✮ - 𝒜𝗅𝗅𝗂𝖼𝖾 𝒞𝖺𝗌𝗍𝗋𝗈.
O que dizer sobre essa viagem maravilhosa? Passou-se quase um mês, e agora estávamos nos preparando para o natal. De alguma forma, eu sinto estar ligada nos meus amigos por uma força invisível. Todos são importantes pra mim, e cada um me ajudou de uma maneira, assim como foi ajudado.
— Alguém viu minha chinela? — Rayssa olha de baixo do sofá, na esperança de encontrar o par ou ser respondida.
— De baixo da cama do nosso quarto. — respondo, passando com uma bolsa para o carro.
Nosso natal vai ser na praia, sem muita frescura. Vamos ver o sol nascer, criar uma nova tradição, ver no que vai dar. Vai rolar até um amigo secreto diferentão.
— Valeu, princesa! — levanta do chão e corre pro andar de cima.
— Uiuiui, princesa... — Allany brinca, passando com una caixa térmica com mim.
— Se manca! — digo, rindo.
Depois de alguns minutos demorados levando comida, roupas reservas e preparativos, saímos de casa. Verifiquei o gás, as luzes e as portas. Aqui nunca aconteceu nenhum assalto, mas eu não duvido de nada.
— Trânsito lotado! — a garota de cabelos escuros e definidos pelo costume reclama, deitando a cabeça em meu colo.
— Não vai demorar muito. Já consigo até ver a praia daqui. — consolo, acariciando seu rosto.
Passamos algumas tempo parados no trânsito e no fim da tarde conseguimos chegar e achar um lugar vazio, o que não foi tão difícil. Essa época a galera fica com a família.
Juntamos dois colchões bem fofos no chão e eu cobri com um lençol. As comidas ficaram para fora e as mochilas do ladinho. Chris foi surfar, até porque, noite, praia, surf e homem tem tudo pra certo! Allany, óbvio, proibiu de primeira, mas quando virou ele já tava na água.
— Deixa o cara aproveitar. — digo, bebendo água e passando a garrafa pra Chloe, que só admirava o lugar.
— E se ele se machucar?
— Deixa machucar, oras. — dou de ombros. — Um homem sem cicatrizes é só um garoto.
Ficamos conversando até o sol se pôr e o Chris voltar. Pedi pra ele se enrolar na toalha e sentar com a gente, e assim ele fez. Se sentou ao meu lado, e por um mero período de tempo podia jurar ter visto Rayssa olhar feio pra ele. Mas foi só impressão mesmo, já que logo depois ela tava amassando um x-tudo que fizemos em casa despreocupadassa.
— Vocês não vão esperar dar a meia noite pra comer? — Chloe questiona. — No brasil eles não esperam também?
— Esperar eles esperam, mas pra que? — respondo, encarando o céu deitada. — Se está com fome, come, se está com cede, bebe. Esperar não faz o mínimo sentido na minha cabeça.
— Real. — ela afirma.
Rayssa colocou uma música no celular e deixou tocar. 'Um amor puro' do Djavan. Algumas horas se passaram de conversas paralelas, assistimos filmes no laptop, comemos mais e rimos alto. Foi um momento incrível.
— Galerinha, faltam dez minutos pra meia noite! — digo, desligando o celular que via as horas. — Querem dizer alguma coisa pra esse natal? É meio bobinho ter votos pra natal, mas...
— Óbvio que não, amiga. Eu começo! — Lany levanta a mão, e eu sorrio feliz. — O natal que está por vir me faz sentir que serão as melhores vinte e quatro horas da minha vida, por estar com amigos que considero família, em um lugar que me sinto em paz, e satisfeita por ter sido tão bem realizada durante todo o ano. Realizei todos os meus sonhos de natal do ano passado, e estou pra fazer novos pedidos. — sorri.
— Eu me sinto em casa com vocês.. meio deslocado as vezes, mas ainda assim, em paz. — Chris releva, e eu lhe abraço de canto e ele deixa um beijo em minha cabeça.
— Essa foi uma das melhores experiências da minha vida, e espero que a próxima melhor ainda seja com vocês. — Chloe profere, escondendo o rosto nas mãos.
— Esse tá sendo o natal mais daora da minha vida, e quero que isso se repita por mais e mais anos. Obrigado por serem tão legais comigo e me incluírem como família. — a vez de Rayssa é bem usada, pois me desencadeia uma pequena vontade de chorar.
Sorrio, me encolhendo no moletom e todos olham pra mim.
— Eu não sou tão boa com palavras, mas.. vocês quatro são as melhores experiências da minha vida. Vocês quatro são o capítulo colorido do meu livro. Obrigado de verdade por essa oportunidade. — sorri, e todos me abraçam.
— Cinco.. quatro.. três.. dois.. um! Feliz natal, família! — gritamos juntos.
Batemos palmas e fizemos alguns pedidos. Todos vestiram seus moletons e transformamos o lugar em um pouco mais confortável, com travesseiros, lençóis e ursos. Vamos começar o amigo secreto.
Dessa vez, é só "amigo". Todos tiramos todos, consequentemente, todos recebem vários presentes. A regra é que devem ser por menos de vinte reais, então vale tudo, até vinte. Misturei os nomes em papéis no copo descartável e Ray tirou o Chris.
— Ok. — ele pega seus quatro presentes mal embalados e sorri envergonhado. — Primeiro, Allany. — entrega a caixa roxa, mas ela não abre. — Chloe. — entrega a caixa azul. — Rayssa. — a caixa vermelha, e pra mim a preta.
Guardamos os presentes em sincronia atrás do corpo e ele tira um papel do copo.
— Allany.
Ela pega seus presentes e entrega. Embalagens bem feitas e simples, mas muito fofas. Fizemos o mesmo ritual e assim todos já estavam presenteados.
Chris ganhou umas pulseiras de pano, e uma com o nome "cem motivos", que é o nome do nosso grupo. De alguma forma, ele estará nos levando com ele pra onde quer que vá. Ganhou também três carrinhos da Hot Wheels e um dinossauro de brinquedo, e mais uma correntinha e boné. Ele agradeceu devidamente e guardou as coisas em uma única sacola.
Lany ganhou um kit com escova, presilha e laços. Maquiagens novas e um colar de sol dourado. Combinou muito com ela, que já começou inaugurando a presilha e o colar.
Chloe ganhou um gorro cinza, uma correntinha de prata e um relógio dourado. Todos combinaram com ela, como o esperado.
Rayssa ganhou um piercing novo para o nariz, que eu sou suspeita pra falar, mas deixou ela mil vezes mais atraente. Uma vela aromática rosa, com um cheirinho doce de.. rosa. Várias pulseiras de miçanga, com pingentes e sem, e uma polaroide. Eu achei legalzinho. Agora sou eu, né?
Na primeira sacola havia algumas joias douradas e em rosé. Um piercing novo, brincos, colar, anel e pulseira. Allany batia palminhas animada, então com certeza esse era dela. Depois, em uma caixinha menor, uma corrente decorativa junto de algumas plaquetas personalizadas pra minha guitarra. A coisa mais fofa! Tinha também algumas tintas de cores novas e pincéis, ótimos pra minha nova arte, e por fim, mas não menos importante, uma fotografia emoldurada. Uma das minhas melhores fotos - se não a melhor - de quando eu participei do campeonato de patinação. Essa foi a gota d'água que faltava pra eu querer chorar.
E assim passamos o resto da noite. Comendo, brincando, correndo, rindo.
O melhor a se fazer é estar na presença dos amigos, quando se tem, é claro. E eu amo eles, só não deixa eles saberem agora.
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Oioi, fofuras! Como vocês estão?
O que acharam do capítulo de hoje?? Achei meio nhe, mas o que importa mesmo é a decisão do leitor.
Antes de tudo e qualquer julgamento sobre a forma que eu escrevi o momento family friends, quero dizer não sabia bem como fazer - e isso pode ter trago um resultado não muito legal - porque eu não tenho amigos, e isso me faz não ter experiências e consequentemente não saber escrever sobre.
O vitimismo da gata KKKK!
Enfim, fiquem com Deus e até já já!
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Demais. - 𝗥𝗔𝗬𝗦𝗦𝗔 𝗟𝗘𝗔𝗟.
Fanfiction❝✮❞ Após um trauma que transforma sua rotina e personalidade, uma patinadora encontra uma skatista disposta a quebrar barreiras para ajudá-la a reencontrar sua paixão e confiança. "- Se, pra ter o seu amor, eu preciso derrubar os muros do...