Invencible.

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Terminei de fechar o zíper do vestido, com dificuldade mas consegui.
Vestido preto, salto alto também preto e com a sola vermelha combinando com o meu batom. Cabelo solto, com ondas, mas não totalmente enrolado.
Brincos delicados e meu perfume favorito, que sabia que era o dele também.
Me revisei no espelho umas 10 vezes e sinceramente? Eu mesma cairia de boca em mim. Anahi insistiu para me ajudar, mas desde que decidi fazer isso sentia que era o meu momento. Tomei o banho de banheira mais longo de meses, coloquei minhas musicas favoritas. O meu momento.

20hrs. Nono andar. Parei na frente da porta, fui, voltei, fui e voltei de novo.
Duas batidas e agora foi.

— Ponch..Dulce? - exclamou surpreso e me olhando dos pés a cabeça.- O quarto do Christian é no final do corredor.

— Eu sei. É você quem eu tô procurando. - disse seria, ainda encostada na porta.

Ele continuava me olhando como se eu fosse a última garrafa de água do planeta Terra, confuso, sem entender.

— Se for sobre ontem, eu quero de novo pedir descu....- interrompi.
— Não, tonto - ri porque senti que estava me saindo melhor que a encomenda- Ontem foi ontem e passou. Quando você fechou aquela porta, tudo no passado ficou para trás.
— Tem alguma coisa.. O que tá rolando? - desconfiado como sempre, mas dessa vez com razão.
— Tem sim algo rolando. A minha saudade de você e do quanto nada do que aconteceu importa. - pela primeira vez senti um pontada dentro de mim, como quem pensa "merda, o que eu tô fazendo".- Vai me convidar pra entrar ou..?
— Sim, entra. Quer algo pra tomar? O quarto tá bagunçado e me falta arrumar as malas. - disse ele coçando a cabeça e recolhendo algumas camisetas do chão.
— Não, valeu, tô bem.- precisava ser seca ou não conseguiria fazer é nada- Vim pra dizer que se você quiser jantar, eu tô livre. - eu nunca diria isso, nunca.
— Não esperava isso vindo de você. - nem eu, imbecil, nem eu.- Quero, só preciso trocar de roupa e escolhemos onde vamos?

Dei uma risada pra dentro enquanto mexia em um dos enfeites do quarto.

— Você não entendeu. A janta vai ser eu.

De onde tanta coragem? Não tenho a menor ideia. Viva a minha profissão como atriz, pois pensei que fosse desmontar depois de falar isso.

— Mas.. O qu..- calei a boca dele com um selinho. Um selinho calmo e honesto da minha parte, um selinho que foi se intensificando em beijo de saudade, com as mãos dele na minha cintura, querendo com que eu me fundisse dentro do seu corpo. O beijo era intenso mas lento, nossas línguas brincavam devagar e quando nos separamos vi o estrago que meu batom vermelho fez nele. Não consegui não rir.- Eu tenho uma proposta..

— Você nunca me deixou tão confuso, mas fala, qualquer coisa. - encostei ele na parede e  comecei a limpar a boca dele.

—  Eu sou a janta, mas você obedece os meus comandos, sem hesitar.

Pedi para ele tirar os meus sapatos, ele me olhou intrigado, mas apenas fez. Coloquei uma perna em cima da cama, ao lado dele e ele tirou. Fiz o mesmo com a outra perna e depois do feito passei delicadamente com o pé esquerdo por cima da sua calça. Duro, como eu queria.
Ele me olhava dos pés a cabeça e sem dizer nada apenas sentei no seu colo, fitando seus olhos e deixando que nossa comunicação silenciosa acontecesse por eles. Ele me olhava com desejo, as mãos que antes estavam na cama, agora se encontravam apertando minha cintura. Gemi quando senti nossas partes se tocando por cima da roupa.
Não queria e não iria perder o domínio da situação, mas também não iria conseguir fingir o tanto que eu queria aquilo, como ele.
Suas mãos foram para o zíper do meu vestido, mas antes um olhar como se pedisse permissão. Sim. Eu permitiria que ele rasgasse aquela roupa.

Com o vestido já na minha cintura e eu ainda sentada entre as pernas dele, Christopher fitou meus peitos como se nunca tivesse visto um par deles antes ou até mesmo os meus.
Meu sutiã era vermelho, mas duvido que sob a luz da lua desse para enxergar algo, e também duvido que ele fosse reparar em cores naquele momento.

lo intentare // vondy Onde histórias criam vida. Descubra agora