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X. PLANOS EQUIVOCADOS

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     — VOCÊ QUER QUE EU TE ACOMPANHE de volta para a ala hospitalar agora, ou prefere esperar até dizer algo igualmente perturbador para um dos seus amigos? — Regulus questiona após um momento de silêncio, um momento em que James está meio que esperando ser abatido, mas não tão brutalmente.

A memória da existência de seu melhor amigo e a óbvia desaprovação hipotética de que eles trabalhassem juntos retornaram a James, e ainda assim ele não acha que é a pior ideia que já teve. Sirius ficaria irritado, mas Potter seria capaz de conquistá-lo assim que explicasse a razão pela qual era necessário deixar Snivellus acreditar que ele estava se esgueirando com seu irmãozinho.

— Dê-me uma razão pela qual não daria certo. — ele diz.

— Para começar, tem meu irmão. E-...

— Não, essa é a razão pela qual você não quer! Eu disse razões pelas quais não daria certo. — Regulus não parece ver a diferença e cruza os braços sobre o peito, aborrecido. De volta ao uniforme escolar, um pouco da maciez que o pijama listrado e o sono lhe deram se foi. Ele parece do jeito que James se lembrava dele toda vez que eles se cruzaram antes, ele parece um Black.

— Tudo bem. Não daria certo porque eu não quero. Não tenho intenção de deixar as pessoas pensarem que passei mais tempo do que o necessário com você, muito menos que pensem que você e eu estivemos… — Regulus para, sem vontade de sequer vocalizar as coisas que James estava sugerindo.

— Bem, não é como se eu estivesse sugerindo que começássemos a andar de mãos dadas pela escola e a nos beijar no café da manhã. Até porque, só o Snape que tem que acreditar que é verdade. E isso sim deve ser bem fácil, porque ele é um babaca desconfiado.

— E você acha que isso me tiraria disso? — Regulus zomba.

— Sim, eu acho.

Ele ainda não entende porquê Regulus está tão hesitante. Mesmo que ele não sentisse atração por garotos, e mesmo que ele não gostasse muito de James, dificilmente seria o fim do mundo ter alguém que ele tanto detesta acreditando nisso sobre eles. O grifinório certamente permitiria que Snape pensasse isso se isso servisse a um propósito maior, na verdade, o deixaria acreditar em coisas muito piores se a situação fosse muito mais séria.

— Ele contaria a Lucius. — ressalta Regulus.

— E?

— Lucius é casado com Narcissa. E se Lucius não contasse a Narcissa, ele contaria a Bellatrix, e então... Bem, eu não esperaria que você entendesse.

— Certo.

— Certo?

— Você não é como eles, Regulus! Não é esse o ponto principal? Que você não quer ser como eles, que você quer sair?

— Ela é a minha mãe, James, eu não vou simplesmente… — ele está torcendo as mãos e começando a andar de um lado para o outro no pequeno espaço em que estão, e o mais velho faz a única coisa que consegue pensar, que é continuar falando. Afinal, ele pode estar fora do hospital e de volta àquela gravata da Sonserina, mas ele ainda o chama de James, e isso é o suficiente para estimulá-lo.

— Se ela não vai aceitar que você não quer fazer as coisas que ela quer que você faça, que eles querem que você faça, então vai ter que haver uma gota d'água mais cedo ou mais tarde. Você não preferiria que fosse agora, com algo inventado, em vez de mais tarde, com algo que realmente importa para você? — talvez seja um pouco duro sugerir que o relacionamento de Regulus com sua mãe está fadado a explodir, mas ele sente que é verdade.

Ele se lembra de como Sirius agia antes e depois das férias de verão nos anos antes de fugir, como ele falava sobre as armadilhas que ela havia armado para ele cair e as palavras maldosas que ela jogava em sua direção. Mesmo que Regulus seja o filho de ouro, se ele não tem intenção de seguir os planos que eles traçaram para ele, então ele vai ter que cortar suas perdas mais cedo ou mais tarde. Fazer isso por algo fabricado significa apenas que ele tem mais controle sobre a situação, que há menos chance de seus sentimentos serem feridos.

— Não. — Regulus diz simplesmente. — Eu prefiro que tudo fique normal pelo máximo de tempo possível. E eu sei que você vai pensar que é porque eu sou um covarde, porque eu não sou um Grifinório e-... — Black se interrompe ao ouvir a voz de Sirius ressoar de algum lugar atrás deles, atrás de uma parede ou ao longo do próximo corredor. Com isso, os olhos arregalados do sonserino encontram os de James.

Se ele realmente quisesse fazer o que disse a um momento atrás, ele teria corrido para ficar o mais longe possível do moreno, ele começaria a se afastar e impediria que seu irmão o visse conversando com James Potter. Mas ele não faz isso. James o observa se atrapalhando enquanto a voz de Sirius fica mais alta e sabe que ele deveria intervir para ajudar. Mas ele não intervém. Em vez disso, ele observa com surpresa e horror crescente enquanto Regulus se lança sobre ele no momento final em que ambos estão sozinhos.

Por um segundo, ele pensa que Regulus vai lhe dar um soco, começar uma briga antes que Sirius possa vê-los, para que ele fique menos inclinado a acreditar em tais rumores que James começa. Afinal, a mão do mais novo está se levantando e se aproximando dele e é a conclusão natural a se chegar. Mas isso não acontece. Em vez disso, sua mão pousa no ombro do grifinório, e ele recupera o equilíbrio enquanto se inclina para o espaço cada vez menor entre eles. James consegue ouvir a voz de Sirius soar tão alta que parece que o amigo está ao seu lado, mas não sabe se ele está perto o suficiente para vê-los, até porque tudo o que ele consegue ver é Regulus, frenético, de olhos arregalados e parando um pouco antes de seu rosto.

Black inclina a cabeça para a esquerda, pressionando ainda mais em direção a ele. Para Sirius, não pode haver dúvidas sobre o que eles estavam fazendo antes que ele virasse o corredor, e ainda assim eles não estão se beijando. Mesmo que James tivesse pensado sobre isso, e então, sugerido que eles fingissem, ele ainda está surpreso com o breve momento em que Regulus está o tocando.

No entanto, com a mesma rapidez, James está sendo puxado para trás por seu suéter. A respiração quente de Regulus contra sua própria bochecha sumindo e sua visão sendo bloqueada, somente para em seguida ser saudada pela visão de seu melhor amigo. Sirius tem o irmão em suas mãos, há uma raiva justificada escrita em seu rosto, e James está prestes a abrir a boca para explicar.

— Que porra é essa? — Sirius pergunta elevando a voz.

— Não é o que parece!

OF PINSTRIPES AND POTIONS  ㅡ  starchaserOnde histórias criam vida. Descubra agora