aquele infinito brilhante em seus olhos

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O sol começava a despontar no horizonte, trazendo com ele a promessa de um dia cheio de festividades e alegria. Celina acordou cedo, sentindo a excitação no ar. A véspera de Natal sempre trazia um certo encanto, e este ano seria especial, pois ela passaria com a família de Rúben.

Ela se levantou silenciosamente para não acordá-lo, que ainda dormia profundamente, e foi até o banheiro. Após um rápido banho, prendeu os cabelos em um rabo de cavalo e vestiu uma roupa confortável: jeans e uma camiseta simples. Sabia que a manhã seria cheia de atividades na cozinha e queria estar preparada.

Quando desceu as escadas, encontrou Bernadete já na cozinha, ocupada com os preparativos para a ceia de Natal.

— Bom dia, Bernadete — cumprimentou Celina com um sorriso caloroso.

— Bom dia, Celina! Você acordou cedo. Venha, precisamos de toda a ajuda que pudermos conseguir — respondeu Bernadete, animada.

Celina se juntou a Bernadete, e juntas começaram a preparar os diversos pratos para a ceia. Havia um banquete planejado: peru assado, bacalhau à moda portuguesa, rabanadas, e uma variedade de doces e sobremesas tradicionais. Enquanto trabalhavam, a mais velha contou histórias de natais passados, compartilhando memórias de quando Rúben e seus irmãos eram pequenos.

— Rúben sempre foi o mais travesso — disse ela, rindo. — Uma vez, ele tentou espiar os presentes debaixo da árvore e acabou derrubando todos. Tivemos que refazer toda a decoração.

Celina riu, imaginando a cena.

— Ele parece ter mantido esse lado travesso até hoje — comentou, lembrando das várias vezes que Rúben a surpreendeu com brincadeiras.

A manhã passou rapidamente com risadas e histórias compartilhadas. A cozinha estava repleta de aromas deliciosos, e Celina sentia-se parte da família. A felicidade de estar ali, ajudando e participando, era palpável.

Pouco antes do meio-dia, Rúben desceu as escadas, ainda se espreguiçando, e foi direto para a cozinha.

— Bom dia, dorminhoco — brincou Celina, jogando-lhe um pano de prato.

— Bom dia, pessoal. Preciso de um café para acordar de verdade — respondeu Rúben, pegando uma xícara e se servindo.

— Por favor, Rúben, ajude Celina enquanto eu vou ao mercado comprar algumas coisas que ainda faltam — disse Bernadete. — Não quero que ela faça tudo sozinha.

Rúben assentiu, pegando um avental e se posicionando ao lado de Celina.

— Claro, mãe. Pode deixar conosco.

Bernadete saiu, deixando Rúben e Celina sozinhos na cozinha. Eles continuaram trabalhando juntos, preparando os ingredientes para o peru e verificando os doces que já estavam no forno. A atmosfera estava leve e descontraída, e as brincadeiras não demoraram a começar.

— Ei, você está fazendo isso errado — disse Rúben, rindo, enquanto Celina tentava misturar a farinha para o bolo.

— Não estou nada! Eu sei o que estou fazendo — retrucou Celina, fingindo indignação.

Rúben pegou um punhado de farinha e jogou em direção a Celina, acertando-a em cheio no rosto.

— Ah, é assim que vai ser? — disse Celina, rindo enquanto limpava a farinha do rosto. Ela pegou um punhado de farinha e jogou de volta em Rúben.

E assim começou uma verdadeira guerra de farinha na cozinha. Risos e gritos de brincadeira ecoavam pela casa enquanto ambos se atacavam com punhados de farinha, transformando a cozinha em uma verdadeira bagunça. O jogador correu ao redor da mesa, tentando escapar dos ataques da morena, mas ela o seguiu com determinação.

Voltar para Casa - Rúben DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora