Inside the desire

A Colheita

    -Ah! Mais que merda!- escuto o canalha a minha frente gritar, o suor é iminente em seu rosto, particularmente feio,e nada agradável agora que está coberto por sangue.- O que você quer de mim?! Eu já te dei tudo o que você precisava!-

    Seu choramingar me causava repulsa e ainda mais ódio, porém não queria que ele soubesse que é isso que me trás mais vontade de tirar cada parte mínima do seu rosto horroroso. Se não ele iria parar, e então me chatear e por fim, sua morte rápida e sem tortura, pela minha raiva... e eu de longe ia querer isso.

    Ajusto minha luva cirúrgica e pego outro bisturi. Odeio qualquer resquício de sujeira. A cada momento que uso um objeto nele,jogo o mesmo em um balde com álcool 70%,e pego outro. Torturas tudo bem, mas, com sujeira? Só de pensar me causa ânsia e parece nada prazeroso.

-Você não me respondeu da maneira certa Jordan. Por isso ainda está vivo.- digo calmo, rouco e uma expressão séria nada convidativa que trazia no meu rosto,deste que entrei na sala para conseguir as informações. Nunca saio para campo. Colocar a mão na massa. Tinha quem fazia isso por mim. Porém deixei meu tempo exclusivo hoje para esse imundo.

    O cara à minha frente se chamava Jordan Leonard Muller. Tinha uma família bonita, a criança era a criatura mais adorável do mundo, sua  mulher causava suspiros e inveja por onde passava, porém o filho da puta gostava de se enterrar em vadias aleatórias e roubar coisas importantes do presidente. Mas o que trás ele aqui é pior do que vadias.A parte das vadias pouco me importa, porém, a segunda coisa sim.

    Meu nome é Nakada Lee, trabalho para o estado desde que completei trinta e cinco anos de idade.Nascido na Vila Folclórica de Hahoe na Coreia. Uma vila tradicional da Dinastia Joseon. Fui transportado para os Estados Unidos ainda bebê,minha vila foi destruída,e é tudo o que eu sei. Nunca fui atrás disso e também acho que é tarde demais para me importar.Desde meus dez anos tive o "Prazer" de entrar para o colégio militar,cursei,me formei e lecionei em menos tempo do que uma pessoa de QI normal faria. Para melhor entendimento, me formei com treze anos e já tinha me formado em três faculdades no total,junto da escola. Não era de se duvidar que algo grande me notaria. NASA . Pois é, eu também fiquei chocado. Comecei a trabalhar lá por volta dos meus vinte e um anos, as atrocidades que vi lá não daria para por e palavras. Os caras e mulheres daquele lugar confiavam em cada vírgula para mim. Eu pouco me importava,nunca fui de falar,ou ser fofoqueiro o suficiente pra sair falando coisas que não são minhas.

    Tudo o que eu queria na vida eu já fazia,saber de cada mísero detalhe do lugar onde eu vivia. O mundo. Enquanto eu trabalhava para NASA, fui muitas coisas no meio tempo, como trabalhar para S.W.A.T, comandar o batalhão foi uma nova descoberta pra mim,e encontrei o meu melhor amigo. Via ele como meu filho. Erick Bianchi. O menino mais quieto e frustrado do mundo, porém via o conforto que ele descarregava em mim toda a vez que seu olhar brilhava na minha companhia. Eu não entendia o por que ele tinha tanta confiança,ou encontrava diversão e conforto em mim. Nós mal nos falávamos, porém nossa conexão era mais que palavras,era sentimento.

    Nunca acreditei em sentimentos, acreditava que o mundo da ciência, física e química era a maior certeza da minha vida. Tudo isso preencheu a minha vida e lacrou o vazio que nunca sarou dentro do meu âmago.
Na S.W.A.T foi onde eu aprendi a todas as torturas físicas ,profundas,onde eu tive que mandar homens atirarem em quem quer que fosse para o mal não se alastrar no mundo. Foi onde eu morri, enquanto outros sangraram por causa da minha ordem. Eu era um soldado. Alguém que também servia, alguém que também abaixava a cabeça e ser a porra de um pau mandado. Eu não me importava com isso até eu notar o tamanho do poder que eu tinha. Inteligência e nada de amor. Pois quando você sente amor, você não tem poder algum. Quando você sente amor, você morre sem perceber. O amor te deixa fraco. Faz doer...