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P.O.V's S/N BAJI
Andava calmamente pra fora da escola, hoje não trouxe minha moto, pois levei pra lavar, e pelo visto Keisuke e Chifuyu se quer entraram na escola, rebanho de delinquentes.
Olho pra saída e avisto Akira, a mesma estava sozinha e me encarava como se fosse me matar a qualquer instante. Um sorriso debochado escapuliu por meus lábios e a mesma me olhou com ódio.
Me aproximo lentamente sem pressa e paro a um metro de distância.
— Precisamos conversar.. - Se pronunciou após alguns segundos em silêncio mortal. - Não adianta negar.
— Vou levar minhas coisas em casa e nós encontramos aqui em uma hora. - Falo e a mesma assente.
Sem esperar uma resposta sigo meu caminho, provavelmente ela tentara me manipular, se não conseguir partirá pra agressão ou me matará, não irá sozinha e levará alguma arma, essa vadia.
Ao chegar em casa tomo um banho e visto uma roupa confortável e adequada para o clima, que é frio no caso, até está chovendo um pouco, mas não é nada que incomode muito. Me sento na cama e olho para Cristal que dormia tranquilamente estirada sobre meu travesseiro.
Ouço alguém bater na porta e então permito a entrada mesmo sem saber quem é. Meu coração palpita ao ver Manjiro, a última vez que nos falamos foi há dois dias atrás, inclusive discutimos feio.
— Podemos conversar? - Indagou baixo e eu olhei o horário, ainda falta uns vinte minutos, mas daqui que eu chegue lá.
— Tenho que ir a um lugar primeiro, não pretendo demorar, tudo bem em esperar?
— De boa. - Sorriu e se aproximou de mim, o mesmo segurou minha mão e me puxou fazendo com que eu me erguesse. - Mas antes..
Seus lábios se chocaram contra os meus em um selar doce e brevio, ao se afastar beijou minha testa e sorriu sussurrando um "vou te esperar aqui..."
Me despeço do mesmo e saio do quarto, saio de casa e vou em direção a escola, me arrependo de não ter marcado um lugar mais perto, puta que pariu, bagulho longe do caralho. Pedi para Keisuke ir buscar minha moto, o vagabundo foi e não voltou mais.
Após alguns longos minutos chego em frente a escola, e cheguei cinco minutos antes, a vagabunda ainda não está aqui, então me sento sobre um pequeno muro que havia ali com o nome da escola. Suspiro cansada tombando a cabeça para trás.
Um tempo depois e uma figura feminina sai em meio às sombras, e lá vinha a mesma com o uniforme da Toman, ainda não aceitei o que Mikey fez, mas também não vou ficar me mordendo por isso, eles que se fodam.
— É pontual a gata. - Ironizou parando perto a mim. - Vou logo ao assunto. Eu e Manjiro estamos quase namorando, não quero que você fique perto dele, me entendeu?
— Não tem seu nome escrito na testa dele. - Dou de ombros e a mesma me olhou furiosa. - Fecha a cara que eu não sou suas amigas que abaixam a cabeça pra você, sua rapariga.
— Olha como você fala comigo, eu sou a capitã da sexta divisão da Tokyo Manji! Eu mereço respeito!
— Você merece é uma surra, a qual eu não te dei, ainda. Não vou me afastar de Manjiro, tô nem aí se vocês estão quase namorando, se ele se afastar de mim é um tanto faz infinito, vocês dois não farão falta alguma na minha vida.
— Sua vadia! - Esbravejou travando o punho, a encaro e então suspiro. Eu não acredito que ela me chamou só pra falar isso, caminhei igual a um acéfalo até aqui pra nada. - Você que sabe se vai esperar eu tomar medidas drásticas pra te afastar do Mikey!
— Soca ele no cu e sai voando! Tu me fez andar igual a uma condenada só pra vir me ameaçar, sabe nem mandar mensagem. - Falo indignada e a mesma me olha perplexa. - Eu tô cansada! Inferno!
— Para de fugir do assunto! Ou quer que seu querido irmão sofra as consequências? - Ergueu uma sobrancelha em deboche e eu a encarei desacreditada. - Isso mesmo, eu vou acabar com seu irmão se você não obedecer!
Pulo de cima do muro caindo perto da mesma que recuou, envolvo seu pescoço e finco minhas unhas ali a forçando contra o poste que havia ali, a mesma arregalou os olhos e tentou se soltar, agarrou meu pulso e fincou as unhas ali tentando me fazer soltar na base da dor, mas foi em vão, apertei cada vez mais e a mesma foi perdendo o ar lentamente.
— Acho que você não tá entendendo direito as coisas, como realmente funciona. - Solto o ar lentamente e a olho aproximando nossos rostos.
— Socorro.. - Balbuciou tentando se soltar.
— Se você tentar algo contra meu irmão eu te mato, acredite, não estou blefando pra por medo em você, eu vou te matar, começarei quebrando sua perna, em seguida seu braço, arrancarei pedaços de sua carne lentamente e jogarei sal, e sabe um modo bom de tortura que eu aprendi? Esfregar sal e vinagre em feridas recentes... enfiar o dedo e esfregar com força... os gritos de agonia são os melhores.
A solto e a mesma cai de joelhos sobre o chão, ofegante e com algumas lágrimas escorrendo por sua face.
— Seu monstro... psicopata! - Tentou gritar, mas sua voz estava falha. Alguns roxos iam surgindo em sua pele no formato de minhas unhas, e meu pulso pingava sangue devido a força que a mesma usou, o desespero.
— É bom que você saiba com quem está mexendo... tchau, Akira! - Falo e me viro, e o que vejo não é nada bom.
Baji, Chifuyu e Mikey me olhavam com um olhar de julgamento, acredito que ela tenha os chamado, ela planejou isso, e o mais engraçado é que não sinto nenhum pingo de culpa ou medo, só fome.
Baji aparenta estar surpreso, sem acreditar no que acabou de ver, parece mais e estar em uma briga interna, tentando decidir de qual lado ficaria, o de sua irmã ou de sua amada amiga.
Chifuyu não me julgava mais, me olhava confuso e um pouco surpreso, parecia também ter medo, não consigo compreender de qual lado ele estará.
Já Mikey, eu não sei distinguir o que se passa em sua cabeça, mas acredito que ele ficará do lado da Akira, mas mesmo assim, não consigo me arrepender do que fiz.
— Me ajudem! Ela quer me matar! Ela tentou me matar! - Akira clamou por ajuda, rastejando ao meu lado. A encaro com nojo e então chuto-a pra longe de mim. - Porra!
— Vão lá ajudar a amiga de vocês, eu tô fora. - Falo e começo a andar, passo pelos três que não moveram um músculo se quer. - Se querem saber o que aconteceu, esperarei até as oito..
