˗ˏˋ 𝟬𝟮 ˎˊ˗

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✮ - ℛ𝖺𝗒𝗌𝗌𝖺 ℒ𝖾𝖺𝗅.

Há alguns meses minha mãe disse que teríamos vizinhos novos, e que ela e a mãe dessa família eram grandes amigas de infância. Junto dela, tinha uma filha. Uma garota de dezesseis anos também.

Hoje, ela saiu na hora do almoço pra buscar essas mulheres, mas a garota não veio almoçar com a gente porquê estava com sono. Mas a mãe dela é muito gente boa.

Agora a noite estamos esperando as duas para um jantar.

— Boa noite. — vou até a sala após ouvir a movimentação.

A garota de porte médio se vira para mim, e naquele exato momento todas as minhas emoções começaram a tocar pagode. Ela tinha uma frieza no olhar, mas um brilho fofo.

— Rayssa, essa é filha da Anne. — minha mãe me puxa, me pondo em frente dela.

Ela faz uma pequena reverência e eu faço também, com um sorriso sem graça.

— Pode me chamar de Allice. — estende a mão e eu aperto.

Por mim tudo bem.

Começamos o jantar e tudo correu bem. Nossas mães conversavam sobre tudo, mas Allice não falou nada durante todo o jantar, parecia viver no mundo da Lua.

Ela é linda de uma forma indescritível, delicada e um rosto armonico. Sua voz se apresentando ficou em minha mente, agora eu não consigo deixar de lhe olhar. Tivemos algumas trocas de olhares, mas ela pareceu não ligar muito. Quero saber mais sobre ela, talvez possamos ser amigas, ou mais.

— Leve a Allice em seu quarto, Rayssa. — minha mãe pede e eu afirmo, me levantando.

A garota pega da sua bolsa o celular e me segue. Abri a porta branca e permiti que ela entrasse.

— Então.. de onde você era dos EUA? — pergunto, me sentando na cadeira giratória, e ela se senta na cama.

— Eu não sou dos Estados Unidos. — diz com desdém. — Eu morava em Londres, Inglaterra. Nunca estudou sobre isso?

Faz sentido a arrogância.

— Ah.

Ela começa a mecher no celular como se eu não tivesse lá.

𝜗𝜚 - 𝗺𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝘀 𝗹𝗮𝘁𝗲𝗿.

Eu não consegui dormir por nada, já que a bentida vizinha resolveu mostrar seus dons nos instrumentos musicais durante toda a madrugada.

— Bom dia, Ray. — Arthur me cumprimenta.

— Bom dia, Thur. — me sento em uma das cadeiras da mesa e cubro o rosto com as mãos. — Essa garota é bem sem noção, né? Passou a noite inteira tocando guitarra como se não tivesse ninguém pra dormir!

— Não fala assim, Rayssa. — minha mãe me repreende. — Ela está se acostumando, e nem estava tão alto.

— Até porque não é o seu quarto que fica de frente pro dela. — ela me encara seria. — Desculpa.

— Olha a boca, hein.

𝜗𝜚 - 𝗺𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝘀 𝗹𝗮𝘁𝗲𝗿.

Depois da escola, voltei pra casa e encontrei os vizinhos chegando. Allice estava lançando, e logo eu senti uma pontada no coração. Larguei a mochila no chão e fui até elas, a senhora Anne pediu que eu ajudasse a levar a garota pra dentro e foi isso que eu fiz.

Ela estava com alguns ralados pela, braço e cintura, e eu só pude ver porque ela tirou a blusa e ficou só de top. Eu faço isso direto.

— Você tá bem? — pergunto, me sentando sobre os pés em sua frente.

Demais. - 𝗥𝗔𝗬𝗦𝗦𝗔 𝗟𝗘𝗔𝗟.Onde histórias criam vida. Descubra agora