queimando em um sonho impossível

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Seis meses haviam se passado desde que Rúben e Celina começaram suas noites de quarta-feira. A amizade entre eles havia crescido de maneira surpreendente e profunda. Celina havia encontrado em Rúben um amigo leal e atencioso, alguém que a fazia rir e com quem podia compartilhar suas paixões e preocupações. O jogador, por sua vez, apreciava a companhia da morena, uma pessoa que o fazia sentir-se à vontade e que sempre o apoiava.

Naquela semana, Celina estava saindo de uma maratona de provas finais. Os últimos dias haviam sido intensos, cheios de estudos e noites mal dormidas. No entanto, seu esforço havia sido recompensado com notas incríveis. Sentia-se exausta, mas realizada. Estava deitada no sofá, lendo um livro, quando ouviu a campainha tocar.

— Entre! — gritou, sem se levantar.

A porta foi aberta e Simba correu ao encontro da morena. O cachorro estava feliz e pulava em seu colo, ao contrário de seu dono.

Rúben entrou parecendo mais abatido do que o usual. Ele jogou sua mochila no chão e se jogou no sofá ao lado dela com um suspiro pesado.

— Que dia infernal — disse ele, passando as mãos pelo cabelo.

Celina fechou o livro, segurando Simba nos braços e olhou para ele, preocupada.

— O que aconteceu? — perguntou, sentando-se mais ereta.

— Minha relação amorosa está um caos — respondeu Rúben, com frustração. — Não consigo entender a Marina. Parece que tudo que eu faço está errado.

Celina sabia que Rúben estava namorando Marina há alguns meses, mas ele raramente falava sobre ela. Celina sempre respeitou sua privacidade, mas agora parecia ser um momento em que ele precisava desabafar.

— Quer me contar mais sobre isso? Talvez eu possa ajudar — disse ela, colocando uma mão reconfortante no ombro dele.

Rúben suspirou novamente e começou a falar.

— Tudo começou há algumas semanas. Marina e eu estamos brigando por coisas pequenas, como minha agenda de treinos e jogos. Ela diz que eu não passo tempo suficiente com ela, mas quando estamos juntos, parece que nada a agrada. Sinto que estou sempre pisando em ovos, tentando não fazer nada errado, mas nunca é suficiente.

Celina ouviu atentamente, sentindo a frustração de Rúben. Ela sabia o quanto ele se esforçava para equilibrar sua carreira e vida pessoal.

— Parece que vocês estão passando por um momento difícil. Os relacionamentos exigem muito trabalho e compromisso de ambas as partes. Talvez você precise conversar com ela, explicar como se sente e ouvir o lado dela também — sugeriu Celina.

— Já tentei, mas ela parece não querer ouvir. Está sempre ocupada com seus próprios problemas e não temos tempo para resolver os nossos juntos — disse Rúben, balançando a cabeça.

Celina pensou por um momento antes de responder.

— Rúben, você é uma pessoa incrível e sempre se esforça para fazer o melhor. Às vezes, as coisas simplesmente não funcionam, e isso não é culpa de ninguém. Talvez vocês precisem de um tempo para pensar e refletir sobre o que realmente querem.

Rúben olhou para Celina, apreciando sua sinceridade e apoio.

— Obrigado, Celina. Eu precisava ouvir isso. Às vezes, é difícil ver as coisas com clareza quando se está no meio da tempestade.

Celina sorriu, apertando levemente o ombro dele.

— Estou sempre aqui para você, Rúben. Lembre-se disso.

Depois de alguns momentos de silêncio, Rúben pareceu relaxar um pouco. Ele olhou para Celina com um sorriso travesso.

— Mudando de assunto, o que acha de ir ao meu jogo contra o Chelsea no próximo fim de semana? Vai ser um grande jogo, e eu adoraria que você estivesse lá me apoiando.

Voltar para Casa - Rúben DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora