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XIX. TOQUES E PROVOCAÇÕES

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     JAMES NUNCA FOI GRATO PELA
presença de Severus Snape antes, mas quase sente isso agora. Ele vem tentando há dias fazer com que Regulus olhe para ele ou que o pegue sozinho, só para ter certeza de que não há ressentimentos entre eles. Regulus não parecia estar com raiva quando ele "terminou tudo", mas, então, James supõe que não o conhece tão bem assim. Talvez ele estivesse furioso, e James foi apenas burro demais para perceber na hora. Sirius às vezes é difícil de ler, e Potter o conhece de cabo a rabo.

Então, quando James encontra Regulus do lado de fora da sala de Poções, ele pensa que deve ser o destino. Ele está sozinho, já que Remus está se preparando para a lua cheia que está por vir, e Sirius faltou às aulas para ficar com ele. Peter abandonou Poções na primeira chance que teve, então também não está com James. Só ele e Regulus... e Snape ao longe.

Regulus se remexe, claramente pensando em sair dali de qualquer forma, mas seus olhos vão de James para Severus. Por algum motivo, parece que ele se sente preso ali pela presença de seu companheiro da Sonserina, e, embora James quase se sinta grato por isso, ele só entende o motivo quando o mais novo diz:

— Ele ainda acha que estamos...

— Ah.

— Exatamente.

Como não há mais ninguém por perto, James quase sente vontade de se aproximar de Regulus, de agir de uma forma que mantenha o fingimento, pelo bem dele. Não é como se Snape fofocasse com Sirius, então James não está preocupado que isso chegue até ele e reacende as tensões que só agora começavam a se acalmar entre ambos. Mas, se ele estivesse realmente namorando Regulus, será que ele gostaria de ser afetuoso com ele na frente de Snape? Provavelmente não. No final, ele apenas roça um dedo contra o de Regulus e se aproxima para que possam conversar sem serem ouvidos. Black vira-se de costas para a terceira parte indesejada, e James quase tem esperança de que tal movimento signifique que ele vai dizer algo que não gostaria que fosse ouvido. Quando Regulus não diz nada, James toma a iniciativa.

— A respeito do outro dia... eu não queria que você pensasse que eu não-...

— Esqueça.

— Não, Reg. Eu não quero que você pense que-…

— Eu não deveria ter feito o que fiz. — Regulus murmura, e James percebe que a expressão estranha em seu rosto é de constrangimento. Ele evita olhar nos olhos de James, ainda se mexendo inquieto. Ele não quer ouvir o que James tem a dizer, pois acha que será sobre o beijo. O que, tudo bem, é uma suposição justa, já que James estava desesperado para falar sobre isso. Mas ele não mencionará explicitamente, se Regulus não quiser. Em vez disso, ele apenas diz:

— Não é nada demais.

Regulus pisca. Seus lábios se comprimem, e, embora ele não soubesse que sua reação estava sendo avaliada, James percebe imediatamente que falhou. O que quer que Regulus esperava que ele dissesse, ele não disse. E se ele já parecia desconfortável na presença de James momentos atrás, agora parece ansioso para se livrar do outro garoto. Ele não olha para Snape, que ainda está lá, observando como o intruso que é.

— Ele ainda está olhando? — Regulus questiona após alguns segundos de silêncio.

— Sim.

— Então é melhor você ir. — o sonserino diz, passando uma mão pelo ombro de James, obviamente apenas para manter as aparências diante do outro garoto, e não por qualquer impulso que Jamais entenderia como genuíno. Independentemente da razão e do rosto fechado de Regulus, a respiração de James falha ao sentir o toque, e ele precisa se concentrar muito para se recompor e não se envergonhar. Focando nas palavras de Regulus em vez de onde sua mão está, ele engole em seco e protesta.

— O quê? E deixar você sozinho com ele? Nem pensar.

— Sou perfeitamente capaz de me defender, Potter. — Regulus retruca, retirando a mão. James sabe que a demonstração de afeto foi apenas para manter as aparências, mas gostaria de saber o que precisaria fazer para que Regulus o tocasse assim de verdade. O espaço entre eles parece eletrificado, como aquele zumbido estático que ele já viu em dispositivos trouxas, e, em vez de Regulus cortar essa conexão como tem feito, James quer sentir o poder pulsar em suas veias, anseia pelo choque que sabe que isso traria. O que significa que ele não pode ofender o garoto mais do que já fez, ainda que sem querer.

— Eu nunca disse que você não era capaz. Só achei que podia te poupar de uma conversa desagradável.

— E como você chama isso? — ele pergunta, mas com uma sobrancelha erguida de maneira provocativa, e o grifinório percebe que não há nenhuma hostilidade ali, não como antes. Ele revira os olhos em resposta e arrisca outro toque entre suas mãos. Para Snape, isso provavelmente é mais afeto do que ele experimentou em toda a vida, mais do que suficiente para convencê-lo do interesse mútuo entre eles. Para Regulus, não significa nada, mas ele não afasta a mão de James nem recua ao toque. Isso, por si só, já parece uma vitória.

— Você realmente quer que eu te deixe sozinho com ele?

— Ele não vai dizer nada que eu já não tenha ouvido antes. Melhor acabar logo com isso. — não é a justificativa mais convincente, e James geralmente não se deixaria levar por ela, mas a transformação de Remus está a algumas horas de acontecer e, se ele demorar um pouco mais, os outros vão perceber. Quaisquer sentimentos complicados que tenha em relação a Regulus, ele não vai permitir que interfiram na promessa de solidariedade e proteção que fez ao seu amigo. Então ele dá de ombros como se concordasse, embora desejasse poder fazer Regulus entender o que realmente sente.

— Certo. Mas amanhã eu vou te procurar, só para garantir que ele não tenha te envenenado de novo.

— Eu teria que ser tão estúpido quanto você para cair nessa de novo. — com todo o rancor do passado agora corroído pelo tempo que passaram juntos, um insulto como esse soa para James quase como um flerte, mesmo que essa não seja a intenção. Ele ri, e Regulus quase faz o mesmo; o canto de sua boca se contraiu, e ele rapidamente vira o rosto para longe do moreno, como se deixar que ele visse seu sorriso fosse admitir algum tipo de derrota.

— Bem, você não pode ser tão estúpido assim. Apareça no campo de Quadribol amanhã, se não quiser que eu vá atrás de você em um lugar onde seus amigos possam nos ouvir. — James diz, lançando um último olhar para Snape, antes de finalmente deixá-los sozinhos, como Regulus pediu. Ele já se arrepende disso enquanto se afasta, embora ainda não faça ideia do quanto.

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⏰ Última atualização: 5 days ago ⏰

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OF PINSTRIPES AND POTIONS  ㅡ  starchaserOnde histórias criam vida. Descubra agora