Em cada esquina de um bairro pacato e tranquilo, onde o sol parece brilhar numa luz quase inocente... esconde-se uma verdade sombria: serial killers também são vizinhos de alguém.
Podem estar na casa ao lado, na rua de trás da sua... você simplesmente não tem como saber.
É na rotina mais serena do dia a dia que o perigo pode vir a se disfarçar.
Dever, Colorado. O ano era 1978. Um grupo de jovens acabou descobrindo essa realidade cruel da forma mais horrível possível, quando a linha tênue entre o cotidiano e o doentio acabou se cruzando de maneira inimaginável.
Eu sou uma das sobreviventes. Uma pessoa que, inicialmente, sequer era alvo do assassino. Acabei me envolvendo por puro azar, e me vendo sem escolha alguma.
A história que vou compartilhar a seguir... ela não é apenas minha. É a cicatriz coletiva que compartilharei para sempre com todos os envolvidos.
Bruce Yamada. Vance Hopper. Griffin Stagg. Billy Showalter. Robin Arellano.
E... Finney Blake.
É estranho como, às vezes... o pior pode se esconder na simplicidade de um dia comum.
Ele sempre estará lá... apenas se esgueirando até obter a oportunidade perfeita de foder com a porra da sua vida.
(...)
Observei atentamente a paisagem tediosa passando pela minha vista através da janela do impala antigo do meu pai.
Eu não estava nem um pouco animada, pois essa já era a quinta vez no ano em que nos víamos obrigados a nos mudar devido ao trabalho do mais velho.
Esperava que ao menos pudesse ser fixo dessa vez, porque tantas mudanças sempre acabavam me impedindo de fazer o que pessoas normais da minha idade geralmente estariam fazendo: fazer amizades, sair para passear... ou até mesmo se apaixonar.
Aquele típico clichê.
— Estamos chegando, querida — avisou meu pai — A cidade é bem mais bonita do que eu imaginava. Espero conseguir resolver aquele problema o mais rápido possível... os moradores daqui merecem encontrar a paz.
O problema a que ele se referia? Bem, John Stuart, meu pai... um policial bastante influente em sua área desde que começou, ele sempre foi um dos melhores quando o assunto era a resolução de casos por aí.
Esse era o motivo de tantas mudanças. Meu pai amava o que fazia, e estava sempre disposto a fornecer ajuda quando policiais de outras cidades precisassem.
Minha mãe faleceu quando eu tinha oito anos, então eu nunca tive outra opção a não ser cair na estrada ao lado dele a cada mês.
Amava meu pai, e... se resolver casos era o que o fazia feliz, o mínimo que eu podia fazer era não questionar ou agir como uma garotinha mimada, alegando que "queria ficar em uma cidade para sempre, sem mudanças o tempo todo".
Garotos na faixa etária dos treze anos estavam desaparecendo a um bom tempo em Denver, no Colorado. Ninguém nunca havia conseguido descobrir a identidade do possível serial killer.
Mas eu sabia que meu pai conseguiria.
E eu iria ajudá-lo, pois era ótima nisso. Assim que me formasse, pretendia seguir a mesma carreira que ele.
Policiais mulheres não eram bem aceitas na época em que nos encontrávamos, mas eu estava disposta a mudar isso.
Sabia que era mil vezes melhor do que qualquer um daqueles policiais bundas moles que não conseguiam sequer focar direito numa única investigação.
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𝗨𝗟𝗧𝗥𝗔𝗩𝗜𝗢𝗟𝗘𝗡𝗖𝗘, finney blake
FanficEm cada esquina de um bairro pacato e tranquilo, onde o sol parece brilhar numa luz quase inocente... esconde-se uma verdade sombria: serial killers também são vizinhos de alguém. Bella se viu obrigada a mudar de cidade mais uma vez devido ao trabal...