Capítulo treze

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P.O.V's S/N BAJI

Assim que eu e Keisuke nos encontramos no esconderijo da Valhalla fomos recebidos por vários membros, uns criticavam minha presença, outros faziam comentários maldosos, machistas e o caralho a quatro, mas a única coisa que se passava em minha mente era um belo "foda-se" e a vida segue.

Meus dedos se encontravam entrelaçados com os de Keisuke, que segurava minha mão com firmeza, podia sentir seu receio com minha presença, mas isso não é por mim, e sim por ele, então não tenho nenhum receio em relação ao que acontecerá comigo.

— Sejam bem vindos à Valhalla! - O líder temporário gritou assim que nos avistou, e então todos gritaram. - Que comece a luta!

Chifuyu e Akira foram jogados de joelhos sobre chão frio e sujo, imediatamente olhei para Baji, esse corno entregou eles, pau no cu do caralho, vou raspar a cabeça dele quando isso acabar.

Não consegui me mover, não sei o quê fazer, eu deveria bater no Chifuyu? Logo no meu loirinho do chan, não consigo.

Baji ao perceber que eu não iria dar o primeiro passo, se movimentou indo até Chifuyu que já se encontrava de pé, e então, o socou com toda a sua força, o loiro caiu com o nariz sangrando, e o moreno sem se quer o deixar tentar revidar distribuiu diversos socos sobre o rosto do mesmo, sentou sobre seu peito e então continuou a agredi-lo.

Não se mova, não abra a boca, fique quieta, não impeça, pare de se preocupar... Você começou com isso e vai ter que acabar, e aguentar até o fim.

Minhas unhas perfuram a palma de minha mão, sinto sangue escorrer dentre meus dedos e pingar sobre o chão. Meu coração está disparado, sinto doer, mas não posso fazer nada para ajudar meu querido Chifuyu, apenas observar o meu irmão bater no meu melhor amigo sem dó alguma.

Os membros da gang gritam em alegria, em comemoração, mas não consigo ver nenhum motivo para se comemorar essa porra toda, teste de merda. Respiro fundo e abaixo minha cabeça, não consigo continuar olhando para isso, me dói.

Kazutora para ao meu lado e repousa a mão sobre meu ombro, apenas o olho de relance.

— A próxima é você, não ouse recuar. - Disse sério e eu suspirei. - Hanma lhe punirá se não cumprir, e eu não poderei fazer nada pra te ajudar, então, acho bom não cometer nenhuma burrada.

Apenas assinto com a cabeça e então o bicolor some em meio aos homens que haviam ali. Após Keisuke deixar o loiro inconsciente, o levaram pra algum lugar, não sei a onde, e então, chegou minha vez.

O meu problema com Akira é sério, entretanto, sei que ela ir revidar a cada soco que lhe darei, então tenho que garantir usar toda minha força e ser necessitada a cada soco.

Uma pequena richa entre a gente não é motivação o suficiente pra me fazer ter ódio dela e querer matá-la, embora ela tenha ameaçado meu irmão, acabamos nos entendendo e nossos planos tem o mesmo objetivo.

Assim que ela se levanta, vou em direção a mesma, e sem mais delongas armo um soco e acerto em cheio em sua mandíbula, a mesma cai pra trás, e então ergo minha perna com rapidez e chuto a boca de seu estômago.

Levando as mãos até o local atingido, seu rosto ficou vulnerável, então uni minhas mãos e as ergui juntas, entrelaçadas uma na outra, e com toda a minha força, desço meus punhos acertando suas costas, ela caiu de cara no chão esperneando de dor. Seus gritos eram como músicas para meus ouvidos, e isso é errado pra caralho.

Vendo que a mesma não iria mais conseguir revidar, me agachei perto da mesma e lhe acertei um golpe leve em sua nuca a fazendo desmaiar. Todos ali presentes estavam calados, não se ouvia um piu.

Me levanto e olho para todos, até meu olhar parar e fitar o de Hanma, que me encarava fixamente, sem se quer piscar. Mas, logo Kazutora gritou em comemoração motivando todos ali a fazerem o mesmo.

O encaro de cima a baixo com desdém, e então vou até Keisuke que olhava para Akira desacordada sobre o chão sujo, ele gosta dela, infelizmente nisso eu não posso intervir, é uma escolha dele, eu acho. Repouso minha mão sobre seu ombro e o moreno me olha, logo suspira.

Ele está me culpando pelo que está acontecendo, eu a envolvi nisso, é compreensível.

— Se está me culpando pelo que aconteceu com ela ultimamente, não lhe tiro a razão, mas jogar toda a culpa pra cima de mim como se eu não tivesse sentimentos.. é egoísmo da sua parte, seu babaca. - Desabafo.

Me afasto do moreno e sigo para o fora daquela espelunca, não vou ficar lá naquela muvuca toda, estou estressada, e não há nada pra fazer no momento.

Caminho por um bom tempo até chegar em casa, enquanto minha cabeça roda em torno de tudo que vem acontecendo ultimamente, meus sentimentos por Manjiro Sano estão me matando, já que o loiro me vê apenas como uma amiga que de vez em quando permite uns beijos.

Eu sou tola ao acreditar que ele queria algo sério comigo, é mais fácil ele ficar com a Akira do que comigo, e meio que já aceitei isso, não quero me prender a um mar de ilusões, não quando eu ainda consigo fugir, quando consigo combater aquilo, é minha forma de sobreviver eu diria.

Adentro meu quarto e fecho a porta atrás de mim, então finalmente me permito cair de joelhos sobre o chão frio, as lágrimas rolam por minhas bochechas e caem sobre o chão, meu peito bate com força contra a caixa torácica, não ouço nada ao meu redor, apenas os gritos de Akira ecoando em minha cabeça.

As imagens de Chifuyu com o rosto desfigurado, cheio de sangue e várias escoriações não sai de minha cabeça, o olhar de julgamento do meu próprio irmão, a forma como ele me trata, é um combo, isso me derruba.

Abraço meus joelhos e me permito chorar, soluçar e choramingar sobre tudo. Murmúrios escapam de meus lábios, mas não me importo.

Fico ali por longos minutos, apenas me matando por dentro.

Continua...
Até o próximo capítulo!

𝐅𝐫𝐢𝐞𝐧𝐝'𝐬?  |𝗠𝗮𝗻𝗷𝗶𝗿𝗼 𝗦𝗮𝗻𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora