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Ouçam a música! Vão adorar!
P.O.V'S S/N BAJI
Sentada ao lado de Emma, observei a reunião atentadamente, e pelo que entendi, Valhalla está aprontando e confrontou a Toman, ambos irão lutar em breve, e isso me dá uma má sensação. Suspiro olhando um novo tumulto logo no começo das filas bem organizadas, minhas sobrancelhas se curvaram formando um triângulo em minha testa.
- Não os convoquei para essa reunião só para falar da Valhalla. - Manjiro gritou e a atenção de todos foi para o mesmo. - Uma nova divisão será adicionada, será uma divisão somente com mulheres.
No fundo eu já sabia que isso iria acontecer, só não esperava que fosse tão de repente. Draken me olhou por alguns segundos, parecendo me contar tudo o que estava prestes a acontecer, abro um pequeno sorriso reconfortante e o mesmo acena voltando a atenção para Mikey.
- Akira, faça o favor. - o tatuado gritou, e em meio a todos aqueles homens, a mesma saiu acompanhada de outra mulher que não reconheço. - Se apresente!
- Sou Akira Raishida! Capitã da sexta divisão da Tokyo Manji! - A mesma gritou em plenos pulmões e todos se surpreenderam. Encarei aquilo com desdém, sentindo meu estômago se revirar em desgosto, já basta Kisaki ter entrado, aí vem essa cabrita desmamada pra piorar, sinceramente, não sei o que esta se passando pela cabeça desse arquiteto de formigueiro.
Não consegui ficar ali pra ouvir toda aquela baboseira, eles sabem o quanto eu odeio essa garota, mas mesmo assim a trouxeram para cá, sabem do que ela é capaz, sabem muito bem, vou apenas observar eles se lascarem. Beijo a bochecha de Emma e me despeço, a mesma apenas assentiu me olhando apreensiva.
- Quer que eu vá com você? - Perguntou baixo, segurando minha coxa delicadamente.
- Se preocupa não, vou ficar bem. - A mesma me abraçou com vontade se despedindo.
Saio dali indo em direção a minha moto e então subo na mesma, coloco meu capacete e então ligo, acelero sem sair do lugar sentindo um pouco de raiva pelo que vem acontecendo. Dou partida e saio cantando pneu.
Adrenalina me consome, e então acelero até o talo sentindo o vento frio bater contra meu corpo, todos os fios de cabelo presentes em meu corpo se arrepiam, sinto meu coração bater disparado, a alegria me consome, e quando reparo estou andando sem rumo pelas ruas escuras de Tokyo. Faço um drift ao cruzar uma esquina e desacelero ao ver outros motoqueiros se aproximarem.
Nem fudendo, é a Valhalla. Acelero sem dó e então passo por ambos que tentam me derrubar, em vão.
Passo por várias esquinas e ambos continuam atrás de mim, não desisto e sigo para o templo Mushashi novamente, por favor, vejam quando passarmos.
Demorou, mas consegui passar por lá, apertei quatro vezes na buzina atraindo a atenção dos membros que ainda estavam ali, e pra minha sorte me reconheceram. Cruzei mais uma esquina e senti um impacto em minhas costas, fiquei desnorteada e perdi o controle da moto.
Pulei da moto um segundo antes da mesma se chocar contra a parede e se despedaçar, rolei sobre o chão frio e úmido e bati minhas costas em um poste, cuspi um pouco de sangue sentindo minha visão embaçar. Não tive tempo pra choramingar, me levantei o mais rápido que pude e vi um dos membros correr até mim, fui recebida com um soco, que por pouco consegui desviar, o homem acertou o postee cheio e gritou de dor.
O empurrei com toda a força que me restava e então chutei o meio de suas pernas, ele se ajoelhou levando a mão até o local, em seguida chutei seu pescoço, o mesmo caiu com falta de ar e pude respirar um pouco, porém, fui atingida novamente e cai sobre o chão, sentindo todo o ar se esvaziar de meus pulmões.
Puxei o ar o máximo que pude, mas não veio, me contorço sobre o chão agoniada. Sinto dedos se entrelaçarem em meus fios de cabelo e então puxados, ergo minha cabeça com o puxão e olho para o homem em minha frente.
- Nosso chefe quer te ver.. - Sua voz animada ecoou por meus tímpanos, não consegui raciocinar direito. - Acho bom não tentar nada.
Estava quase perdendo a consciência, até que o homem é golpeado, não consigo ver direito quem foi que fez tal ação maravilhosa.
- S/n! - Keisuke gritou me agarrando. - Calma! Vou te levar pro hospital, não morre!
O mesmo me pegou no colo estilo noiva e começou a correr.
- Vou é ficar surda com você gritando no meu ouvido! Cabelo pantene do diabo! - Ele me jogou no chão, com toda a força que tinha. - Fi duma rapariga!
- Foi sem querer, escapuliu!
- Me aguarde seu peste!
°°°
Acordo sentindo meu corpo dolorido, mas a dor é suportável. Minhas pálpebras pesam como o caralho, mas me obrigo a abrir os olhos, o teto branco da sala de hospital invade meu campo de visão, resmungo em desconforto, odeio hospitais, não tem um motivo específico, só não gosto.
Me sento sobre a maca dura e resmungo de dor nas costas, então me lembro de ter sido jogada contra um poste e chão, Keisuke, vou chutar suas bolas, me aguarde. Me levanto com calma, ficando de pé na força do ódio.
Ouço a porta abrir e então olho em direção a mesma, dando de cara com Mikey, o mesmo me olha rapidamente e corre até mim, me abraçando como se eu fosse fugir a qualquer vacilo. Ainda estou com raiva dele, mas não consegui me segurar, retribui ao abraço na mesma intensidade, sentindo meu estômago se revirar em ansiedade.
Enfio meu rosto na curvatura de seu pescoço sentindo seu cheiro viciante, dou uma longa fungada quase arrancando um pedaço, o mesmo se arrepia, mas não reclama. Sinto um beijo ser distribuído sobre meu ombro e sorrio fino.
- Você quase me matou do coração... - Disse com a voz baixa, e eu ri. - Não ri sua tapada, fiquei com medo de te perder.
- Ué? A Akira tá aí pra você, nem vou fazer falta. - Acabo não segurando minha língua, foi mais forte que eu.
O mesmo agarra minha nuca e me puxa um pouco para trás, ficamos cara a cara, nossas respirações se misturam e sinto o vapor quente bater contra minha face. Seus dedos se firmam em minha cintura e me puxam mais contra si, pressionando meus peitos contra seu peitoral definido.
- Não vou fazer isso com a Akira.. mas com certeza farei várias e várias vezes com você. - Sua voz rouca me fez estremecer, senti minha intimidade esquentar facilmente. - Não chute minhas bolas.. por favor.
Não pude responder, pois o mesmo atacou meus lábios com uma intensidade matadora. Seus lábios colidem contra os meus e se forçam pra se encaixar em minha boca, acabo cedendo ao beijo e retribuindo.
Não beijava a muito tempo, então estava desajeitada, mas o loiro teve paciência e me guiou sem muita pressa. Sua língua deslizou sobre meus lábios adentrando minha boca, o gosto de menta invadiu minha boca na mesma hora.
Arranho seu peito coberto sentindo meu corpo esquentar. O ar falta nos obrigando a se afastar minimamente.
O loiro me encarou parecendo estar arrependido e então se afastou abaixando a cabeça.
- Mikey? Eu fiz algo de errado? - Meu coração errou uma batida e o nervosismo me invadiu com força.
Eu havia o beijado tão ruim assim? Ele não gostou?
- Desculpa, eu não deveria ter feito isso. Nós somos só amigos.
