caridade

24 2 0
                                    

Os famosos deveres reais, funções que príncipes devem cumprir para aumentar sua popularidade entre os plebeus e nobres. Claude odiava sair de casa para "trabalhar", enquanto Joseph sempre esteve livre e disposto para sair conhecendo seu Reino e ajudando seu povo com as dificuldades.

Havia um hospital cujo o foco eram as crianças. Joseph pensava que nenhuma criança deveria sofrer tão cedo.. era injusto. Ele sempre fez doações pessoalmente, sempre visitando as crianças uma vez em todo mês.

O príncipe estava caminhando entre vários corredores, acompanhando algumas crianças que o puxavam para uma sala com brinquedos. Joseph estava radiante, seus olhos eram sempre o melhor assunto para as crianças debaterem. Sempre diziam que ele era um anjo gentil que ajudava os pobres, e ele amava ser chamado de anjinho pelas crianças que ajudava.

Jack, por outro lado, estava andando pelo corredor do hospital, carregando uma pasta com esboços de seu último trabalho. Ele não esperava comparecer ao evento de caridade, mas foi convidado para desenhar esboços da doação. Enquanto caminhava, ele notou um grupo de guardas à distância. Ele continuou seu caminho como esperado, até que notou uma figura familiar. Surpreso, ele parou por um momento ao reconhecer o príncipe, seu olhar fixo nele.

O artista sentiu uma estranha mistura de emoções enquanto olhava para o príncipe. Ele não esperava vê-lo novamente tão cedo, e menos ainda em um lugar como este. Ele ficou tentado a se aproximar, mas os guardas que o acompanhavam o deixaram hesitante. Ele mordeu o lábio, pensando se deveria ou não falar com ele, antes de dar um passo à frente e chamá-lo.

ㅡ Vossa Alteza?

Claro que os guardas olharam para o plebeu com uma expressão rude e ameaçadora. No entanto, Joseph retribuiu seu olhar, acenando gentilmente. Ele deixou as crianças de lado e se aproximou de Jack.

ㅡ Olá, Jack. Já faz algumas semanas, sim?

Ele disse, referindo-se à última vez que se encontraram. Jack riu baixinho, devolvendo o sorriso gentil do príncipe, sem se importar com os olhares rudes dos guardas. Ele assentiu em resposta, cruzando os braços sobre o peito.

ㅡ De fato, já faz alguns dias, Vossa Alteza.

Ele parou por um momento, seu olhar fixo no rosto do jovem príncipe, como se tentasse ler sua expressão. Aqueles olhos brancos misteriosos eram um charme e tanto.

 ㅡ Eu não esperava vê-lo aqui. Você está aqui para cumprir seus deveres reais?

ㅡ Deveres reais?

Ele disse, afinal, era normal que a realeza fizesse doações, mas nunca pessoalmente. Joseph gostava de ajudar crianças, e somente elas. Era como uma forma de fazer seu poder valer alguma coisa.

ㅡ A realeza não precisa comparecer pessoalmente para cumprir deveres como estes, mas eu gosto de visitar esse hospital infantil às vezes. Eu não acho que as crianças merecem sofrer tão cedo. A doença é uma coisa triste de se lidar tão cedo.

Jack observou a expressão do príncipe enquanto ele falava, ouvindo atentamente suas palavras. Ele tinha ouvido rumores e fofocas de que a realeza frequentemente fazia doações, mas ele ficou bastante surpreso ao ouvir que o príncipe foi pessoalmente ao hospital. Ele não pôde deixar de sentir um senso de respeito pela compaixão do jovem. Ele sorriu levemente quando o príncipe falou sobre o sofrimento das crianças.

ㅡ Eu concordo. As crianças sofrem muitos males em uma idade tão jovem.

Ele fez uma pausa, olhando ao redor do corredor do hospital, cheio de seguranças e crianças pulando por ai.

ㅡ É admirável o que você está fazendo, sua alteza.

ㅡ É o mínimo que posso fazer, tendo nascido com tantos privilégios.

Joseph disse, enquanto caminhava até Jack, encarando-o com seus olhos sobrenaturais. Era como olhar diretam para um anjo.

ㅡ E você? O que está fazendo aqui?

Jack sentiu uma sensação estranha, quase um arrepio, quando o príncipe se aproximou dele e olhou para ele, aqueles olhos vazios e pálidos o encarando estranhamente. Ele se recompôs e respondeu à pergunta com um leve sorriso.

ㅡ Fui convidado a vir aqui para desenhar alguns esboços da doação que vocês farão. É minha pequena contribuição para o evento. Se me permite perguntar, você fez todas as doações de caridade que queria?

ㅡ Sim, eu já fiz.

Disse o príncipe, olhando para Jack.

ㅡ Estou livre pelo resto do dia.

O rapaz acrescentou, como uma breve dica de que se Jack quisesse chamá-lo para caminhar um pouco, ele estaria disposto e livre para ir.

Jack não pôde deixar de notar a sutil dica nas palavras do príncipe, e um pequeno sorriso apareceu em seus lábios. Ele riu baixinho, uma pitada de flerte brincalhão em sua voz

ㅡ É mesmo? O resto do dia livre, você disse? Isso soa como um convite...

ㅡ Shh, talvez seja.

Ele disse, um pouco surpreso com o quão Jack não era nada discreto. Os guardas o encararam, enquanto Joseph apenas riu baixinho. Todos os nobres se encararam, pensando se deveriam permitir aquela interação. Não era ético permitir que o príncipe saísse do hospital ao lado de um plebeu como se fossem amigos ou conhecidos.

Jack riu da tentativa de discrição do príncipe, sem se incomodar com os olhares de desaprovação dos guardas. Ele decidiu entrar no jogo, mantendo seu tom despreocupado.

ㅡ Bem, se é um convite, então imagino que você não se importaria de passar o resto do dia comigo?

Os guardas permaneceram olhando para o príncipe, esperando por uma ordem ou explicação, estavam incrédulos com a audácia daquele plebeu em ousar chamar o príncipe para sair. Joseph por outro lado, assentiu, sem dizer nem mais uma palavra.

ㅡ Preciso levar essas crianças para seus respectivos quartos, e então, me encontre na saída do hospital.

Ele se virou e segurou a mão das crianças, as levando calmamente para seus quartos, uma por uma. Jack sorriu levemente, observando o príncipe se afastar para levar as crianças. Ele sentiu uma excitação sutil ao pensar em passar o resto do dia com o jovem príncipe. Ele se encostou na parede, esperando pacientemente que o príncipe terminasse seu trabalho.

O destino do príncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora