumulam ao redor dos meus olhos

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Eu me ajoelho, juntando os cacos de vidro quebrados da cozinha, lagrimas se acumulam ao redor dos meus olhos.

Ódio, não raiva, mas sim ódio, transborda sobre mim. Eu xingo Diego enquanto tento controlar minha respiração. Tivemos, mais uma vez, uma briga que resultou em pratos quebrados pela cozinha e uma aliança jogada em meio a eles. Ele e eu estávamos noivos.
Com a mão cheia da porcelana branca na mão, eu me levanto e vou jogar ao lixo. Decido pegar a vassoura e juntar os cacos antes que eu rasgue um dedo meu. Sinto as lagrimas rolarem pelo meu rosto e caírem no chão, a aliança dele é varrida junto aos cacos.

Meu peito se aperta quando fico relembrando o motivo da discursão.
Como eu pude ser tão boba?
Durante alguns meses, Diego me questionava sobre minhas chegadas tarde em casa do trabalho e sobre minha falta de foco no nosso relacionamento.

E eu sempre respondia que era por conta da quantidade de trabalho, e é verdade! Como empresária, eu com certeza tenho que trabalhar mais que a maioria das pessoas para chegar aonde eu quero, e ele sabia disso! Admito que meu foco realmente ficou mais nos serviços, eu ficava estressada facilmente e o via apenas pela noite, nós discutíamos e íamos dormir no final no final de tudo. Acontece que, há um mês, ele parou de questionar e brigar, parecia mais calmo.

Mas, hoje, hoje eu descobri por que seus questionamentos mudaram, descobri que ele estava saindo com outra garota e, a justificativa, foi porque eu não o estava agradando o suficiente.

Fecho a cara e pego a aliança em meio aos cacos quando os junto a pá. Jogo todos no lixo e tiro minha aliança também. Quem as comprou foi Diego, eu poderia jogá-las fora, mas não sou boba, vão ficar guardadas até que eu ache alguém disposto para comprar ou fazer algum tipo de troca. Enquanto isso, elas vão ficar em cima do armário da cozinha, para que eu não possa vê-las.

Suspiro tremulo quando olho para a televisão ligada que ele estava assistindo antes da nossa briga, um casal se beija no filme. Eu resmungo e desligo o aparelho.

-Vão para o inferno- sussurro, para o casal e Diego que não está aqui.

Por um momento, me sinto sozinha na casa grande e silenciosa. São oito da noite, eu estou com uma camisola e sinto a necessidade extrema de algo rasgando minha garganta.

Nesse momento, sorrio por ter uma casa onde tenho uma biblioteca e nela, uma tequila horrível, que eu tomo apenas quando sinto a necessidade de afogar minhas magoas que consegui lendo um livro de Dark romance.

Sorrio, pensando no livro enquanto ando pelo corredor e abro a porta da biblioteca.

Acendo as luzes do lustre de cristal no meio do teto, o lugar se ilumina, meu lugar favorito. Há três paredes com estantes repletas de livros, não tem como ver as paredes do outro lado. Em um lado da parede que não há estantes, tem uma lareira no meio e duas janelas ao lado dela, as janelas estão tampadas por cortinas da cor marrom.

Obsessão às cegas Onde histórias criam vida. Descubra agora