Punição

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Em nenhum momento da minha vida imaginei ter aquela sensação sobre meus dedos.Como ferro, minha mão parou.Minha mandíbula cerrou como duas guilhotinas, porém meu sangue estava todo concentrado no meu pau.
Eu nunca gostei de sentir testuras na minha pele, principalmente nas pontas dos dedos. Era agoniante. Sujo. Me causava um mau estar que ninguém compreende.
A sala parecia uma sauna pra mim, todos os meus poros estavam sentindo cada resquício das sensações que só um toque me causava.

-Nakada... Você está sem luvas.-Escuto a voz de Charlotte que ecoa distante na minha cabeça. Rapidamente fecho sua boca com a minha direita, pressionando a com força. Enquanto a filha da puta da mão esquerda ainda estava repousada em uma das nádegas imundas daquela garota.

-Shh... Eu não te dei o direito de falar raposinha maldita.- Minha voz soa baixa e rouca, causando vibrações na sala.
As expressões no meu rosto me traiam a cada segundo que se passava. Eu não conseguia parar de olhar para o seu rabo arrebitado, sendo exposto através de sua calça rasgada.
Rasgada por mim. Pelas minhas mãos.
Que merda.

-Por que diabos você está sem calcinha?- Estalo o céu da boca tentando reprovar aquilo.Sinto minha boca aguar depois de terminar a frase. Meus olhos não conseguiam se desgrudar daquela cena. O pau pulsando tanto que conseguia sentir minhas veias roçarem na minha cueca.
Ainda com minha mão pressionando sua boca nojenta, começo a desgrudar ela de sua face lentamente ,e automaticamente as pontas dos meus dedos percorrem seus lábios.
Macio.

A testura era viciante. Era próximo de como tocar a porra de um algodão.
Seus olhos estavam vidrados em mim, seus cachos malditos estavam caídos sobre eles. Sua respiração ofegante fazia par com a minha, mesmo que eu tentasse muito controlar ela.

-Não consegue falar agora? "O filho da puta" conseguiu arrancar a porra da sua língua?- minhas palavras saem como água fervendo. Aperto sua bunda observando facilmente sua derme trocar mais uma vez de um rubro pra encarnado.
Que delícia.
A sensação era como droga pra mim. Como se algum tipo de líquido viciante estivesse escorrendo em minhas veias. E eu não conseguia parar. E eu não queria parar.
Eu não vou parar.
Gemidos entre arfadas curtas eram escutados naquela sala que saiam daquela boca maldita.
Minha mão sobe e quando desce lhe dou uma espalmada forte tanto quanto dei das outras vezes.
Outro grito,agora nada controlado,percorrem pelas lajotas.

-Não conseguiu manter a pose de garota durona agora?- um meio sorriso se forma nos meus lábios. Tento não me prender mais nas inúmeras feições estranhas que apareciam, agora naturalmente,no meu rosto.
Quando vou lhe dar outro tapa, um barulho interrompe meus pensamentos.
Gotas?
Repouso a mão novamente, exatamente,milimetricamente onde estava a marca que transmitiam meus dedos naquela tela branca que parecia seu corpo. E eu iria pintar nela... De várias cores.
Meus olhos percorrem pela sala como se fosse um escâner procurando alguma anomalia pelo recinto. Observando o chão, avisto um líquido transparente próximo da mesa onde eu havia colocado a imunda. Percorrendo meu olhar novamente, tentando achar onde estava a fonte das supostas goteiras,aquelas que interromperam as imundícies que eu estava querendo fazer.
Barulho irritante.
O caminho estudado dava exatamente para a boceta rosada daquela vagabunda.
Minha cueca estava prestes a rasgar.
A filha da puta estava escorrendo, pingando,o desejo escorria pelas suas pernas.
Outra vez sinto minhas veias pulsarem,em conjunto com o ritmo do gotejar que ressoava na sala. Era como se eu tivesse injetado várias seringas de heroína de uma só vez.
De uma hora pra outra os barulhos de respingos se tornam a música preferida da porra da minha cabeça. Só não sei qual delas agora.
Em um impulso lento, meus dedos começam a chegar perto do meio de suas pernas. Era como se eu estivesse prestes a encostar em algo com irradiação. Porém, sinto uma ardência no rosto e o mesmo é jogando para o lado com força.

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