Evil.

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WILLIAN.

Meu anjo estava dormindo quando, na madrugada, fui ver mais sobre o puto do ex dela. Os desaparecidos já era motivo para que eu estivesse colado nele, mas, agora, a imagem da mulher coberta por cera passa na minha cabeça inúmeras vezes enquanto tomo um gole do café quente dentro do carro.

Meu carro está escondido em um beco, mas que me dá uma vista perfeita da companhia de Diego. O prédio grande tem paredes de vidro na recepção, posso ver tudo o que acontece lá, mas, as luzes acesas são as do terceiro andar, que vibram com tal luminosidade pelos fechos da janela.

-Mas, e aí, você pretende voltar ?- Pedro, um ex companheiro meu no exército, fala pelo telefone.

Meu carro está equipado com um suporte para computador ao meu lado e, obviamente , o computador. Uma bolsa com coisas que me podem ser úteis esta jogada no banco ao lado.

Também estou com uma garrafa térmica cheia de café em outro suporte. O copo está em minha mão e o celular em um suporte perto do painel.

-Não sei se posso.

-Qual é, Willian, você era um dos melhores lá! Pensa bem, já recebeu outra demanda!

Suspiro fechando os olhos, mas os abro rapidamente, não posso me dar ao luxo.

-Vou pensar Pedro, agora, vá dormir.

-Espero que realmente faça isso, até mais!

-Até!

Eu desligo a ligação. Esses últimos dias, recebi um novo pedido de solicitação para que minha entrada no exército fosse liberada, eles me queriam lá. Mas eu tenho minha mulher em casa agora e um assunto para cuidar, tenho um psicopata filho da puta para acabar com a vida.

Entro no aplicativo de micro câmeras instalado no meu celular. O aplicativo me permite ver imagens de onde as câmaras estão instaladas e, consigo ver Louise dormindo profundamente por uma delas. Ela esta jogada na cama, dormindo cansada e, provavelmente, muito irritada. Não apareço lá faz uma semana, posso dizer que é por eu realmente estar ocupado, mas também posso dizer que foi de propósito.

Porque é maravilhoso ver o rosto dela assustado quando eu apareço, a mulher me deixa ainda mais doido porque, mesmo com medo, quis gozar nos meus dedos porque estava necessitada. Eu achei aquilo tão... caralho, fascinante! Depois daquele dia, tive que tomar um banho longo... e frio.

Ela deve estar aliviada por eu não ter aparecido lá a uns dias, mas essa é a graça, aparecer quando menos esperar.

Fico atento quando as luzes se apagam e, um minuto depois, ele sai pelas portas do fundo, indo direto para seu carro. Eu saio do aplicativo das câmeras e vou para o do GPS, acompanhando por lá até onde o carro vai quando Diego da a partida, saindo do meu ponto de vista. Pela rota que anda, acredito que é até em sua própria casa.

Antes de sair do carro, cuido do computador. As portas lá são todas automatizadas com tecnologias, são abertas apenas com um cartão, tecnologia péssima de segurança quando se trata de alguns minutos aqui no teclado para que eu as faça abrir.

Espero a barra de carregamento fazer seu trabalho e, logo depois, me confirmar que as portas foram abertas.

Fecho meu computador, o tiro do suporte e abro a porta do carro, jogando o copo de café no lixo ao lado.

Atravesso a rua de modo calmo enquanto coloco a chave do carro no bolso do moletom, o vento frio e forte uiva e sopra meu rosto na rua deserta.

Eu chego a porta e a abro, sorrindo quando a maçaneta se movimenta.

Um baque é feito em eco quando fecho a porta e ligo a lanterna, que trouxe comigo no bolso da calça e ilumina o caminho. Acabo abrindo outra porta e me deparo com a recepção. É grande, com uma bancada de madeira decorada bem extensa, algumas flores em cima e o sobrenome em relevo de Diego na parede. A porta é giratória e de vidro há alguns longos passos de mim, mas, ao meu lado, há a escada e um elevador. O gerador da empresa está ligado, sei disso porque  Diego teve suas luzes  acesas a pouco tempo e o gerador com certeza não fica onde estava.

Eu aperto o botão para chamar o elevador e espero quando uma luzinha ascende, a placa digital acima mostra os andares que ele desce. Quando abre as portas, eu entro apertando o botão do terceiro andar.

Não demora muito até que as portas se abrem e eu cai diretamente em uma sala. Entro e acho o interruptor por meio da luz da lanterna, mas não acendo nada, alguém poderia ver do lado de fora, mas eu muito menos preciso dela. Ando a passo rápidos até a mesa de centro e deixo meu notebook lá, meu foco agora vai para a tela grande do computador no centro da mesa.

Pego um cabo que trouxe comigo pelo bolso grande do moletom e o conecto do meu computador no grande computador da empresa.  Abro a tela do meu no mesmo momento em que uma senha é pedida no outro computador, e é então que começo meu trabalho de hacker por meio do meu notebook. Em pouco tempo, a tela é liberada e eu tenho acesso a tudo. Começo dando uma olhada na área de mensagens, não acho nada se não apenas clientes com seus pedidos. Depois, vejo documentos e arquivos salvos.

Eu não estava com presa, posso demorar o tempo necessário se isso for acabar com ele. Meus olhos correm por tudo e eu fico lá por longos minutos até uma pasta sem nome me chamar atenção. Eu clico nela e a espero carregar.

Quando vejo o que vejo, meu sangue ferve, borbulha a ponto de quebrar tudo aqui. Eu vou acabar com aquele desgraçado.

Fotos da minha mulher na própria casa estão salvas naquele arquivo. Há fotos de Louise pela manhã ao acordar, indo trabalhar, pela noite.... meu coração bate rápido pela raiva e eu apago aquele arquivo, não me importo se achar estranho ou não, ele nunca teve o direito. Só eu posso vigiá-la, assusta-la e a pegar para mim.

Qualquer que seja a merda que Diego faz, não fica aqui nesse computador. Percebendo sua rotina, parece que se encontra com os caras do tráfico sempre as segundas a noite. Eu acabo dando mais uma olhada no GPS e vejo que realmente foi para casa, no próximo destino, eu o seguirei. Meu assunto agora é com todos os funcionários da empresa. Entro no aplicativo do lugar e vou na aba funcionários, lendo a ficha de cada um e passando para meu computador o que for necessário. Sei que são quatro homens, então foco nesse gênero.

Porque Diego tinha fotos de Louise ? Aquilo foi antes de eu pegá-la para mim e as fotos parecem ter sido tiradas de longe... eu vou matar Diego e, as imagens da minha mulher passam na minha mente, vê-la tão calma me faz pensar em como está indo sozinha na casa.

Meu sorriso de lado vai se desmanchando quando meu pensamento passa de Louise para um dos homens em que achei, vejo seus dados. Quarenta anos, nasceu aqui, é casado e tem três filhos.

Porra, todo dia penso em como alguém com três filhos tem coragem de fazer o que o tal do Carlos faz. Enfim, não só isso, mas tem um registro perfeito de tudo aqui, número de telefone, CPF, CEP, endereço.... é e só disso que eu preciso. Pego o pen-drive no bolso da calça e coloco na liga do computador, começando a salvar tudo.

O próximo indivíduo é Gustavo, também casado e com uma filha recém nascida.... porra, quando eu e Louise tivermos nossos filhos, eu vou dar meu máximo para proteger minha família, e não para colocá-los na merda igual esses daí fazem.

Passo mais quinze minutos salvando os dedos de Gustavo e os outros dois homens, sendo Bernardo e Frank . Trato de guardar, tudo, deixar tudo arrumado e como estava antes e, dessa vez, faço com pressa porque quero mais um pouco de café e quero mais ainda dormir. Eu pego o pen-drive, meu computador, lanterna e o cabo, me levanto da cadeira, colocando os pertences onde estavam e vou para o elevador.

Ele não demora muito, eu entro e espero que desça os andares ,  para logo depois, as portas se abrirem e eu fazer o mesmo caminho para ir, só que agora voltando.

Um suspiro deixa minha boca quando entro no carro quente e penso que, quanto a Louise, decido que está na hora lhe dar um susto novamente.

A última vez, gozou nos meus dedos porque estava assustada. Minha mulher sente prazer no medo, eu penso o quão excitada vai ficar ao me ver e correr para que eu a amarre em um suporte alto, para que fique pendurada e eu possa fazer o que eu quiser.


Obsessão às cegas Onde histórias criam vida. Descubra agora