Capítulo dez

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P.O.V'S S/N BAJI

Hoje seria o dia em que iria reencontrar a tão querida Akira, sai mais cedo que todo mundo, disse que iria caminhar um pouco e depois iria pra escola, ela ainda está no hospital, só tem um dia desde o ocorrido. De acordo com o que Baji disse, a mesma teve umas crises e os médicos acharam melhor que ela ficasse mais uns dias lá.

Adentro o quarto da mesma após conversar com a recepcionista, a convenci de que era uma grande amiga da mesma e minha entrada foi permitida. Empurro a porta e então adentro o cômodo, odeio esses locais, cheiram a morte, ressentimentos, decepções, e culpa, isso corrói a todos de alguma forma, seja ela boa ou ruim.

Akira está olhando para janela parecendo pensativa, nem se importou com a minha presença. Pigarreio chamando a atenção da garota que se virou rapidamente em minha direção.

— O que faz aqui? - Seu olhar de raiva era notável, mas eu estou pouco me fudendo pra isso.

— Você não os chamou lá... não é?

— Chamei sim, eu quero que eles descubram o monstro que você é!

— Eu já esperava isso... mas eu não vim aqui pra discutirmos. - A mesma me olhou confusa. - Preciso da sua ajuda.

— E por quê eu lhe ajudaria? - Indagou e riu sarcástica. - Esta com medo?

— Akira, Akira... - Sorrio passando a palma de minha mão sobre meu rosto, estou com uma vontade imensa de rir. - Tenha uma certeza nessa sua vida medíocre, eu posso ter medo de várias coisas, mas nenhuma delas inclui você!

— Vagabunda.. - Cerrou os punhos. - Fale o que você quer!

— Haviam quatro caras armados nos esperando naquela noite, e sabe, eles estavam ali com a missão de nos matar. - Seu olhar se tornou um aterrorizado. - Olha, eu não ia com sua cara, mas sabe que a culpa é totalmente sua. Se você se juntar a mim iremos conseguir o que sempre almejamos...

Poder..

Também.

°°°

Adentro minha sala e vou para o meu lugar de sempre, as aulas seguiram normalmente, porém, ao chegar no intervalo, um túmulo se formou no corredor me impedindo de continuar meu percurso até a biblioteca. Suspiro estressada notando o que me aguardava.

Me encosto sobre a parede e observo aqueles fios de cabelos bicolores saírem em meio a todas aquelas mulheres, ou melhor, garotas inúteis. Apenas aguardo até que o tatuado me veja e venha até mim, o que não demora muito.

Parando em frente a mim com as mãos dentro dos bolsos da calça, seu olhar parou no meu e então se iniciou uma troca de olhares. Com um pequeno movimento o mesmo inclinou a cabeça pro lado indicando o caminho que deveríamos ir, apenas o fiz, passando pelo meio de todas as meninas com o maior atrás de mim.

Fúria emanava delas, e de mim emanava um grande foda-se para o que elas achavam ou o que tentariam fazer comigo. Apenas dou de ombros saindo da escola, não precisei voltar pra pegar meus matérias pois ia os levar para biblioteca, me poupei de trabalho.

Subo em minha moto e o bicolor sobe sentando atrás de mim, dou partida após colocar o capacete e então seguimos pra longe da escola. Sinto a palma da mão do mesmo se apoiar em minha cintura, segurando com firmeza, acelero mais até o talo querendo que o mesmo retirasse a mão de mim, porém, ele não o faz.

Estaciono em frente a um ferro velho e ele desce da moto, desço logo em seguida e deixo meu capacete e minha bolsa apoiados sobre a moto. Andamos pra dentro do local, está vazio, e um silêncio mortal reina.

Me apoio sobre um carro quebrado e então o mesmo me olha de cima a baixo pensando se deveria começar.

— Olha.. não foi eu quem chamou aqueles caras lá, mas tenho em mente quem tenha feito.

— Eu sei muito bem quem os chamou lá, mas não foi por isso que lhe chamei aqui. - Ergo meu olhar pro mesmo e suspiro. - Kazutora.

— É sobre o Baji, não é? - Riu baixo. - Olha, ele já está saindo da Toman, logo se juntará a nos.

— Ele sabe o que faz. - Dou de ombros. - Quero me juntar a vocês.

— Você não deve saber nem dar um soco.. não vou te colocar em perigo. - Rebateu um pouco exaltado. - Só porque acha que é forte e que consegue ganhar pra vários caras em uma luta, não irá me convencer a te colocar em campo de batalha, não seja tola.

— Kazutora, eu sou a irmã de Keisuke Baji, o capitão da primeira divisão da Tokyo Manji, acha mesmo que eu não iria saber lutar?

O mesmo me olhou de cima a baixo indeciso.

— Não vou fazer isso com você... - Desviou o olhar evitando contato visual. - Não vou conseguir me segurar se você acabar se machucando por minha causa.

— Eu vou te dar um soco, e se você não revidar, irei continuar a atacar até que você ceda! Me entendeu? Se eu ganhar de você, irá me deixar participar.

— Isso exigirá sacrifícios de sua parte, tem certeza?

— Nunca tive tanta certeza em minhas decisões.

Prendi meu cabelo em um coque alto e então avanço pra cima do bicolor, que se preparou pra me receber.

Curvo meu corpo e então me abaixo, movo meu cotovelo e tento o acertar sobre seu rosto, mas o mesmo desviou indo um pouco para trás, então movo meu antebraço e acerto meu punho em sua bochecha.

Ele não recuou, teve reação imediata, agarrou meu cotovelo e o torceu, sem seguida me empurrou pra trás chutando minha barriga. O gosto metálico invadiu minha boca, e então escorreu entre meus lábios manchando minha pele, mas não me importei, avancei novamente socando seu rosto com toda a minha força, ele riu e bateu de volta, ficamos nessa troca de socos até que recuei.

Assim que meu joelho tocou o chão, o maior acreditou que eu teria recuado, então apoiei as palmas de minhas mãos sobre o chão e movi minha perna em um meio círculo, passo minha canela sobre a sua e ele vai de encontro ao chão. Puxo sua perna e então subo em seu peitoral prendendo seus braços com meus joelhos.

Envolvo seu pescoço e aperto controlando minha força, o mesmo me olhou e riu, o encarei confusa. Seu joelho acertou minhas costas com um pouco de força, mas o suficiente pra me distrair, afrouxei o aperto de seus braços e então fui de encontro ao chão. Kazutora subiu em cima de mim ficando no meio de minhas pernas, agarrou meus braços e os prendeu acima de minha cabeça.

— De fato, você é boa, entretanto, se distrai muito fácil, deveria ter me socado sem parar no momento em que me prendeu, você não tá aqui pra brincar, tá aqui pra conquistar minha confiança em suas habilidades. - Seu tom rígido vez meu coração acelerar. - Mas, vou levar em consideração que é uma luta prática e que você me adora, por isso não quis machucar meu lindo rosto.

— Cretino.

O mesmo riu, mas logo fechou a cara, começou a aproximar o rosto do meu lentamente, fazendo com que a ansiedade atacasse. Ofego ao sentir seu nariz roçar no meu lentamente.

— O que caralhos está acontecendo aqui?

Continua...
Até o próximo capítulo!

𝐅𝐫𝐢𝐞𝐧𝐝'𝐬?  |𝗠𝗮𝗻𝗷𝗶𝗿𝗼 𝗦𝗮𝗻𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora