Ep - 16.

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Thomas tinha total noção de que Emma estava em perigo e agora teria que correr contra o tempo se quisesse salvar sua assessora, sendo assim, a única maneira mais viável disso era mandar Emma de volta para o Canadá. Porém, as coisas ficavam ainda mais complicadas e Thomas via o que seriam dias bons, repletos de boas notícias, virando um episódio verdadeiramente sombrio em sua vida.

(Thomas): Emma, você... sabe que está em perigo, né? Por causa desse assassino e etc...

(Emma): Claro, Tom. Até estou evitando sair na rua ultimamente...e você e o Larry?

(Thomas): Pedi para ele se distanciar de mim, afinal, eu posso apenas atrair o assassino, e é isso que já fiz, na verdade.

(Emma): Infelizmente sim...

(Thomas): Vou direto ao ponto. Eu quero te mandar de volta para o Canadá. Tudo isso só está te colocando em um perigo extremo, e... não quero que mais ninguém morra, em especial alguém próximo a mim.

(Emma): O quê?! Mas...por hora isso não é possível! Apenas quando a turnê acabar em Dezembro!!!

(Thomas): Espere, como assim???

(Emma): Eu apenas posso me distanciar de você após o fim da turnê, é o que o contrato cobra. Sei que está se importando comigo e agradeço, mas... é isso.

(Thomas): Meu Deus do céu... tudo bem, meus dias já estão ruins o suficiente, difícil algo me abalar agora.

No fim da tarde Thomas decide ir até George Kennedy que tinha um consultório no centro da cidade. Thomas também havia trocado o condomínio que após a morte de Henry Woods, foi fechado sem previsão de reabertura. Agora o escritor, paranóico e muito cauteloso em se expôr, estava morando na casa de Eddie enquanto o mesmo estava fazendo uma curta viagem a Massachusetts. E na consulta com George, Thomas via que ele de fato é um especialista.

(George): Thomas... Lawrence... Blake...o grande escritor canadense. É uma honra tê-lo aqui! O que o traz até minha presença??

(Thomas): A honra é toda minha. Bom... é algo meio maluco em minha vida, sabe...

(George): Deixe-me adivinhar...o stalker obsessivo que vem te perseguindo e matou um pessoal?

(Thomas): Como você sabe disso??? Mas sim, é de fato esse infeliz ocorrido.

(George): A mídia não perde a chance de divulgar essas coisas assim que puder. Você quer que eu analise o perfil do tal stalker, certo? Me dê as informações mais detalhadas.

(Thomas): Bom... provavelmente é alguém que já foi próximo a mim e que sabe do meu passado, também sabe o que ando fazendo e já ameaçou e atentou contra pessoas próximas de mim. Sinto que...ele está brincando comigo até decidir pôr o fim nesse seu plano, talvez o fato dele usar meu novo livro para cometer assassinatos indique alguma obsessão... eu já não sei.

(George): Interessante.... muito interessante. Acho que já saquei a jogada desse indivíduo.

(Thomas): Sério??? E o que tem a dizer sobre ele???

(George): Você já teve outras pessoas próximas, certo? E muitas mesmo? Se sim, com certeza é uma delas, um stalker não teria tanto conhecimento logo sobre você. E na verdade, ele não está brincando com você, mas sim buscando te quebrar mentalmente sobre os assassinatos incluindo seu livro neles, quando você tiver possuído pelo medo e a paranóia, sem cabeça para nada, ele irá atacar.

(Thomas): Sim... isso faz sentido. Fale mais, por favor.

(George): Pelo o que vi do caso, posso concluir que ele é alguém sádico e insano, já que não foram assassinatos simples. Ele busca disseminar as negatividades que provavelmente sente por você, em sua vítima, e as páginas de As Investigações de Harper são uma assinatura disfarçada de inspiração. Ele irá matar qualquer um que tiver quaisquer ligação com você, seja grande ou mínima. É um assassino realmente insano e evidentemente quebrado mentalmente.

(Thomas): Eu realmente sentia que isso tudo poderia ser mais profundo... estou vendo que as peças estão começando a se encaixar...

(George): Diga-me, Sr. Blake, quais as pessoas mais próximas de você atualmente?

(Thomas): Bom, no Canadá eram muitas. Mas aqui na Inglaterra... Edward Larson, um amigo de infância que recentemente foi para Massachusetts. Emma Randall, minha assessora. Larry Houston, meu assistente pessoal, e Robert Yarles, o inspetor que está investigando o caso.

(George): Presumo que, dessas pessoas, Edward Larson seja a que mais conhece seu passado, certo?

(Thomas): Bom, de certa forma sim...mas o Eddie é uma pessoa amável e esteve comigo antes da fama.

(George): Tome muito cuidado, escritor. Pessoas próximas, perigo próximo. Mesmo que você as conheça como ninguém, nunca sabemos como a mente de cada um realmente é.

(Thomas): Não se preocupe, eu sei o que faço. Muito obrigado pela consulta, George, você me ajudou bastante.

(George): De nada! Volte se tiver coisas novas para compartilhar!

E assim Thomas ficou muito pensativo e gravou bem na memória tudo o que George Kennedy havia falado. Realmente, aquele caso era mais profundo do que aparentava ser...

My Own KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora