Inside the desire

CAPÍTULO BÔNUS

Erick

Charlotte estava totalmente desestabilizada quando à levo para o escritório de Nakada.
Tinha feito uma ligação para ele mais cedo dizendo para que não trouxesse a menina. A garota já tinha passado por muito.
Eu carregaria aquilo por anos. Deixei o filho da puta encostar nela.
Backham queria dar uma de garota perigosa, porém, ela ainda era só uma adolescente. Entre algumas conversas curtas, quando ela estava na cela acabei descobrindo isso.
Só dezenove anos.
As vezes em devaneio nos meus pensamentos achava Nakada mais louco do que habitualmente em pensar nisso. Nakada tinha quarenta e três anos. Charlotte dezenove.
Loucura...

A garota desorientada rondava a sala ainda inquieta pela adrenalina,eu não conseguia dizer nada. Ela também não.
Depois de algumas horas ela se aquietou em um sofá grande de couro que havia na sala, e acabou adormecendo sozinha.
Fecho a porta, a tranco e caminho em direção onde Nakada e o imbecil repugnante se encontram.
Coloco minhas digitais na maçaneta e logo quando dou dois passos adentrando no local,pisando duro nas lajotas brancas, Nakada estava com uma caixa de agulhas para acupuntura ao seu lado. Uma delas estava entre seus dedos, o pau do desgraçado estava em uma espécie de apoio para pés de metal. Me recordo que a dois dias atrás ele procurou isso em uma casa de manicure e pedicure, só para idealizar sua idéia doentia. Naquele momento gostei dela.
Me sento em um banco ao seu lado, não gostava de participar de torturas,achava entediante. No entanto,aquele idiota me tirou do sério,pegaria até uma cerveja agora para assistir o rato se contorcer.

-Onde está a porra do seu irmão?!-Nakada tentava manter a compostura na sua voz, porém era evidente sua raiva. Eu entendia isso. Se fosse com minha garota...
Ele estava começando a transpirar, apesar de já estar a horas naquela tortura,seu auto controle era admirável. Nunca tentaria ter um, porém, era legal de ver.
Já o rato estava com o maxilar em um estado de merda, e sua boca continha vômito seco. Ele estava o legítimo esgoto.
Agradeço por naquele momento estar de máscara.
Por conta do silêncio de sua pergunta, Nakada pega a ponta da agulha e desliza fazendo fissuras pelo prepúcio. Chegando na glande começa a espetar várias e várias vezes. Envolvo meu membro só de olhar, e pela dor que aquilo deveria dar. Aquilo devia ser horrível pra porra.

O homem já não tinha mais voz para gritar,porém todos os seus músculos se contraiam em desespero e agonia. Sua pele ficava vermelha do calor causado pela adrenalina. Suas veias saltando sentindo cada particula da tortura em sua pele cansada.
Nakada já estava ali a mais de três horas,o membro do desgraçado estava pingando sangue e inchado. Uma imagem que particularmente eu não queria ter presenciado.
Vejo ele envolver o maxilar do Sollarres, seus pés se reviram quando seu osso solta um estalo. Nakada tinha encaixado seu maxilar só para que ele respondesse sua pergunta.

-Onde está a porra do seu irmão?-Seu tom é frívolo e metódico, seus dedos inclinam o queixo do bastardo para olhar ele nos olhos.
-N-não,gxei.. EU.... Não gxei...-As palavras saem confusas. Nakada sem sair da sua posição enfia a agulha mais grossa de acupuntura na entrada da glande,onde se encontra o canal urinário. Gritos estrondosos são escutados.
Me levanto no mesmo instante e saio da sala. Eu sabia que aquilo era só o começo.
Ele merece. Mas aquilo estava arrepiando tudo o que existia em mim. Puta que pariu.
Ao sair da sala, tiro meu capacete e passo as mãos pelos meus cabelos. Um suspiro longo é deixado pelos meus lábios.
Nakada fazia coisas que só ele conseguiria fazer. Eu ficava incrédulo do quão frio ele conseguia ser com alguns, e com outros ele ser como alguém parental. Caloroso. Era insano.
Minhas botinas ressoam passos largos pelos corredores escuros,até o meu escritório. Um cheiro desperta algo em mim.
Aquele cheiro.

Sinto a presença de alguém nas minhas costas.
O cheiro só aumentava. E minha cabeça delirava.
Me viro bruscamente,e uma arma a milímetros de distância da minha cintura estava cravada na minha roupa. A silhueta cheia de curvas faz meu corpo inteiro se arrepiar. Não tinha como ver muitos detalhes pois as luzes eram todas meia fases pelos corredores imensos da "Sede".