A Esquina da Morte | Vondy

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"Dia de festa,dia de fuga."

Hoje finalmente era o dia da festa de Nikolai e minha fuga, tudo estava perfeitamente organizado e planejado. Nikolai estava com um sorriso enorme,seu pai também estava aqui e me olhou de uma forma surpresa.

–  Confesso que quando meu filho me contou o feito fiquei em dúvidas,Nikolai não é do tipo que consegue o que quer. –

– Não deveria dúvidar do seu filho,ele é um rapaz muito especial. –

Eu entendia o motivo de Nikolai sempre tentar agradar o pai,nada para ele nunca estava bom,ele pressionava o garoto a fazer tudo do jeito certo e do jeito dele.

Do jeito certo não diria que estava ruim,mas ele queria transformar Nikolai numa espécie de sucessor do gênio do crime.

– Vamos,diga o que ele lhe ofereceu para que mudasse de idéia e ficasse com ele. –

– Você não pode me comprar,muito menos o seu filho pode. Afinal,quem tem mais dinheiro vence,certo? –

Bebi o último gole da água e deixei a garrafa na bandeja do primeiro garçon que apareceu.

Deixei sozinho e fui atrás de um dos seguranças dos Uckermann's infiltrados na casa,ele estava na sua pose habitual de sempre.

– Tudo certo para mais tarde? – Perguntei enquanto fingia mexer nas flores que estava ao seu lado –

– Se a senhorita quiser, até agora. –

– Calma,devemos ter calma. Aguarde meu sinal. –

Afastei-me e fui até Nikolai que estava conversando com um dos seus sócios falidos,segundo ele me contou,esse homem queria uma pequena parte do seu negócio.

– Meu bem,podemos conversar? – Perguntei segurando levemente seu braço –

Enquanto caminhei até Nikolai mandei um pequeno sinal para um dos seguranças que logo assentiram discretamente.

Ele pediu licença e logo se afastou junto comigo,ele estava tão feliz,uma pena e um desperdício ser morto ao acabar de completar vinte e dois anos.

– O que deseja Dul? Sabe que sou seu criado. – Ele falou e me deu um beijo e riu logo em seguida – Sempre quis dizer isso –

– Estou feliz por estar com você,quero te entregar meu presente. –

E no exato momento barulhos de tiros foram ecoando pelo lado de fora da casa,e Nikolai olhou pra mim com as sombrancelhas arqueadas.

Não deu tempo dele falar as portas foram abertas com um pouco de brutalidade, típico da família Uckermann.

– Mas que porra... – todos sacaram suas armas, porém em vão já que alguns seguranças estavam mortos e os outros eram os seguranças comprados pelo Christopher. –

– Desculpa,Nikolai. –

Soquei a cara dele e corri em direção a Christopher que rapidamente me deu uma arma.

– Nunca pensei que iria dizer isso,mas caralho como é bom pegar em uma arma russa! –

Pega fogo cabaré!!