os sussurros descuidados de um bom amigo

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Celina acordou com a luz suave do amanhecer filtrando pelas cortinas, sentindo o calor reconfortante dos braços de Rúben ao seu redor. A lembrança do choro da noite anterior ainda estava fresca em sua mente, mas a sensação de alívio e conforto era predominante. Pela primeira vez em muito tempo, ela havia dormido uma noite completa e tranquila.

Com cuidado para não acordar Rúben, ela se desvencilhou dos seus braços e saiu da cama. Caminhou silenciosamente até o banheiro, onde lavou o rosto e aplicou uma maquiagem leve. Escolheu um vestido azul celeste soltinho e prendeu os cabelos em um coque despretensioso. Sentindo-se renovada, desceu as escadas, deixando Rúben dormindo profundamente.

Na cozinha, Dona Bernadete já estava ocupada preparando o café da manhã. Ela olhou para Celina e abriu um sorriso caloroso, acolhendo-a com um abraço.

— Bom dia, querida! Dormiu bem? — perguntou Bernadete, com um tom carinhoso.

Celina retribuiu o abraço, sentindo-se ainda mais à vontade com a família de Rúben.

— Bom dia, Dona Bernadete. Dormi muito bem, obrigada. Como a senhora está? — respondeu Celina, sentando-se à mesa.

— Ah, eu estou ótima! E por favor, me chame de Bernadete. Vou preparar um café fresquinho para nós. — disse Bernadete, começando a servir a refeição.

Enquanto o aroma do café enchia a cozinha, Bernadete e Celina começaram a conversar. O ambiente estava acolhedor, e a conversa fluiu naturalmente, com risadas e histórias compartilhadas. Bernadete perguntou a Celina sobre sua vida no Brasil, seus estudos e seus planos para o futuro. Celina respondeu com sinceridade, sentindo-se cada vez mais conectada àquela família acolhedora.

— Celina, eu estava pensando — disse Bernadete, enquanto terminavam o café da manhã. — Que tal passarmos o dia juntas, fazendo algumas compras para o Natal? Podemos almoçar à beira-mar. O que acha?

Celina sorriu, animada com a ideia.

— Eu adoraria, Bernadete! Será um prazer passar o dia com você.

Após terminarem o café da manhã, Celina e Bernadete se prepararam para sair. Elas pegaram suas bolsas e se despediram brevemente de João, que estava no escritório lendo o jornal.

— Vamos, querida? — chamou Bernadete, já à porta.

Celina assentiu, e as duas saíram para um dia de compras e diversão. Enquanto caminhavam pelas ruas de Lisboa, Bernadete mostrou a Celina alguns dos seus lugares favoritos, incluindo lojas charmosas e cafés acolhedores. As ruas estavam cheias de vida, com pessoas fazendo suas compras de Natal, e o espírito festivo estava no ar.

Durante o passeio, Bernadete e Celina conversaram sobre diversos assuntos. Bernadete contou histórias de sua juventude, suas experiências de vida e os desafios e alegrias de criar seus filhos. Celina ouviu atentamente, apreciando a sabedoria e a perspectiva de Bernadete.

— Sabe, Celina — disse Bernadete, enquanto examinava um belo cachecol em uma loja de roupas. — Estou muito feliz por Rúben ter encontrado alguém como você. Ele parece mais feliz e tranquilo desde que você entrou na vida dele.

Celina sorriu, sentindo-se um pouco envergonhada com o elogio.

— Obrigada, Bernadete. Rúben também significa muito para mim. Ele é um amigo incrível e sempre me apoiou.

Bernadete olhou para Celina com carinho e segurou suas mãos.

— Amizade é a base de tudo, querida. E é evidente que vocês têm uma conexão especial. Isso é algo a ser valorizado.

Depois de fazerem algumas compras, as duas foram a um restaurante à beira-mar para almoçar. O local oferecia uma vista deslumbrante do oceano, e a brisa fresca do mar era revigorante. Sentadas em uma mesa ao ar livre, elas pediram pratos de frutos do mar frescos e conversaram mais sobre suas vidas e seus sonhos.

Voltar para Casa - Rúben DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora