Capítulo sete

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P.O.V's S/N BAJI

Ao chegar em casa estava um completo silêncio, o que me fez questionar o que teria acontecido em minha ausência.

Ando até a cozinha e então avisto minha mãe sentada ao lado da bancada junto de Baji, ambos me encararam automaticamente ao ouvirem meus passos, os encaro confusa, ela quase nunca está aqui, anda trabalhando ou viajando.

— Mãe? Aconteceu algo? - Indago me aproximando e a mesma se levanta bruscamente, vindo até mim e me envolvendo em um abraço gostoso.

— Keisuke me informou sobre o acidente, desculpa não poder estar com você naquele momento difícil, quando soube vim o mais rápido que pude. - Sua voz chorosa invadiu meus tímpanos, seguidos se soluços engasgados devido as lágrimas. - Desculpa, minha filha.

Não consegui formular nenhuma palavra se quer, apenas me entreguei ao abraço, retribuo com toda a vontade possível, afundo meu rosto na curvatura de seu pescoço e me permito relaxar.

A morena continuou pedindo desculpas em meio ao choro, queria poder consolar a mesma, porém sentia que se ousasse abrir a boca cairia no choro também, então apenas acaricio suas costas delicadamente.

Keisuke permaneceu sentado apenas nos observando atentadamente, acredito que o mesmo não saiba o que fazer, e decidiu respeitar nosso momento, são raros quando demonstramos afeto uma pela outra, talvez seja pelo fato de que ela vê o meu pai em mim, normalmente comentam que sou a cara dele, acho que é por isso.

Após alguns longos minutos a morena parou de chorar aos poucos, sentia seu coração batendo rapidamente contra a caixa torácica, e o meu não estava muito diferente, admito. Estou nervosa, me sinto amada, porém sei que é passageiro.

— Mãe, não precisa se culpar por algo que não tem nenhum pouco de culpa, eu tô bem, apenas relaxe, não se culpe tanto.

Afasto nossos corpos minimamente e repouso minha mão sobre sua face, limpo sua lágrimas uma por uma e por fim beijo sua testa, a mesma me olhou e senti que a mesma iria chorar novamente.

— Eu sinto muito... - Balbuciou abaixando a cabeça.

— Keisuke... leva ela pro quarto, precisa descansar. - Peço ao mesmo que assente se levantando.

— Vamos, mãe. - O moreno a pegou no colo com uma facilidade imensa. - E você vá tomar um banho e comer, virei te ajudar a preparar o jantar.

Apenas assinto e vou para o meu quarto, adentro o cômodo e olho para minha cama, avisto Cristal esticada sobre meu travesseiro, sorrio e me aproximo da felina, acariciando sua cabeça levemente.

Tomo um banho rápido e visto uma roupa confortável, arrumo meus fios de cabelo e então chamo Cristal, vou até a cozinha e ao entrar vejo Keisuke apoiado ao balcão enquanto mexia no celular, em sua cabeça uma touca de cetim cobria todos os seus fios de cabelo. Abro um sorriso travesso e me aproximo do mesmo sem fazer barulho, então acerto um tapa estalado em sua bunda e o mesmo da um pulo gritando.

— AÍ DESGRAÇA!

— Calma morena! - Sorrio e o mesmo se vira bruscamente me olhando furioso, começo a rir e então corro, o moreno veio atrás de mim com uma chinela. - Sai diabo!

— Volta aqui, pirralha do capeta! - Esbravejou arremessando o chinelo em minha direção, me jogo sobre o chão e o chinelo bate contra a parede, em seguida me levanto correndo, porém o moreno me puxa pela cintura, deixando meu corpo sobre seu ombro. - Agora tu vai ver!

— Vou mesmo, não tô cega! - O mesmo grunhiu irritado e me jogou sobre o chão, se jogando em cima de mim.

— Seu filho de uma rapariga! - O xingo e em troca levo um pescotapa.

— O que caralhos tá acontecendo? - Uma voz familiar ecoou pelo cômodo atraindo nossa atenção. - Keisuke, sai de cima dela!

— Isso, bota ordem.

Baji se levantou e me ajudou a levantar também, olho para Mikey e Draken, ambos nos olhavam.

— Kenzinho! - Corro até o loiro que ri e me abraça.

— Apelido escroto do caralho! - Resmungou. - A gente veio aqui pra buscar vocês, vamos dar um role.

— Eu não vou. - Falo sem muita enrolação, e ambos me encaram.

— Qual foi? Você quase não sai mais com a gente... - Mikey choramingou e eu o encarei com minha melhor cara.

— Chamem a Akira, ela provavelmente vai aceitar. - Não consegui segurar meu deboche. Ambos me encararam e pareciam sentir culpa de algo.

— S/n, vamos, vai ser legal. - Baji disse após um tempo em silêncio. - Se estamos te chamando é porque ninguém consegue ocupar o seu lugar, ninguém é igual a você, e por isso queremos sua presença. Insisto, quero que vá com a gente.

O encarei surpresa, senti meu coração palpitar e então sorrio.

— Tá sem argumentos agora, vamos. - Draken não me deixou se quer agradecer pelas palavras, me agarrou e me pós sobre seu ombro. - Tira essa porra da cabeça e vamos!

°°°

Olho para os três malucos que corriam igual a uns débil mental, desviavam de alguns brinquedos enquanto brincavam de pega-pega, e eu apenas os observava sentada em um banco que havia ali. Senti uma presença ao meu lado e então olhei de relance, vendo aquele bicolor novamente.

— Eles vão te encher de porrada se te virem aqui. - Falo abaixando minha cabeça. - Anda me espionando..

— Eles que se fodam. - Deu de ombros. - Tá insinuando que tô te perseguindo? Assim você me ofende.

— O que você quer, Hanemiya?

— Akira tá planejando a morte do seu irmão, e quer me usar para isso. - Ergo minha cabeça e então o encaro. - Se você quer impedir, ira me encontrar amanhã após a escola, você deve saber a onde.

— Quem garante que estarei lá?

— Seu amor pelo Keisuke. - Disse e então se levantou, me deixando sozinha naquele banco.

Se passou alguns minutos até que Mikey tomasse o lugar que antes o bicolor estava, não ousei o encarar.

— O que ele queria? - Suor escorria por sua testa, caindo sobre sua bochecha até chegar ao fim de seu queixo e então caindo sobre sua roupa.

— Nada que seja da sua conta.

— Vai continuar agindo assim comigo? Eu não tenho culpa pelos seus traumas, pare de jogar as coisas pra cima de mim. - Se exaltou e então decidi o encarar. - Você não se decide e isso tá acabando com a gente, não é só comigo. Eu realmente te queria como namorada, mas você insiste em me afastar.

— Você está confuso, está entre eu e a Akira! E olha, Manjiro Sano, se você realmente me quisesse não existiria um "eu ou ela", existiria só um eu. Se fosse pra ficar como segunda opção é melhor milhões de vezes ficar sozinha! Se você realmente me amasse não haveria outra, seria somente eu! Enfia isso na sua cabeça!

O mesmo não me respondeu, e eu obtive minha resposta.

Continua...
Até o próximo capítulo!

𝐅𝐫𝐢𝐞𝐧𝐝'𝐬?  |𝗠𝗮𝗻𝗷𝗶𝗿𝗼 𝗦𝗮𝗻𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora