Luna.

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Coloquei o corset mais apertado, até qual a necessidade de respirar? Apenas um detalhe. Combinei com a Any de nos encontrarmos nesse bar escondido em Madrid, sim, faltam horas pro show, porém vou. Vou e com vontade de ir beber, ver minha amiga também. Apenas. E o seu julgamento, eu ignoro e finjo que não existe. Temos 10 horas até o show acontecer. 10 horas, Dulce.
Chamei um taxi confiável e sai pela porta do restaurante do hotel (por ser dia de show havia aglomeração de fãs na entrada).
dei o endereço e fui olhando a paisagem, pensando no quanto sentiria falta de Madrid e em quantas coisas vivi aqui.

— Que mané "senhorita"? É Dulce e só.- falei em tom de brincadeira, enquanto olhava o taxímetro e pagava a corrida.

Uma porta toda preta, um segurança todo de preto e perguntando meu nome. Onde diabos a Anahi vai me meter.
Falei meu nome tremendo de medo que me descobrissem ali, mas já que já estava ali... Já foi.

Uma escada que descia aparentemente para o crntro da Terra. A musica era um pouco alta, mas não ensurdecedora. Um grito, sim conhecia aquele timbre de voz.

— FINALMENTE!!!!! Vem, fiz amigos novos e quero te apresentar. - Disse Anahi saindo e me levando com ela.

— Oi. - disse tímida enquanto olhava todos nos olhos.

— Você é mais linda ainda pessoalmente, prazer, me chamo Ana - agradeci e sorri de volta para a mulher que também era muito bonita.

— Ok, o que você vai querer? Shot? Drink? - perguntou Any enquanto segurava meu braço. - Lembra que é o último show, a gente pode e deve comemorar antes e depois.

— Duas doses de whisky, por favor. - falei e ela deu pulinhos enquanto me abraçava.

Quando vi? Nem vi. Meu corpo ia no ritmo da musica e todos os shots que vinham? Eram aceitos, sim senhor.
Começou a tocar RBD, algum tipo de remix, nesse mesmo momento Anahi me puxou e começamos a dançar grudadas. Riamos e o olhar aconteceu. Aquele que sempre faz com que a minha boca vá até a dela.
No meio da pista? Impossivel. Ela me puxou e saí cambaleando até uma escada completamente escura, e pela primeira vez quem me agarrou pelo pescoço foi ela.
O beijo começou com fúria, como se as duas quisessem tanto aquilo como uma pessoa busca por água no meio do deserto; Fomos desacelerando e fui sentindo o gosto dela, gosto de todo o whisky que ela bebeu mas do toque sensivel que eu tanto gostava na minha amiga.
Minhas mãos começaram a descer e a perna dela foi parar na minha cintura, de maneira também delicada e despercebida.

— A gente quer sair daqui, né? - disse ela olhando tão perto que na minha cabeça o par de olhos azuis já eram meus.- Tipo.. Pra alg-

— Sim, a gente quer. - interrompi sem medo, pois era o que eu mais queria naquele momento.

Dor de cabeça e no corpo inteiro. Jesus, passei por uma batalha? Não, Maria, apenas ressaca.
Olhei para o quarto todo revirado, olhei o horário e quando virei lá estava ela dormindo como um anjo e uma camiseta minha. Jesus. Ok, 3 horas é o que temos.

— Any... Any.. - falava enquanto sacudia ela com cuidado, mas nada.- ANAHI!
— Aiiiiiiiiii não grita que meus tímpanos vão estourar, e tá muito claro, fecha essa cortina.- disse ela na maior normalidade do mundi
— A gente tem 3 horas pro show. - falei ainda imovel, mas querendo rir.
— O show. Meu deus. Esse é o nosso hotel?- disse enquanto olhava por tudo- Sim, pela bagunça das roupas, é o seu quarto e o nosso hotel.

Levantei, no chão nossas botas todas sujas e eu sem lembrar um caralho do que havia acontecido, mas nossas calcinhas estavam ali também. Fingi normalidade e fui até o banheiro.

Escutei Anahi levantando, pegando o par se botas e abrindo a porta.

—Christopher? - disse ela em um tom de voz surpresa, me fazendo engasgar com a pasta de dente.

lo intentare // vondy Onde histórias criam vida. Descubra agora