Baixei até o saguão por uma encomenda e claro, quem mais eu encontraria!?
Pedi ao recepcionista que fosse rápido, mas até ele voltar com o tal pacote, Christopher claramente já havia chego até mim..— Eu realmente não tô pra papo, Ucker. Espero que entenda e tenba um bom dia. - disse enquanto assinava os papeis da encomenda.
— Não, não Dulce. Só quero que me escute uma vez e que aí tire suas conclusões, sobre o jantar ontem e sobre o que viu com a Maite.
— É que não me diz respeito e também não me importo. - disse dando dois tapinhas no ombro dele.- Todo mundo no grupo já teve algo, não somos diferentes de ninguém. Há meses isso acabou.
— É que.. é que não sei como lidar e disfarçar o que acontece aqui entre a gente. - disse ele quase lacrimejando e talvez no seu estado mais verdadeiro.
— Engraçado que esperei meses pra escutar isso e agora não me faz sentir nada. - menti para mim mesma.- Posso ir? - ele abriu passagem, sem fazer contato visual e agradeci pois queria chorar ali mesmo.- Obrigada. - caminhei até o elevador com o pacote na mão e a sensação de que se passaram 2 horas intermináveis até maldita porta fechar.
Já faziam meses em que tudo com o Christopher havia acabado. Depois do beijo no quarto do hotel, a única conversa que tivemos foi rria e concordando que "como não tinhamos nada, não teria problema algum", acontece que quanto mais eu vivia minha vida e tentava esquecer ele, cada vez que cruzávamos o olhar tudo voltava com uma ansia absurda de sair pra fora.
Ao mesmo tempo que o assunto Christopher seguia me rondando, me aproximei mais do grupo e principalmente da Anahi. Antes a maneira como ela levava as coisas me parecia divertida, porém fora da minha realidade, até que bebadas em uma festa ela soltou a frase em que prometemos tatuar com talvez 80 anos:— Não importa o que as pessoas pensam, importa o que você pensa, mas se você não pensa.... - aquilo soou tão Anahi e ao mesmo tempo engraçado que minha vontade foi de beijar ela ali mesmo, como um gesto de "é realmente possível você existir?".
A Anahi é amiga e mãe. Ela é quem cuida, dá colo, mas também puxa pela mão e te leva para viver. Viver é uma palavra que ela usa muito, justificando os gastos em roupas caríssimas que no fundo nunca me chamaram a atenção ou para beber como se o amanhã não existisse. A simetria perfeita. Nunca vi alguém tão bela quanto ela. Os olhos fundos e azuis, a boca fina mas que com certeza te convida pra algo que nunca seria decente visto a outros olhos e o sorriso que limpa a alma e ajuda, mesmo que ela não diga uma palavra.
Já escrevi tantos poemas sobre ela, sobre a personalidade, a beleza e até mesmo nossas discussões - o jeito marrento dela e o quanto me torno fixa no meu posicionamento.
Sim, a Anahi foi quem esteve pra mim quando a cena do beijo aconteceu e nossa proximidade foi diante desses poemas e musicas que compúnhamos juntas. Compondo musicas onde no final nos olhávamos e sentia borboletas no estômago por alguém me entender tão bem e saber exatamente as roupas que eu gosto (esse último foi claramente ironia, ok).
Noites em que não conseguia dormir e chamava ela para dormir comigo há meses atras. Noites em que a gente se olhava de frente, observando cada detalhe uma da outra, até pegar no sono e eu acordar mais cedo pois a princesa gosta de café na cama. A Anahi andava sendo uma boa amiga, minha melhor amiga, e nosso carinho era demonstrado de maneira diferente..
Apenas isso!
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lo intentare // vondy
Любовные романыDulce e Ucker viveram algo marcante e escondido por tempos, quando acabou restaram os pensamentos pensamentos mútuos e nunca ditos. A aproximação com Anahi diante tudo isso começa a confundir a cabeça de lua de Dulce; Sem saber o que quer, o desenro...